“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”
Cláudio Abramo (São Paulo, 6 de abril de 1923 — São Paulo, 14 de agosto de 1987) foi um grande jornalista brasileiro responsável por grandes mudanças no estilo, formatação e conteúdo dos dois maiores jornais paulistas O Estado de S. Paulo (1952-1963) e da Folha de S. Paulo (1975-1976). (…)
Aos 22 anos foi um dos criadores do Jornal de São Paulo. Passou pelos Diários Associados , em 1948 tornou-se repórter de O Estado de São Paulo. Em 1951 Abramo frequenta a a Escola de Altos Estudos Sociais e Políticos de Paris. Em 1953 foi secretario de redação de O Estado de São Paulo, sendo o jornalista mais jovem a conseguir essa posição. Em 1963 transfere-se para a Folha de São Paulo, agora como chefe de reportagem, tornando-se mais tarde membro do conselho editorial do jornal.
As reformas que implantou na ´Folha´ influenciaram os rumos do jornalismo brasileiro na década de 70. Nessa época foi perseguido pelo regime militar e chegou a ser preso. Em 1979 Abramo foi forçado a deixar a Folha, por intervenção direta do regime militar, para fundar o jornal República, com Mino Carta, tornando-se ainda correspondente internacional da Folha entre 1980 e 1984. Sua coluna nesse jornal foi das mais lidas e influentes sobre política.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cláudio_Abramo
“A Regra do Jogo”, um dos melhores livros sobre jornalismo do Brasil.
(Nassif, conte-nos suas memórias de Claudio Abramo, por favor)
Em 1980 tive a ideia de pegar um depoimento do Cláudio Abramo. Gravei e deixei guardado. Quando o Cláudio Weber Abramo decidiu escrever a biografia do pai, encaminhei a entrevista, de cerca de duas horas.
Convivi pouco com Cláudio, infelizmente. No curto período em que fui secretário de redação da Folha – em 1984 – descobri o modo peculiar de Cláudio demonstrar simpatia por alguém: me ligava todo dia me dando ordens. Coisa pequena, como mandar buscar a coluna dele em casa. E eu concordava imediatamente, com todo respeito.
Algum tempo depois, já na TV Gazeta, com um programa bastante crítico em relação ao Sarney, encontrei com o Cláudio na rua. Veio falar comigo me criticando (modo também de demonstrar afeto):
– Você não dá para televisão porque fala muito depressa. Aliás, é dos meus, porque também falo muito depressa.
Na entrevista com ele, fiquei até inibido com a relação de contatos e com suas experiências jornalísticas e políticas. Era um cidadão do mundo.
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