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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Por que a direita não testa o refrão "Lula já está eleito?"

    Silêncio, muxoxo e gaguejos. A reação da direita ao Datafolha

     

    O domingo de sol, ao menos aqui no Rio, pode ser a desculpa.

    Mas a grande maioria dos comentaristas políticos da grande mídia está em silêncio, depois de uma quinzena em que decretou que “agora, Lula acabou”.

    E vem o Datafolha e mostra o “defunto” não apenas vivo como esbanjando saúde, com taxas de crescimento eleitoral mais do que vigorosas.

    Os demais candidatos, candidatos a candidato e factóides  pararam ou até retrocederam um pouquinho.

    Não apenas isso: a tão brandida como intransponível rejeição a Lula cai seguidamente e, nas simulações de 2° turno, dependendo do adversário (Doria e Bolsonaro, por exemplo, chega a repetir seu melhor resultado eleitoral, o de 2006: 48% dos votos totais e 60% dos válidos.

    Os poucos que falam algo – aquele site que, por uma questão sanitária evito citar o nome – chama de “esquizofrênica” a pesquisa da Folha, enquanto os datafolhistas oficiais culpam os pobres pelo favoritismo do “monstro”.

    Os partidos convencionais – ou o que resta deles – está baratinado.

    Como estão baratinados os dois partidos mais importantes do Brasil: a mídia e o PC, Partido de Curitiba.

    A semana é de arranjar novas revelações “sensacionais” que tentam a, ao menos na aparência, evitar que o “duro de matar” do Lula seja o assunto de botequim.

    Vão, como se vê, insistir na tática que levou a estre quadro, para eles, apavorante.

    E Lula vai, ao contrário, retomar sua programação  de viagens, apostando no contato direto com a população, que é o canal que não lhe podem – ainda – fechar. E passa a uma fase mais propositiva, dentro em pouco, com a apresentação de projetos e metas para arrancar o Brasil da crise.

    Ao contrário da pancadaria, que seguirá sendo a pauta burra da direita, que visivelmente já enjoou a população e  perdeu grande parte da credibilidade.

    Enquanto isso, o país segue sua trilha de lama, com a revelação continuada das podridões de Moro e os esquemas sujíssimos do Ministério Público  na montagem das delações seletivas.

    E, distantes dos nossos olhos, prepara-se no Tribunal Regional Federal a “eleição” de quem não pode ser presidente do Brasil.

    Como no retorno de Getúlio, só pensam na máxima de Carlos Lacerda de que Lula não pode ser candidato, porque se for, vencerá e se vencer governará.

     

  • Vigaristas do bem, por Márcio Chaer

     

    MÁRCIO CHAER

    Vigaristas do bem

    da Folha

     Avener Prado - 17.nov.2014/Folhapress Superintendência da PF em Curitiba, onde começou a Lava Jato  

    A exaltação aos protagonistas do fenômeno apelidado Operação Lava Jato não faz justiça a um herói quase anônimo dessa história: os jornalistas, que deixaram a cômoda posição de meros observadores para se tornarem participantes ativos do processo.

    Nessa gangorra, a notícia alavanca o inquérito, que gera outra notícia, que dá à luz a denúncia, que, por sua vez, proporciona manchetes. Na falta de investigação, suposição vira verdade absoluta com a publicação da notícia.

    A Revolução Judicial brasileira segue a trilha da Revolução Cultural Chinesa: denuncismo, execração e condenações sem julgamento. Falta queimar livros.

    Uma nota destinada a um colunista virou inquérito. Nela, o banqueiro André Esteves, o ex-deputado Eduardo Cunha e outras três pessoas reuniram-se na casa de um empresário para festejar uma lei que beneficiou o BTG. O colunista acrescentou: existem fotos da festa.

    Pelo favor, o banqueiro teria pagado R$ 45 milhões ao deputado. Nada disso ocorreu. Mas a intriga levou André Esteves para a cadeia. A onda moralista que já respondeu por nomes como macarthismo, inquisição ou fascismo avança. Quem é contra pode ganhar no peito uma estrela de David, como as que distinguiam judeus sob o nazismo.

    Enquanto o ministro Gilmar Mendes manteve o perfil condenador, era herói nacional. Foi questionar o atropelamento do direito, a demagogia e o populismo judicial para se tornar alvo de graves acusações. O Gilmar 1.0 tinha a mesma mulher, a mesma carranca e a coragem do Gilmar 2.0. Foi mudar de discurso para se tornar "inimigo do Brasil".

    No topo da hierarquia das fontes, Rodrigo Janot disse em rede nacional que uma gravação indicava atos criminosos praticados por ministros do STF, uma mentira rasteira. Disse também que o acordo de delação da JBS seria anulado porque o delator omitiu a gravação que ele próprio entregou -quando ainda tinha 60 dias para completar informações. Ninguém notou, claro.

    O conluio comporta entrevistas coletivas em off para vazamentos seletivos. De assessores de imprensa, repórteres tornaram-se operadores das operações.

    Um juiz condena executivos de uma empresa por atos praticados por administradores de outra. Dinheiro depositado na conta de uma pessoa, por informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), aparece no inquérito do MPF (Ministério Público Federal) como tendo beneficiado outra.

    Comentaristas e oportunistas que trabalham com informação de segunda mão avalizam os erros cheios de fúria, irados.

    Para ressuscitar a malfadada Castelo de Areia, depois de meses tentando comprar um acordo com o MPF, Antonio Palocci topou encenar uma fantasia: a de que o trancamento da "operação" foi comprado. E acusou um juiz que nem sequer participou da decisão. Quem pagou, como pagou, onde pagou não interessa.

    O jogo mudou o eixo de poder nas redações. Os profissionais mais valorizados do mercado são os que têm relações com procuradores. O preço: divulgar a informação oficial como verdade absoluta. Os jornalistas que integram a "força-tarefa" são os roteiristas da Lava Jato.

    O processo judicial está sob julgamento moral -não da norma jurídica. Fatos apenas constrangedores são promovidos à condição de "escândalo".

    Ao descrever a chama de um fósforo como incêndio na floresta amazônica, a imprensa leva um general voluntarista a dizer que os militares podem tomar o poder para conter tanta corrupção. Se um general não compreende a ilusão de ótica produzida pelo populismo de jornalistas que fraudam notícias, quem compreenderá?

    MÁRCIO CHAER é jornalista e assessor de clientes acusados na Operação Lava Jato

     

  • Relator do caso Temer, deputado era investigado até terça-feira

    Do Yahoo notícias

    Yahoo Notícias sex, 29 de set 12:03 BRT  Divulgação

    O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), escolhido para relatar a denúncia contra o presidente Michel Temer, era investigado pelo Supremo Tribunal Federal até terça-feira da semana passada pela suspeita da prática de crimes relativos a débitos com a Previdência Social. As informações são do jornal O Globo.

    Ele já havia sido denunciado pelo Ministério Público, mas devido à idade – 87 anos – foi declarada a prescrição de um dos crimes. A outra acusação foi suspensa porque a fundação que ele administrava aderiu a um parcelamento. O caso está sob relatoria do ministro Celso de Mello.

    De acordo com a investigação, a Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada foi autuada pela Receita Federal em 2007 por não recolher contribuições previdenciárias descontadas dos funcionários e por sonegar contribuições previdenciárias por um período de dez anos – entre janeiro de 1997 e dezembro de 2007, época em que o deputado era administrador da fundação.

    Segundo a autuação, a Fundação deixou de recolher R$ 5,6 mil das contribuições dos funcionários e sonegou R$ 3,8 milhões das contribuições patronais.

    Bonifácio foi denunciado em 2008 pelo então procurador-geral Antonio Fernando de Souza. Na denúncia, ele explicou que a Fundação teve isenção previdenciária descaracterizada pelo Ministério da Previdência após fiscalização da receita porque foi verificado que pagamentos em espécie foram feitos para empresas que não existiam ou estavam com as atividades encerradas ou inativas.

    A defesa do deputado alegou erro em relação ao recolhimento das contribuições e que fez o pagamento em 2008. Já em relação à acusação de sonegação, a defesa argumentou inicialmente que o processo não poderia ser aberto porque haviam  instâncias administrativas analisando recursos da fundação sobre a autuação ainda.

    Em novembro do ano seguinte, no entanto, a instituição aderiu a um programa de refinanciamento de dívidas e passou a pedir o arquivamento da justificativa.

    O caso ficou pronto para decisão do ministro Celso de Mello apenas em 2012, mas o processo ficou cinco anos parado em seu gabinete.

    Apenas em maio deste ano, Mello decidiu questionar a Receita se a fundação vinha fazendo o pagamento das despesas por meio do parcelamento e a resposta foi positiva.

    Instado a se manifestar, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot posicionou-se pela prescrição da acusação relativa ao não recolhimento das contribuições dos funcionários e pela suspensão do inquérito por 120 dias em relação à acusação de sonegação para que seja monitorada a continuidade do pagamento. Mello acatou o posicionamento em decisão proferida na terça-feira.

     

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