Secretário estadual de Educação do Rio é preso; filha de Roberto Jefferson é procurada

Jornal GGN – A Polícia Civil deflagrou a Operação Catarata, no Rio de Janeiro, e prendeu o secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes e tem mandado de prisão para ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson. O secretário foi encontrado em sua casa, em condomínio na Barra da Tijuca e apresentou um exame aos policiais, dizendo estar com Covid-19. Pedro Fernandes ficará em prisão domiciliar.

Esta segunda fase da Operação Catarata investiga supostos desvios em contratos de assistência social. É aí que entra a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson. Ela foi procurada em seu apartamento em Copacabana, mas não foi encontrada. As buscas continuam.

A primeira etapa da Operação Catarata é de julho de 2019. Nela, a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam sete pessoas suspeitas de fraudes em licitações da Fundação Estadual Leão XIII. Pedro Fernandes foi presidente da Leão XIII antes de assumir a secretaria estadual de Educação. Segundo a força-tarefa, as secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a de Proteção à Pessoa com Deficiência faziam parte do esquema.

Além de Pedro Fernandes, foram presos na operação: o empresário Flavio Salomão Chadud; o ex-delegado Mario Jamil Chadud, pai de Flavio; e o ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII João Marcos Borges Mattos.

Os contratos em investigação foram feitos entre 2013 e 2018 e representam algo em torno de R$ 120 milhões aos cofres públicos. Segundo o MP, eram cobradas vantagens indevidas em cima dos serviços contratados. A caixinha variava entre 5% a 25% do preço acertado.

Cristiane Brasil, que não foi encontrada pela polícia, soltou nota e disse que existe na operação perseguição política, já que é pré-candidata à Prefeitura da Rio, e também alegou vingança. Leia a nota a seguir.

“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai. Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da candidata Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil.”

Com informações do jornal O Globo.