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Brasil em Transe: contagem regressiva

– desde os primeiros momentos do Golpe de 2016, com Dilma ainda na Presidência, o Lulismo nada mais fez do que canalizar toda e qualquer resistência para as Eleições de 2018, direcionando a luta para a via institucional/eleitoral;

– a semeadura da despolitização deu seu fruto com a ascensão de Bolsonaro;

– como resultado agora temos uma colheita de síndromes de pânico, devido a possibilidade de Bolsonaro vencer ainda no primeiro turno;

– a mais importante eleição desde a redemocratização, em 1989, é também a mais desmobilizada. exceto pela grande manifestação do #EleNão, em 29-SET-2018, foi uma campanha eleitoral afastada das ruas e das multidões, enquanto deveria ter sido exatamente ao contrário;

-após se deixar encarcerar sem resistência, Lula ainda não conseguiu realizar o milagre da plena transferência de seu capital político-eleitoral para “Andrade”. ainda assim, segundo seus seguidores, estará presente no domingo de eleição através de sua imensa espiritualidade política. glória;

– já a classe dominante no Brasil, ungida pelas bençãos da Tirania Financeira Global, coloca em ação todo o seu arsenal de malefícios para forjar uma vitória de Bolsonaro ainda no 1o. turno;

– se antes a TV era a grande arma de destruição em massa contra as candidaturas de Esquerda, agora esta função é ainda com mais eficácia cumprida pelas redes sociais.  bombas de fragmentação com fake-news explodem interativamente, criando bolhas de pós-verdades para envolver coração e mente de cada usuário; 

– qualquer que seja o resultado, um dos mais nocivos efeitos colaterais das Eleições de 2018 se dá no massacre psico-somático a que estamos todos sendo submetidos: tensão, angústia, depressão, desespero, pavor, desesperança;

– para quem se indagar qual o perfil e a estratégia do fascismo contemporâneo, ele já está entre nós há algum tempo: a sociedade em rede é um onipresente e onisciente panóptico distribuído, interconectando o concreto e o virtual, o digital e o analógico;

– sob a promessa de aproximar pessoas, nunca foram tantas as separações. nichos e guetos se proliferam. mesmo que os campos de concentração deste admirável mundo novo sejam percebidos como reconfortantes grupos de afinidades nas redes sociais.

“É possível imaginar o deserto humano que foi necessário criar para tornar desejável a existência nas redes sociais? O Facebook é seguramente menos o modelo de uma nova forma de governo do que a sua realidade já em ação.”

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Redação

Redação

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