Por AlexRio
Comentário no post “A briga de Veja com os fatos e as #hashtags“
O que fica claro até para quem tem pouca percepção dos fatos, é que VEJA e seus demais congêneres – veículos de comunicação conservadores – da chamada grande imprensa, há muito não tem qualquer relevância ou influência política perante a opinião pública. E isto, sem dúvida, é motivo de muita raiva e frustação para seus ideólogos, editores, jornalistas e bate-paus – e eles sabem disso, são pessoas inteligentes.
Desde 2001 que a revista, principalmente ela, faz uma campanha implacável – e muitas vezes de tão baixo nível nos termos usados – contra Lula e o PT que chega a assustar leitores mais sensatos, e nada consegue.
Lula elegeu-se debaixo de pau da Veja em 2002. Reelegeu-se em primeiro turno em 2006 debaixo de pau da Veja, ainda mais por causa do mensalão – com a revista pedindo em chamada de capa o seu impeachment – e deixou o governo quatro anos depois, debaixo de uma popularidade de mais de 80% e com o país elevado a um prestígio internacional que jamais teve em toda sua história.
Lula fez um governo assim tão melhor que outros? Não sei, mas pior não fez, e foi tratado como uma sarna, uma lepra, uma anta analfabeta por um de seus mais hidrófobos opositores. Como se tudo se resumisse a isso.
Neste ínterim, fim de governo de Lula e campanha presidencial do sucessor , Veja faz uma campanha monumental contra Dilma Rousseff e viu-se novamente derrotada com a eleição da ex-guerrilheira da VAR-Palmares para a Presidência da República. Mulher, socialista e ex-guerrilheira urbana de extrema-esquerda. O povo se lixou para o prontuário policial dela. É humilhação demais, não? Passa então a bater constantemente na nova presidente petista e amarga um 67% de popularidade para a dita cuja numa pesquisa encomendada ao IBOPE por empresários, depois de um ano de governo, algo que nem o antecessor conseguiu.
É desmoralização demais. Creio que o tom altamente raivoso e até assustador com que a revista – e seus principais articulistas e blogueiros – hoje defende seus pontos de vista e interesses, e a maneira como bate no governo, vem daí. Um profundo ódio e uma profunda frustação ao entender – porque são inteligentes – que se tornaram completamente irrelevantes como formadores de opinião (acrescente-se à VEJA seus congêneres da grande midia conservadora).
É hoje um veículo de comunicação que vive num mundo próprio de fantasia, completamente dissociado da maioria da nação. Tranformou-se numa espécioe de dinossauro beócio, onde seus principais colunistas chamam de vagabundos e vigaristas aqueles que tentam se expressar contra seus pontos de vista e pede censura na Internet ao mesmo tempo em que se ouriça com a possibilidade imaginária de que a ‘imprensa livre’ seja amordaçada no Brasil.
O Cruzeiro e a Manchete acabaram com mais dignidade que isso. Saudades da Realidade.
PS Para a turma da direita que palpita por aqui : não sou petista, nem socialista, nem nunca votei em Lula na vida. Sou burguês e capitalista. Mas não sou mesquinho.
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