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Todos os fundapeanos, como meu querido amigo Swami Jr. carregam saudades dos bons tempos que viveram lá.
A Fundap porém tem história e pré-história. Ela foi inaugurada em 1976, mas sua fundação foi em novembro de 1971.
Muita coisa se passou antes e depois disso. Quem assinou o projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa em 1971, convertendo o patrimônio da extinta Comissão Interestadual da Bacia do Paraná-Uruguai na nova fundação para apoiar a nova organização do Estado, a partir da reforma administrativa de 1967, foi Carlos Antonio Rocca, então secretário da Fazenda e braço direito de Delfim Netto, ambos do Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, posteriormente FIPE.
Em novembro de 1971, quando foi fundada a Fundap, Delfim era o todo poderoso czar da economia brasileira no auge da ditadura do presidente Medici. Em 1º de janeiro de 1972, Medici não era mais presidente, Abreu Sodré não era mais governador e Delfim não era mais ministro.
Quem assumiu, já no governo Geisel, foi Mário Henrique Simonsen, da FGV. A Fundap criada por Delfim/Rocca, caiu no colo da FGV e só seria inaugurada cinco anos depois por Paulo Egydio Martins, depois de permanecer na gaveta durante todo o governo de Laudo Natel.
A CIBPU foi criada por Getúlio Vargas em 1951 para fazer todo o planejamento de desenvolvimento econômico da terra natal de Getúlio - a bacia dos rios Paraná e Uruguai - com prazo de duração de 20 anos. Delfim fez carreira na CIBPU antes de se tornar o czar da economia na ditadura. E planejou para que o espólio financeiro e científico da Comissão caíssem em seu colo após a extinção programada para 1971.
O que isso muda? Na prática, nada, a história seguiu seu curso.
Mas essa história, na prática, revela que os administradores, gestores ou dirigentes públicos ignoram continuamente a história. Por isso tropeçam sempre na mesma pedra, batem sempre a cabeça no mesmo poste e nunca chegam onde deveriam chegar, porque já esqueceram para onde estavam indo.
É o que está acontecendo exatamente agora, após a extinção da Fundap, da Secretaria de Gestão Pública e da Secretaria do Planejamento e Gestão, com o projeto de Lei de reforma da administração pública encaminhado por Dória à Assembleia Legislativa, que condena à morte todos os sobreviventes que fizeram a história do governo de São Paulo.
http://biblioteca.clacso.edu.ar/Brasil/fch-ufgd/20170914041731/pdf_52.pdf