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A PROBLEMÁTICA DA SECA NA REGIÃO DO AÇU RN BRASIL

A PROBLEMÁTICA DA SECA NA REGIÃO DO AÇU RN BRASIL

                               

                                                 Geólogo e Pesquisador Eugênio Fonseca Pimentel

 

                O problema negativo da evidência da seca no Semiárido da região do Açu RN e outras partes do Rio Grande do Norte, é o resultante de vários fatores somados tais como:

  1. Má distribuição das chuvas no tempo e espaço geográfico. Algumas vezes pode chover em um só dia o que se deveria chover em uma semana. Pode chover em uma semana o que poderia chover em um mês. Pode chover num mês o que deveria a chover naturalmente em toda quadra chuvosa que corresponde a meados de Janeiro se estendendo até maio. 
  2. Altos índices de aridez dos solos, solos estes ácidos, arenosos ricos em sílica ademais a intensa evapotranspiração.
  3. Má distribuição da açudagem e agora a construção de barragens subterrâneas em locais inadequados.
  4. Alta densidade demográfica em algumas regiões pobres em água no subsolo.
  5. Predomínios de rochas pertencentes ao embasamento cristalino sejam estas ígneas plutônicas, tais como gnaisses de diversos tipos, migmatitos, granitos e rochas metamorficas paragnaisses, micaxistos, quartzitos, mármores e rochas ígneas vulcânicas principalmente o derrame de basalto nas regiões de Macau, Ceara Mirim e Cabugi em Angicos/Lages.
  6. Desmatamento desordenado da mata ciliar em rios e lagoas, como também destruição da cobertura vegetal dos tabuleiros que como consequência provocam desbancamentos de barreiras de rios e riachos com o solo desprotegido por corbeturaa formação de voçorocas e o assoreamento.
  7. Mau escolha das prioridades necessárias ao desenvolvimento do semiárido do nordeste brasileiro, com finalidades mal definidas em virtude de uma ocupação desordenada de área.
  8. Inexistência de um programa efetivo e sistemático perfuração de poços, também efetuar de limpeza, manutenção e recuperação de elevada quantidade ddos poços e equipamentos de captação muito antigos.
  9. Incerteza de por parte dos meteorologistas se vai ter inverno bom, regulares, ou ruim no ano seguinte. Não existe informação seguras, nem a NASA dos Estados Unidos com as mudanças Climática vigente garante se o proximo vai ser bom ou ruim no que tange a presença abundante ou não de chuvas aqui no nordeste setentrional..
  10. Mau gerenciamento dos recursos hídricos existes em grandes e médios corpos d’água sejam estes artificiais como barragens e açudes e naturais como lagos e lagoas.
  11. Pequena quantidade de desalinizadores em locais adequados e estratágicos.
  12. Avareza por parte das grandes construtoras para se fazer novos mega projetos de grande porte aonde bem perto o outro nem finalizou nem a metade do que foi estabelecido na região. O Projeto Baixo Açu situado nos municipios de Alto Rodrigues e Afonso Beserra é um dos exemplos.
  13. Presença do El Niñho nas águas do oceano Pacífico, que não raro, ocasiona secas no nordeste e cheias no sul do Brasil.
  14. Criar curso de Perfuração de Poços envolvendo hidrogeólogos, geólogos e sondadores da própria região acabando de vez por todas as despesas com diárias dos profissionais o que torna os poços um pouco mais caros. è o que denomino aprender a fazer fazendo com geração de emprego e renda para população no interior. As perfuratrizes não devem ficar estacionadas em Natal litoral e sim em cidades polos do interior.
  15. Aqui no Rio Grande do Norte já existe transposição de água potável tratada. A Bacia hidrografica do rio Piancó-Piranhas-Açu fornece na direção oeste água encanada em adutora sem nenhuma evaporação para Mossoró situada na Bacia Hidrográfica do rio Apodi-Mossoro. Forne também para região e além destade situadas na vizinha Bacia Hidrográfica do rio Ceará-Mirim RN.
  16. Defendo a construção de uma adutora de água potável ligando no ponto de captação e tratamento do municipio de Itajá , passando pela Comunidade de Pedrinhas, Cidade de Ipanguaçu, Cominidade Rural de Arapuá, Canto Grande, cidade de Alto do Rodrigues indo se encontrar, se acoplar com a adutora que leva água até Macau terra do sal no litoral do nosso RN, com extenção de cerca 69 quilômetros.
  17. Defendo também uma Adutora ligando a água subutilizada da Barragem do Umari em Upanema RN para a cidade de Mossoró. Podendo ser de duas maneiras de Umari para a adutora já existente de Assú/Mossoro ou sendo captada diretamente de umari para Grande Mossoró. A barragem de Umari está mais próxima Mossoró do que a Mega barragem do Açu ou Armando ribeiro Gonçalves.
  18. Já existe uma adutora ligando a do Assú/Mossoró para o municipio de Serra do Mel. Esta fechando no ponto de confluência da adutora supracitada sendo fechada aumentaria apressão para a de Serra do Mel que seria ramificada pa as comunidades rurais de Trapiá, Nova Trapiá, Janduis, Talhado, São Pedro, Bonita, Baixa do São Francisco e até mesmo para cidade Carnaubais RN que o Banco Mundial já implantou um sistema que abastece, a comunidades rural histórica de Arrail Velho, Jenibapeiro Olho D’água, Entroncamento, Alemão, Alto São José e Bela Vista antiga Lagoas das Bestas e, podendo ir mais além até a cidade de Porto do Mangue no litoral do nosso rico estado do Rio Grande do Norte.

Ademais, acrescento, a falta de conhecimento exato do potencial hídrico dos aquiferos das bacias hidrográficas situadas em Formações Geológicas compostas por rochas das bacias sedimentares e, de se aproveitar a bonança da presença da água no período das cheias e utiliza-las com parcimônia nos anos seguintes. Por fim, se preparar para uma nova estiagem ou seca como se ela fosse acontecer todos os anos. Mire-se no exemplo das regiões temperadas do pequeno planeta terra que se preparam todos os anos para enfrentar o período de invernos frios e rigorosos que ocorrem por lá todo santo ano, neste nosso pequeno globo terrestre.   

 

Redação

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