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Alexandre Garcia e a balança de pagamentos

Segundo Alexandre Garcia, no Bom Dia Brasil de hoje, déficit no setor de turismo (R$ 10 bi!) seria por causa da segurança!

E a crise internacional, milhões de empregos destruídos lá fora, nenhum efeito? E o pleno emprego no Brasil, nada? E a desvalorização do dólar pelo FED? E o real valorizado, por conta dos juros do BC? Estes três últimos então, nem pensar, né?

Cobertura policial que agasalha o Rio deixa o Nordeste de pés de fora

Alexandre Garcia diz que o novo Nordeste ficou parecido com o Velho Oeste americano. Quadrinhas deixam um rastro de terror.

A droga está na genética do crime. O que beneficiava o Nordeste anos atrás, que era a insegurança no Sudeste, que levava turistas à Bahia, por exemplo, agora prejudica o Nordeste. Porque depois da transferência dos turistas, houve a transferência da insegurança. Por muito tempo, a rota do aeroporto dos Guararapes, em Recife, até o Porto de Galinhas, chegou a exigir escoltas nos turistas estrangeiros por causa da quantidade de assaltos naquela estrada.

Agora despencou o número de turistas estrangeiros. Segundo a associação que reúne esses complexos hoteleiros de lazer, os estrangeiros eram 43% e hoje são menos de 20%. Na balança do Branco Central, os brasileiros gastaram mais R$ 16 bilhões no exterior em turismo. E os estrangeiros gastaram menos de R$ 6 bilhões no Brasil. Não seria o caso de brasileiro buscando segurança e turistas estrangeiros evitando insegurança?

No interior dos estados, vemos que o novo Nordeste ficou parecido com o Velho Oeste americano. Quadrilhas montadas em picapes com muitos cavalos bem armadas assaltam bancos, lojas e supermercados e deixam um rastro de terror. A polícia é pouca, mal armada e sem poder de dissuasão.

Nas grandes cidades, repete-se a fórmula maldita do Sudeste: drogas, guerra por território, vida por valor e sem proteção. A cobertura policial que está agasalhando o Rio acaba deixando o Nordeste de pés de fora. Houve um tempo em que o prefeito do interior do Nordeste punha nos ônibus os indesejáveis e os mandava para o Sul. Agora, parece que está havendo uma inversão deste fluxo. Quando os bandidos cariocas começaram a ameaçar cidades mineiras há 20 anos, o secretário de segurança anunciou que entrariam em Minas, mas de lá não sairiam. Na época, isso intimidou, mas o secretário acabou pagando por não ter sido politicamente correto.

O Nordeste não precisa de medidas radicais, mas sim de uma resposta firme e políticas públicas, se não quiser ver de novo um velho filme já bem conhecido no Sudeste.

 

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/02/cobertura-policial-que-agasalha-o-rio-deixa-o-nordeste-de-pes-de-fora.html

 

 

 

Redação

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