Butantan negocia exportação de Coronavac para países vizinhos

Jornal GGN – O Instituto Butantan, de São Paulo, trabalha nas negociações com países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Paraguai, para a exportação da vacina contra a Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, a Coronavac, informou a Folha de S. Paulo. A instituição brasileira é responsável por parte da fabricação do imunizante. 

Entre os vizinhos, a Argentina é o país “mais avançado de todos no processo de possíveis exportações” do Brasil, afirmou o diretor do Butantan, Dimas Covas, à reportagem. Agência pública oficial de notícias argentina, a Télam, também publicou que a negociação está em estágio “adiantado”.

Até então, o país está vacinando profissionais da saúde com a vacina russa Sputnik V. Mas, como o instituto Gamaleya, que fabrica o imunizante, está descumprindo as datas da entrega das doses, a Argentina começou a negociar com outros desenvolvedores. 

Já o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou, no último sábado, que já está encaminhada a compra de 1,75 milhão de vacinas do laboratório chinês. Segundo ele, as doses começariam a chegar no final de fevereiro e início de março, já que faltaria efetuar  apenas o pagamento.

Na terça-feira, no entanto, Dimas Covas afirmou ao jornal que o acordo com o Uruguai não estava fechado e que havia apenas um “pré-acordo em andamento”, sem especificação do número de doses.

O Paraguai, por sua vez, divulgou um programa de vacinação que tem como objetivo imunizar seus 7 milhões de habitantes e que deve começar no próximo mês. Segundo a reportagem, 2 milhões de vacinas estão sendo negociadas com a Sinovac, por meio do Butantan. 

Ainda, haveria pedidos para oferecer a Coronavac para o Peru e a Colômbia. Dimas Covas, por sua vez, afirmou que “há conversas, mas ainda nenhum contrato foi assinado com os países”. E que, portanto, “não há definição de prazos de entrega nem de valores.