Jornal GGN – Considerado um dos maiores pianistas da segunda metade do século XX, Nelson Freire faleceu na noite de domingo, no Rio de Janeiros, aos 77 anos. Com ele, uma interpretação única no teclado se vai, uma mistura de sensibilidade e expressividade extrema.
Nelson Freire nasceu em 1944, em Boa Esperança, no sudeste. Logo cedo, sua família reconhece seu talento e ele é apresentado ao piano por sua irmã aos 3 anos de idade. Reservado e doentio, ele encontra na música seu caminho de expressão. Os estudos mais sérios começaram aos 5 anos de idade, sob orientação de Lúcia Branco e Nise Obino. Aos 11 anos, já toca Chopin com talento e facilidade. E, aos 13 anos, venceu o Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, com o Concerto do Imperador de Beethoven. Um gostinho do que viria em seu futuro.
Freire ganhou uma bolsa para estudar em Viena com Bruno Seidlhofer. Em Viena conheceu Martha Argerich, companheira em várias ocasiões no teclado. Ele volta ao Brasil em 1962, um pouco deprimido por não ter vencido um concurso e, ao receber partituras das Rapsódias de Brahms, redescobriu o gosto pelo instrumento.
Recebeu prêmios em Londres, em 1964, e em Lisboa no mesmo ano. Em 1972 ganha prêmio por sua gravação dos Préludes de Chopin.
Sua paixão sempre foi o repertório romântico, fazendo gravações notáveis de Schumann, Chopin e mesmo Brahms, sem deixar de lado o repertório brasileiro.
Ouça, abaixo, trechos da entrevista que Nelson Freire concedeu ao Lauro Gomes e que foram ao ar no primeiro e último programa do Ciclo Nelson Freire, série com 16 programas realizadas por ocasião dos 60 anos do pianista. Os programas foram ao ar originalmente em 2005.
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Uma perda! Ainda mais em um momento desses em que nossa cultura é tão aviltada. Obrigada Nelson Freire por sua arte!