O ex-Greenpeace em defesa da energia nuclear

Por A.Alvaro Guedes

De revista Newsweek

A Renegade contra Greenpeace

Por que ele diz que eles estão errados em ver a energia nuclear como “mal”

Patrick Moore é um crítico do movimento ambiental-uma uma improvável naquele. Ele foi um dos co-fundadores do Greenpeace, e partiu para as Ilhas Aleutas em missão inaugural da organização em 1971, para protestar contra os testes nucleares norte-americanas que ocorrem lá. Depois de liderar o grupo por 15 anos ele deixou abruptamente e, em uma inversão controverso, tornou-se um defensor de algumas das causas mais detestáveis do movimento ambientalista, o principal deles a energia nuclear. Fareed Zakaria da NEWSWEEK, falou a Moore sobre a disputa com o movimento verde, e porque ele acha que a energia nuclear é a energia do futuro. Trechos da entrevista:

Zakaria: No Greenpeace, você lutou contra a energia nuclear. O que mudou? 

MOORE: A minha convicção, em retrospecto, é que porque nós estávamos tão focados no aspecto destrutivo da tecnologia nuclear e da guerra nuclear, que cometeu o erro de lumping energia nuclear com armas nucleares, como se todas as coisas nucleares eram más. E, de fato hoje, o Greenpeace ainda usa a palavra “mal” para descrever a energia nuclear. Eu acho que é tão grande como um erro se você aglomeradas em medicina nuclear com armas nucleares.A medicina nuclear usa isótopos radioativos para tratar com sucesso milhões de pessoas todos os anos, e esses isótopos são produzidos em reatores nucleares. É por isso que eu deixei Greenpeace: eu podia ver que os meus colegas diretores, nenhum dos quais tinha qualquer formação científica, estavam começando a lidar com as questões em torno de produtos químicos e da biologia e da genética, que não teve nenhum treinamento formal em, e eles estavam tomando a organização em o que eu chamo de “ambientalismo pop”, que utiliza o sensacionalismo, a desinformação, a tática do medo, etc, para lidar com as pessoas em um nível emocional, em vez de um nível intelectual.

Por que você é a favor da energia nuclear em relação a outros não baseados em carbono de fontes de energia? 
Além de energia hidrelétrica, que eu também apoiamos fortemente nuclear é a única tecnologia além de combustíveis fósseis disponíveis como fonte de energia em larga escala contínua, e eu quero dizer uma você pode confiar para ser executado 24 horas por dia, sete dias por semana. Energia eólica e solar são intermitentes e, portanto, não confiável. Como você pode executar hospitais e fábricas, escolas e até mesmo uma casa em um fornecimento de electricidade que desaparece por três ou quatro dias de cada vez? O vento pode desempenhar um papel menor na redução da quantidade de combustíveis fósseis que usamos, porque você pode transformar os combustíveis fósseis fora quando o vento está soprando. E solar é completamente ridículo. O custo é tão alto Califórnia, de US $ 3,2 bilhões em subsídios solares tudo é só entrar em empresas do Vale do Silício e consultores. É ridículo.

Uma série de análises dizem que a energia nuclear não é economicamente competitivo, e que, sem subsídios do governo, não há mercado real para ele. 
Isso simplesmente não é verdade. Sempre que os subsídios governamentais maciças são é em energia eólica e solar. Eu sei que a França, que produz 80 por cento de sua eletricidade com nuclear, não tem altos custos de energia. A Suécia, que produz 50 por cento de sua energia nuclear com cento e 50 com hidromassagem, tem custos de energia muito razoáveis. Eu sei que o custo de produção de electricidade entre as 104 usinas nucleares em operação nos Estados Unidos é de 1,68 centavos de dólar por kilowatt-hora. Isso não incluindo os custos de capital, mas o custo de produção de electricidade de energia nuclear é muito baixo e competitivo com o carvão sujo. Gás custa três vezes mais do que nuclear, pelo menos. Custos de vento cinco vezes mais, e os custos solares 10 vezes mais.

E sobre a questão do lixo nuclear? 
Como está agora planejado, eu estabelecer uma indústria de reciclagem de combustível nuclear, o que reduz a quantidade de resíduos a menos de 10 por cento do que seria sem reciclagem. Quantos americanos sabem que 50 por cento da energia nuclear a ser produzido em os EUA estão agora vindo desmontadas ogivas nucleares russas? O movimento ambiental está acontecendo sobre o quão terrível será se alguém faz algo destrutivo com estes materiais. Bem, na verdade o oposto está ocorrendo: em todo o mundo, as pessoas estão usando material de armas nucleares para fins pacíficos ex propósitos de espadas em arados. Esta propaganda constante sobre o custo da energia nuclear, que é apenas ativistas que procuram os botões certos para empurrar, e um dos botões principais para empurrar é fazer com que os consumidores com medo de que os preços de electricidade vai subir se a energia nuclear é construída. Na verdade, é o gás natural que está causando os preços [de energia] para ir para cima.

Não se preocupe com a proliferação? 
Você não precisa de um reator nuclear para fazer uma arma nuclear. Com tecnologia de centrifugação, é muito mais fácil, mais rápido e mais barato fazer uma arma nuclear, através do enriquecimento de urânio diretamente. No reator nuclear foi envolvido em fazer a bomba de Hiroshima. Você nunca vai mudar o fato de que existem pessoas más no mundo. A maioria das mortes em combate nos últimos 20 anos não foram causados por armas nucleares ou bombas de automóveis ou fuzis ou minas terrestres ou qualquer um dos suspeitos do costume, mas o facão. E ainda o facão é a ferramenta mais importante para os agricultores no mundo em desenvolvimento. Centenas de milhões de pessoas a usam para limpar suas terras, para cortar sua lenha e colher suas lavouras.Proibir o facão não é uma opção.

Você está otimista de que haverá um movimento agressivo em direção a energia nuclear no mundo industrial e, em particular nos Estados Unidos? 

Há 32 usinas nucleares nas pranchetas agora. No ano passado, quatro aplicado para as suas licenças e este ano esperamos que 10 ou 11 mais. Isso é apenas nos Estados Unidos. Há centenas de usinas nucleares nas pranchetas de desenho em todo o mundo. Isso é uma coisa completamente nova: o termo “” renascimento nuclear “não existia três anos atrás, e agora é um termo amplamente conhecido. Infelizmente, o movimento ambientalista é agora o principal obstáculo aqui. Se não fosse por sua oposição à energia nuclear, não haveria um menor número de lote plantas a carvão nos Estados Unidos e outras partes do mundo de hoje.

Fareed Zakaria foi nomeado editor da Newsweek International em Outubro de 2000, supervisionando todas as edições da Newsweek no exterior. A revista atinge um público de 24 milhões no mundo inteiro. Ele escreve uma coluna regular para Newsweek, que também aparece em Newsweek International e quinzenal no Washington Post. Ele também hospeda um programa internacional de negócios, Fareed Zakaria GPS, que vai ao ar aos domingos em todo o mundo na CNN.

Zakaria foi o editor-chefe das Relações Exteriores, a revista de grande circulação de política e economia internacionais. Ele é autor de vários livros, incluindo “O Futuro da Liberdade”, que foi um best-seller New York Times e foi traduzido para 20 idiomas. Seu novo livro, “O Mundo Pós-Americano”, foi publicado em Maio de 2008 e se tornou um best-seller instantâneo.

Zakaria ganhou vários prêmios por suas colunas e ensaios de capa, em particular para a sua reportagem de capa outubro 2001 Newsweek: “Por que nos odeiam.” Em 1999, foi nomeado “uma das 21 pessoas mais importantes do Século 21” pela revista Esquire. Em 2007, foi nomeado um dos “Top 100 intelectuais públicos” pela política externa e revistas Prospect.Ele recebeu graus honoríficos de várias universidades. Ele faz parte do conselho da Universidade de Yale, o Council on Foreign Relations, a Comissão Trilateral, e Shakespeare and Company.

Ele recebeu um BA da Universidade de Yale e um Ph.D. em ciência política pela Universidade de Harvard. Ele mora em Nova York com sua esposa, filho e duas filhas.

 

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