Veja prepara mais um assassinato de reputação

Recebo telefonema do promotor Roberto Tardelli. Foi o mesmo que atuou no caso Suzane Richthofen. Seu filho está prestes a se tornar mais uma vítima de assassinato de reputação pela revista Veja.
Tardelli conhece os métodos da revista. No caso Suzane, foi o único veículo que colocou em sua boca declarações que jamais deu, frases que jamais proferiu. Na época, foi informado por jornalistas da própria revista que a culpa não foi do repórter, mas do editor que jogou as frases para dar mais molho à matéria.
O filho tornou-se alvo por fazer parte dos Advogados Ativistas, um grupo de jovens advogados que decidiu dar apoio jurídico a manifestantes (www.advogadosativistas.com) .
Na última manifestação em São Paulo, apoiaram inclusive  15 jornalistas detidos. E encaminharam a um hospital uma repórter de O Globo que teve o braço quebrado – fato não noticiado pela mídia.
São jovens idealistas, conta Tardelli, empenhados em melhorar o mundo, como todo jovem. Andam de ônibus, comem sanduíches, enquanto atravessam a fase mais bonita da vida, a do idealismo de jovens.
Por sua atuação nas manifestações, entraram na mira da Veja. Tardelli foi alertado por outros jornalistas sobre os telefonemas que a repórter da revista deu a colegas, para buscar informações.  Foi entrevistado inclusive um advogado, policial aposentado, que faz parte de uma das comissões da OAB-SP e foi desautorizado pelo próprio presidente da Ordem.
Pelo relato dos jornalistas, virá matéria pesada, criminalizando a atuação dos jovens advogados, colocando-os como integrantes dos Black Blocs e – pior – expondo-os a direitistas fanáticos que hoje pululam nas redes sociais.
A família inteira aguarda com o coração na mão o que virá amanhã da revista. Para Tardelli, não há dúvida de que a Veja há muito ultrapassou as fronteiras que limitam a atuação jornalística.
Por fernando souto
A reposta dos advogados ativistas
Nassif, segue a resposta dos Advogados Ativistas, postado no perfil deles no facebook:
A revista Veja entrou em contato com so Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisado que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite o Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:
Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.
Veja: Há lideranças?
AA: Não.
Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.
Veja: Quais são suas bandeiras?
AA: Não carregamos bandeiras.
Veja: O que é necessário fazer para participar?
AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.
Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
AA: O suficiente.
Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.
Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.
Veja: Como vocês se mantém?
AA: Somos advogados, ora.
Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.
Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.
Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.
Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.
Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.
Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal “Bolsa Manifestação”.
Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.
Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.
Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.
Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.
Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).
Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defende-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.
Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Esse grupo aí não foi o que

    Esse grupo aí não foi o que entrou com uma liminar na justiça de São Paulo, para impedir que a Polícia Militar pusesse na rua sua tropa do braço, vulgo Tropa Ninja? Por esse ato, dá pra se ter idéia do que o Grupo é capaz de fazer...

      • Ivan, é o que tem mais por

        Ivan, é o que tem mais por aqui. Às vezes aparecem uns cartapácios  ( eita ) instantaneamente estrelados. Mas isso é até divertido, deve ser trauma porque a professora não enfeitou o caderno deles.

        •  
          Toda vez que eu discuto com

           

          Toda vez que eu discuto com o "Rei do Blablablá", os comentários dele surgem instantaneamente com 5 estrelas. Pode ser três da manhã, e memo assim tal fenômeno ocorre. Impressionante.

  • E até quando?

    Até quando o Minitério das Comunicações e Justiça e a SECOM vão permitir esses abusos, essas sherazades da vida? Liberdade de expressão é uma coisa Licenciosadade de expresão outra!

  • O que falar mais desta

    O que falar mais desta revistica ? Mas que as "bocas" das piranhas  do Face, que adoram carne fresca  estão abertas, isto devem estar mesmo.  Só esperando o sangue cair e fazer a festa deles e da revistica.

  • A veja é um lixão

    isso quer dizer que quem trabalha lá gosta de trabalhar em lixão, e quem lê gosta de lixão.

    Sem conhecê-los eu já gosta da familia Tardelli.

    • Acho que não é por aí Klaus.

      Acho que não é por aí Klaus. O ".com" com ou sem ".br" é mais natural e comum. E pelo que vi, eles estão usando só o ".com", sem ".br". O com.br não abriu aqui.

      E não ficou claro para mim se eles são registrados formalmente como uma ONG. Pois no registro.br fala que os ".org" só podem ser registrados com CNPJ. O que explicaria não ser domínio do tipo "org".

  • A defesa preventiva do idealista mascarado.

    No caso dos black blocs, o que temos visto é um alinhamento da extrema esquerda com a direita no sentido de provocar o que Castelo chamou de "extravagâncias do Poder Militar" e conturbar o quadro político atual. Não têm proposta alguma a não ser a violência.

    Estranho que "advogados ativistas" estejam prontos a defender tais "idealistas" e  nenhum tenha se proposto a defender os "bandidos dos rolezinhos", pelo que eu saiba.

    Daí a acreditar em Veja vai muita distância. Mas, antes, é preciso que a matéria saia. 

  • Respostas dos Advogados Ativistas

    Nassif, segue a resposta dos Advogados Ativistas, postado no perfil deles no facebook:

    A revista Veja entrou em contato com so Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisado que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
    Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
    Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite o Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:

    Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
    AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.

    Veja: Há lideranças?
    AA: Não.

    Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
    AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.

    Veja: Quais são suas bandeiras?
    AA: Não carregamos bandeiras.

    Veja: O que é necessário fazer para participar? 
    AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.

    Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
    AA: O suficiente.

    Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
    AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.

    Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
    AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.

    Veja: Como vocês se mantém?
    AA: Somos advogados, ora.

    Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
    AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.

    Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
    AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil. 

    Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
    AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu. 

    Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
    AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.

    Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
    AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.

    Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
    AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal "Bolsa Manifestação".

    Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
    AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.

    Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
    AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.

    Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
    AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.

    Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
    AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.

    Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
    AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).

    Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
    AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defende-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.

    • Sinceramente, mandar essa

      Sinceramente, mandar essa respostas foi pior do que não mandar resposta alguma. Muito infantis. Ainda bem que foi pra Veja. O mesmo tipo de resposta que a gente recebe toda hora da molecada no Twitter.

      Por outro lado, mais violações do que o país viu da CF, durante o julgamento concluido, ontem é impossível; inclusive os condenados continuam presos em regime fechado e eu, nunca vi esse grupo de advogados ativistas moverem uma palha. Até entendo que cada um na sua luta mas não é um grupo que se destaque na defesa da democracia e Constituição, não. Pra mim, nasceram com as manifestações e o foco são elas. Não tem nada a ver com CF, embora admire e respeite o trabalho de advogados voluntários, sempre e em qq situação.

       

      • E os meninos nem notaram que

        E os meninos nem notaram que a Constituição Federal que eles dizem defender ao promover a advocacia 'pro bono'  dos manifestantes  black blocs foi VIOLADA covardemente pelos doutos Minsitros do STF com o MENTIRÃO.  Até agora acoitada da Themis ainda não se recuperou da violação contra si perpetrada. Aliás tão cedo se recuperará. 

        Trocar tampouco ou tão pouco não é NADA.

  • confusão

    Não me esqueço da capa da Veja com os três mosqueteiros salvadores da decência, sendo um deles Demóstenes Torres nos processos contra os "mensaleiros" e que tempos depois foi identificado por favorecer o bicheiro Carlos Cacheira;

     

    mudando um pouco de asssunto, mas acredito ser inerente à questão do comportamento e do clima que se criar no Brasil com esta situação na Ucrânia-Rússia, leio no blog do Sr. Paul Craig Roberts, que trabalhou na Secretaria do Tesouro de Ronald Reagan:

     

    http://www.paulcraigroberts.org/2014/03/13/failure-german-leadership-merkel-whores-washington/

     

    saudações

     

     

  • "Inocente útil" tão crível quanto nota de 3...

    Ataque preventivo é mais velho que guaraná de rolha. Não tenho nada contra a advocacia, mas fazer questão de estar ao lado de arruaceiros, se autodenominando "ativista", é coisa de quem  tem mais afinidade com a causa do que com o direito. De quem quer protestar mas tem medo de sair do armário. Quanto ao socorro ao jornalista: quantos tomaram bordoada dos blacks para cada um que ele viu ser socorrido? Será que ele apóia que os jornalistas estejam identificados nas arruaças ou os recomenda manter discrição?

    Outra coisa:

    "Veja: O que é necessário fazer para participar?
    AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo."

    Eles também divulgam um "index librorum prohibitorum"?

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