Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  • A Folha enxovalha o que lhe resta de história: Janio de Freitas

     

    do blog Tijolaço - 27 de junho de 2014 

    por Fernando Brito

     

    Eu entrei nesta profissão no tempo em que ela tinha algumas figuras míticas.

    Barbosa Lima Sobrinho, já nos seus 80 anos, foi recebido como um ícone num debate de estudantes calouros na UFRJ.

    Castelinho era venerado, não apenas pela qualidade da informação com pela delicadeza com que tratava da política e dos políticos em seu canto da página dois do Jornal do Brasil.

    E, bem mais novo, Janio de Freitas era uma águia a apontar irregularidades, desvios e o monte de espertezas que foi, desgraçadamente, tomando conta da política brasileira.

    Hoje, fui tomado de vergonha ao ver, na Folha de S. Paulo,  essa glória remanescente daqueles tempos de jornalismo agredida toscamente  por Reinaldo Azevedo.

    Reinaldo não pode se queixar de ser criticado, porque é isso que ele procura quando criou para si mesmo o papel de enfant terrible da direita.

    Ele busca, pelas razões absolutas que defende, pelos rótulos que prega e pelo ódio que destila, sempre o confronto pessoal, eis que o de ideias, nas poucas que tem, é frágil, fragilíssimo.

    Não o culpo por nada além disso e todos os miasmas que brotam do seu texto não são coisa alguma além disso.

    No monturo da Veja, onde teria propriedade a frase que Dante apõe ao pórtico do Inferno – lasciate ogni speranza voi che entrate – ele cabe,  porque quem  para lá vai sabe que terá de se despir não apenas dela como de parte de sua dignidade.

    Mas não na Folha, onde há gente digna, capaz e civilizada, embora tenha de se submeter às manias tolas que o jornal cultiva.

    É à Folha que cabe o repúdio por colocar sua figura histórica, Janio,  ao alcance de mãos lamacentas.

    Ela o foi buscar e deu-lhe ribalta.

    Não sei o que se passou com Janio, a quem mal conheço pessoalmente embora o admire como profissional como se ainda fosse um trêmulo “foca”.

    Não sei se lhe doeu ver a casa a quem tanto deu abrigar tal figura, ou se deu de ombros e espanou com o pé a figura minúscula.

    Sei que a mim doeu e revoltou.

    E por mim é que faço este desagravo, do qual Janio não precisa.

    Preciso eu, para seguir achando que há dignidade em minha profissão.

     

  • Jogador Chileno Agredido no Mineirão

    SERIOS INCIDENTES ENTRE BRASILEÑOS Y CHILENOS DURANTE EL DESCANSO

    Según el relato de nuestro enviado especial Gustavo Huerta el jefe de prensa de los locales agredió con un golpe de puño a Mauricio Pinilla. Se caldean los ánimos en Belo Horizonte.

    Un clima bestial es que el se vive en estos momentos en el Mineirao luego que el juez Howard Webb pitara el final del primer tiempo con empate parcial entre Brasil y Chile.

    Según reporta nuestro enviado especial Gustavo Huerta, el jefe de prensa de los locales agredió con un golpe de puño en el rostro a Mauricio Pinilla durante el descanso.

    Gustavo Huerta   @gustavohuerta  |  1:57 PM - 28 Jun 2014

    Se agarraron mal en camarines! empujones, manotazos y jefe de prensa de Brasil le pegó un combo en la cara a Mauricio Pinilla.

    El ambiente entre ambos equipos había subido más de la cuenta luego que Fred golpeara a Medel apenas finalizada la primera acción.

    Michael Müller S.   @michaelmullers  |  1:54 PM - 28 Jun 2014

    Jugadores brasileños y chilenos se agarraron fuerte en el túnel al final primer tiempo. Dirigente Brasil le pegó un puñete a Pinilla.

    Fonte:

    http://www.tvn.cl/fifaworldcup/noticias/serios-incidentes-entre-brasilenos-y-chilenos-durante-el-descanso-1303221

     

     

    • Governo de MG e o escândalo do nióbio

      24/04/2014 - US$ 28bilhões ►Aécio “estaria” envolvido em transação que beneficia diretamente a família dele.

       

      AÇÃO BILIONÁRIA ENVOLVE AÉCIO E ANASTASIA NA EXPLORAÇÃO DE NIÓBIO EM ARAXÁ

      reprodução

      NIÓBIO ENTREGUE

      O Nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, através de operação bilionária e ilegal, a empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do Poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastásia.

      AÉCIO E A CODEMIG

      Desde 2002 o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Criou um governo paralelo, onde as principais decisões sobre obras e investimentos das estatais CEMIG, COPASA, DER/MG, DEOP e das autarquias de MG ficaram a cargo de “Oswaldinho”.

      PALÁCIO DA LIBERDADE E OS MILIONÁRIOS

      Para sede da CODEMIG, caminharam nos últimos 10 anos investidores internacionais que tinham interesse no Estado. O Palácio da Liberdade transformou-se apenas em cartão postal e símbolo de marketing publicitário de milionárias campanhas veiculadas na mídia. Por trás deste cenário artificial operou um esquema de corrupção, que contou com a cumplicidade até mesmo da Procuradoria Geral de Justiça, que impedia a atuação do Ministério Público Estadual.

      leia também ► NIÓBIO-Vende-se MINAS GERAIS. Tratar diretamente com Aécio ou Anastasia 

      Em 2005, na CPI dos Correios, o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, fez uma ironia com a caixa-preta do nióbio. Ele declarou que o contrabando de nióbio é que sustentava partidos políticos. 

      DISPUTA ENTRE FAMÍLIA NEVES FORTUNA DUVIDOSA

      Foi necessária esta longa introdução, uma vez que à imprensa mineira jamais foi permitido tocar neste assunto para que se entenda o que agora, uma década depois, está ocorrendo.
      Após a morte do banqueiro Gilberto Faria, casado em segunda núpcias com Inês Maria, mãe de Aécio, iniciou uma disputa entre a família Faria e a mãe de Aécio, sob a divisão do patrimônio deixado. Oswaldo Borges da Costa, casado com uma das herdeiras de Gilberto Faria, passou a comandar inclusive judicialmente esta disputa.
      Diante deste quadro beligerante, as relações entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa acabaram, o que seria natural, pois Aécio fatalmente ficaria solidário com sua mãe. Mais entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa é público que existia muito mais, desta forma deu-se início a divisão do que avaliam ser uma fortuna incalculável.

      ORIGEM DA FORTUNA…

      No meio desta divisão estaria “a renda” conseguida e a conseguir através da diferença entre a venda subfaturada e o valor real no exterior do Nióbio. Peça chave neste esquema, a CBMM pertencente ao Grupo Moreira Salles, que sem qualquer licitação ou custo renovou o contrato de arrendamento para exploração da mina de Nióbio de Araxá pertencente ao Governo de Minas Gerais por mais 30 anos.

      INVESTIDORES NÃO IDENTIFICÁVEIS?

      Meses depois venderia parte de seu capital a um fundo Coreano, que representa investidores, não identificáveis.
      Para se ter idéia do que significou, em matéria de ganho, a renovação para Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que tem com atividade exclusiva a exploração da mina de Nióbio de Araxá – sem a mina cessa sua atividade – depois da renovação a empresa vendeu 15% de suas ações por R$ 2 bilhões, ou seja, levando em conta apenas o valor de suas ações a empresa valeria hoje R$ 28 bilhões, R$ 4 bilhões a menos que o Estado de Minas Gerais arrecada através de todos os impostos e taxas em um ano. Mas esta operação já havia causado desconfiança principalmente nas forças nacionalistas que acompanhavam de perto a movimentação.

      Acrescentando: “Circula por aí versão segundo a qual só as jazidas de nióbio dos “Seis Lagos” valem em torno de 1 trilhão de dólares. Necessário esclarecer que por sua localização e facilidade de exploração a jazida de Araxá vale muito mais que a “Seis Lagos”.

       CADE – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA OMISSO, FAVORECE AS CLASSES INTERNACIONAIS

      Evidente que o Ministério Público mineiro já está investigando esta renovação do arrendamento celebrado pela CODEMIG, porém, ela nada significa perto do crime praticado contra a soberania nacional que foi a venda de parte das ações da CBMM, dando poder de veto a uma empresa estatal japonesa. Foi uma operação cheia de irregularidades com a questionável participação de órgãos que deveriam fiscalizar este tipo de operação como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), subordinado ao Ministério da Justiça.
      A operação foi aprovada em prazo recorde e com base em um parecer de folha única, que desrespeitou toda legislação existente no País. A menor das irregularidades cometidas foi conceder “Confidencialidade” aos termos da operação aprovada. Foi desrespeitada a determinação legal para que não ocorra a cassação da autorização da sociedade estrangeira funcionar no País; esta deverá tornar público todos os seus dados econômicos, societários e administrativos, inclusive de suas sucursais (art. 1.140, CC).

      SOCIEDADES ESTRANGEIRAS FUNCIONANDO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO CONTRÁRIAS A ORDEM PÚBLICA DO BRASIL

      E mais, conforme constante do artigo 1.134 do Código Civil, se faz necessária para que a sociedade estrangeira possa funcionar no território brasileiro prévio exame da legitimidade de sua constituição no exterior e a verificação de que suas atividades não sejam contrárias a ordem pública no Brasil.
      O Poder Executivo poderá, ou não, conceder a autorização para uma sociedade estrangeira funcionar no Brasil, estabelecendo condições que considerar convenientes à defesa dos interesses nacionais (art. 1.135, CC). Segundo a assessoria de imprensa do CADE, na tramitação da analise foi-se observado o regimento, evidente que um regimento não pode se sobrepor a lei.

      leia também:Por que Araxá é vital para os EUA ?(documentos secretos do Wikileaks)

      PORQUE O CADE NÃO ANALISOU Á CRITÉRIO?

      Nada disto foi observado e agora, a exemplo da briga instaurada entre as famílias Faria e Neves, o divorcio entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa fatalmente se transformará num dos maiores escândalos da historia recente do País e poderá levar Minas Gerais a perder a propriedade sobre a jazida de Nióbio.
      Principalmente as Forças Armadas veem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a exploração de Nióbio.

      RELATÓRIOS COMPROVAM ESQUEMA CRIMINOSO DE SUBFATURAMENTO DO NIÓBIO

      Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela CODEMIG/ CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá. A assessoria de imprensa da CBMM, da CODEMIG e do senador Aécio Neves foram procuradas e não quiseram comentar o assunto.
      O assunto “Nióbio” é amplo, não tendo como esgotá-lo em apenas uma matéria, desta forma Novojornal publicará uma série de reportagens ouvindo as diversas áreas envolvidas no tema.
      Nota da Redação (atualizado às 15:26 de 21/12/2012)
      O valor da venda de 15% da CBMM, ao contrário dos R$ 2 bilhões de reais, constante na matéria, foi de US$ 2 bilhões de dólares. Desta forma, 100% das ações da CBMM equivalem a US$ 28 bilhões de dólares, levando em conta que a arrecadação total anual do Estado de Minas Gerais é de R$ 32 bilhões de reais, o valor das ações da CBMM representa quase o dobro do arrecadado.
      (US$ 28 bilhões de dólares x R$ 2 reais = R$ 56 bilhões de reais).

  • Onde andam os psicólogos da seleção?

    Na véspera do mata-mata, a emoção e as palavras de uma seleção à flor da pele

    Felipão tem sido transparente, para quem quiser fazer a leitura correta. Há alguns meses, o treinador havia cravado que o Brasil ganharia o título, uma aposta ousada e, claro, impossível de garantir. Mas foi importante para engajar os torcedores e o país e criar um clima de guerra, no qual Felipão é especialista. Com o decorrer da Copa, o time cresceu, mas ainda não convenceu. E Felipão também admite isso. Não com essas palavras, mas com outras que passaram a fazer parte do vocabulário diário de entrevistas e são pouco frequentes na longa e vitoriosa trajetória do treinador.

    A partida deste sábado é mata-mata. Apenas um time sobreviverá. Nenhuma novidade. E por que não o Chile, que o próprio Felipão frisou e frisa que é um dos times mais bem montados da competição?

    Pois bem, eis que na entrevista desta sexta, no Mineirão, no início da tarde, o comandante Felipão e o capitão Thiago Silva deixaram transparecer algumas emoções e até dúvidas que são importantes considerar no olhar sobre o jogo deste sábado e a sequência da Copa.

    Primeiro, há uma alta ansiedade no ar. E emotividade ao extremo, diga-se de passagem. Thiago Silva e o próprio  Felipão se emocionaram antes e durante a entrevista e não esconderam os sentimentos. Frisaram o ambiente de alta tensão, aliás algo que vem ocorrendo desde o primeiro jogo na Copa. Curiosas, talvez, sejam as palavras deixadas no corpo da entrevista.

    Felipão falou em “nervoso” e “assustado”:

    - E você fica um pouco mais nervoso, mais assustado, aquilo que é normal em uma competição, não só porque é no Brasil. E eu não posso mostrar insegurança quando estou com eles. Ninguém fica tranquilo, mas temos de passar confiança. Sempre no inicio do jogo dá aquele… Com os jogadores é a mesma coisa.

    Numa das respostas, Felipão falou sobre o Brasil deixar a Copa: 

    - Claro que não ficaremos satisfeitos de não seguirmos em frente, estamos trabalhando. Mas do outro lado tem oponente que faz trabalho com qualidade. Se forem melhores que nós, não podemos ficar com a cabeça baixa. Não pode se jogar no poço, tem de seguir a vida e temos de valorizar o adversário. Não queremos fazer isso (deixar a competição), mas respeitamos todos os adversários”.

    Thiago, o capitão, reforçou:

    - As coisas acontecem. Gostamos de ganhar, mas do outro lado tem outra equipe com os mesmos sonhos. Nós pensamos sempre na vitória, mas a vida segue se perdermos. A frustração será grande. Ninguém quer ser eliminado. Futebol é apaixonante por causa disso, nunca se sabe quem vai ganhar ou perder

    O capitão, inclusive, confessou seu momento emocional durante a partida de abertura da Copa.

    - É difícil, muito complicada a situação de controlar essa ansiedade, nervosismo. Na estreia eu me perguntava se desaprendi a jogar futebol… coisas que são inevitáveis

    Para depois emendar, com os olhos já cheios de lágrimas:

    - Esse cara do meu lado (Felipão) soltou uma palavra antes do jogo… foi especial e me emocionei muito. Pensei… esse cara tá forte mesmo com todos os problemas familiares (sobre as mortes de dois parentes do treinador). Melhor parar, senão daqui a pouco posso chorar aqui.

    Thiago olha para Felipão, também emocionado, que termina a entrevista.

    Palavras não entram em campo. As emoções, sim. E o Brasil entra em campo neste sábado à flor da pele.  Para bem e para o mal. E, claro, ainda tem o futebol. Do Brasil. E do Chile.

    http://terramagazine.terra.com.br/blog-do-antonio-prada/blog/2014/06/27/na-vespera-do-mata-mata-a-emocao-e-as-palavras-de-uma-selecao-a-flor-da-pele/

  • Antônio de Souza: As duas

    Antônio de Souza: As duas caras de Aécio, recuos para inglês ver

    O senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, é um camaleão em busca de votos.

    Sem convicções realmente democráticas, ele apela apenas ao “marketing político”.

    Nos últimos meses, foi possível flagrarmos alguns exemplos desse comportamento.

    O mais escrachado foi em decorrência dos xingamentos à presidenta Dilma pelos VIPs do camarote do Itaú na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, em São Paulo.

    Aécio disse: os xingamentos foram a resposta à “arrogância” da presidenta.

    Maciçamente a sociedade rechaçou os xingamentos. Foram um tiro no pé da elite brasileiros e de setores reacionários da mídia brasileira.

    Aécio, então, provavelmente orientado por seus marqueteiros, repentinamente voltou atrás. Afirmou que críticas não devem “ultrapassar limites do respeito”.

    Esse ziguezague mostra bem os dois Aécios: o que caminha junto com a direita brasileira e internacional aquele que, ao perceber o custo político-eleitoral da estratégia, recua.

    Isso ficou bem claro anteriormente quando, em encontro com empresários, Aécio disse a Mônica Bérgamo, da Folha de  S. Paulo: “estou preparado para [implementar] decisões impopulares”.

    Nessa mesmo matéria, Aécio e seu guru econômico, o ex-presidente do Banco Central de FHC, Armínio Fraga, foram muito claros sobre a necessidade de implantar medidas contra a população.

    Diante dos ataques de seus adversários, Aécio voltar atrás. Mas de mentira.

    Em entrevista recente ao Estadão, Armínio Fraga, que é o coordenador do programa econômico de Aécio,  diz que deve ser revista a política para o salário mínimo, reduzindo os seus aumentos, que provocará menor consumo e terá impactos no crescimento do PIB brasileiro.

    Armínio Fraga defende também criar um teto para o gasto público e, assim, aumentar o superávit primário e cortar gastos, muito provavelmente nas áreas sociais, como fez no governo Fernando Henrique Cardoso. Além disto, pensa em diminuir o papel dos bancos públicos, reduzindo o crédito e levando o país à recessão.

    O fato simbólico de Aécio ter entrado de mãos dadas com FHC na convenção tucana sinaliza bem como será o seu eventual governo: uma continuidade das políticas neoliberais que quase arruinaram o Brasil nos anos 90.

    O governo FHC, para quem não se lembra, aumentou brutalmente a carga tributária, não gastou nas áreas sociais, ampliou o desemprego e quebrou três vezes o Brasil.

    Portanto, muito diferente do que se vê hoje, em que mesmo enfrentando o sexto ano da maior crise internacional, o Brasil ainda se aproxima do pleno emprego e gera milhões de empregos.

    Nesse sentido, que declarações de Aécio que valem?

    As primeiras manifestações, claro, e não os recuos, para inglês ver.

    Elas expressam com clareza a linha ideológica neoliberal e a prática política do governo FHC, que concorda em transformar a política e as eleições em partida de futebol e aprofundar o clima de ódio que vê nas redes sociais.

    É terrível um candidato à presidência achar normal a agressão de baixo calão à sua adversária e sinalizar que nas eleições teremos um vale tudo.

    Esta tragédia é reforçada com a nova declaração de Aécio que sinaliza para os partidos da base aliada “sugarem tudo” [de Dilma] e depois passarem a apoiá-lo.

    Esta frase mostra que Aécio, sempre querendo parecer como paladino da moralidade, aprova as ações suspeitas e aceita a possível imoralidade com recursos públicos.

    Ainda tem dúvida sobre a cara que vai um eventual governo Aécio?

    http://www.viomundo.com.br/politica/antonio-de-souza-as-duas-caras-de-aecio-recuos.html

  • Vaia ao Hino do Chile, por Leonardo Sakamoto

    Vaia ao Hino do Chile: a torcida brasileira que nos envergonha para o mundo - Leonardo Sakamoto

    em: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/06/28/vaia-ao-hino-do-chile-a-torcida-brasileira-que-nos-envergonha-para-o-mundo/

    O que leva uma pessoa a vaiar o hino de outro país enquanto ele é executado em um jogo de Copa do Mundo? Entendo que, em bando, os seres humanos não raro ficam mais idiotas. Isso é facilmente comprovável, por exemplo, por algumas torcidas organizadas que compensam suas frustrações cotidianas e reafirmam identidades de forma tosca através da violência.

    Contudo, não são as torcidas organizadas que preenchem as arquibancadas dos estádios de futebol nestes jogos da seleção (aliás, se fossem, ao menos empurrariam o time o tempo inteiro ao invés de ficarem em silêncio, com cara de susto e medo, diante de momentos tensos), mas grupos com maior poder aquisitivo, dado o preço de boa parte dos ingressos.

    Renda pode até estar diretamente relacionada à obtenção de escolaridade de melhor qualidade. Mas escolaridade definitivamente não está relacionada com educação. Ou respeito. Ou bom senso. Ou caráter.

    E considerando que, provavelmente, muitos dos que vaiaram o hino do Chile quando executado à capela foram os mesmos que, minutos depois, estavam cantando “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor'', posso concluir que o sujeito é guiado pela aversão do estrangeiro característica da xenofobia. Aversão potencializada e exposta pela covarde sensação de segurança por ser maioria e estar em casa.

    Vaiar o hino do adversário não é uma brincadeira. Muito menos uma catarse coletiva, uma indignação contra a cantoria à capela do outro. Nem ajuda na partida. Pelo contrário, mostra para o mundo que está assistindo pela TV que nós, brasileiros, podemos ser tão preconceituosos quanto os preconceituosos que, não raro, nos destratam no exterior simplesmente por sermos brasileiros.

    Aos vizinhos chilenos, portanto, peço que nos perdoem. Parte de nossos conterrâneos não sabe o que faz.

  • O Uruguai e o Maracanã

    Que a derrota no mesmo Maracanã libere o Uruguai de seu passado - Por Luiz Augusto Lima 

    A seleção que venceu a primeira Copa do Mundo disputada no Brasil já não tem mais chance de repetir o feito. E quis o destino que o palco da despedida do Uruguai fosse o mesmo Maracanã da mítica conquista de 1950.

    Há algum simbolismo nesta repetição de cenário. E os uruguaios devem saber enxergá-lo. É hora de deixar os espíritos de 50 descansarem. Seguir louvando Gigghia (o único campeão ainda vivo) e seus heroicos companheiros, mas permitir que o presente floresça livremente.

    Aquela fantasia do “fantasma de 50”, a despeito do bom humor, deixa claro que é preciso colocar o orgulho celeste novamente no frescor do sol e eliminar o cheiro de naftalina.

    São os próprios uruguaios que reconhecem isso. O Maracanazo foi uma montanha tão alta que fez sombra em tudo que veio depois.

    O novo paradigma deve ser a campanha na África do Sul, há quatro anos, quando o futebol do pequeno-grande país uniu garra e “malandragem” ao talento. Se em 2014 Suárez ficou famoso pela mandíbula agressora, em 2010 roubou a cena ao colocar a mão na bola e evitar gol certo de Gana – cá entre nós uma atitude bem mais saudável.

    Que em 2018 o Uruguai vá à Rússia. Com Suárez fazendo apenas gols, Cavani mais inspirado, Godín ainda mais seguro e Lugano trocando as entrevistas infelizes por aquilo que sabe fazer melhor: contagiar os companheiros com uma rara paixão pelo futebol.

    Em: http://esportefino.cartacapital.com.br/uruguai-colombia-maracana/

  • USP descobre nova substância potencial contra doença de Chagas

    USP descobre nova substância que pode ser usada contra doença de Chagas

    O medicamento usado atualmente tem efeitos limitados. Segundo o Ministério da Saúde, existem pelo menos 2 milhões de pessoas infectadas no Brasil

    por Daniel Mello, da Agência Brasil

    publicado 17/06/2014 10:39

    Rede Brasil Atual

     

    Sem tratamento, a doença pode evoluir para a forma crônica, que provoca o crescimento de órgãos

    São Paulo - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo nova molécula para tratamento da doença de Chagas. Segundo a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, vinculada à USP, Ivone Carvalho, a substância é menos tóxica e mais eficiente no tratamento do que os medicamentos usados atualmente. “Nesses estudos, ela mostrou uma resposta interessante. Não foi tóxica para a célula. Teve maior atividade para matar o parasita do que o próprio fármaco”, destacou em entrevista à Agência Brasil.

    Os estudos tiveram como base a estrutura do benznidazol, remédio utilizado no Brasil para combater o Trypanossoma cruzi, parasita transmitido pelo inseto conhecido como barbeiro e causador da doença. Ivone explica que a ideia é aperfeiçoar o tratamento. “Nós temos problemas com o tratamento atual, que é antigo. O medicamento disponível tem problemas de toxicidade, de ineficácia na fase crônica. E também desenvolvimento de resistência ao tratamento”, explicou.

    Na fase inicial, a doença tem sintomas como febre e mal-estar, podendo ser confundidas com outras enfermidades. Caso não seja tratado adequadamente, o paciente pode desenvolver a forma crônica da doença, quando o Trypanossoma se hospeda nos tecidos e pode causar o crescimento de órgãos como o coração e o esôfago.

    O medicamento usado atualmente tem efeitos limitados para eliminar o parasita nessa segunda fase do mal de Chagas. Segundo o Ministério da Saúde,  existem entre 2 milhões e 3 milhões de pessoas infectadas no Brasil, a maior parte na fase crônica.

    A descoberta da molécula já foi patenteada pela Agência USP de Inovação. Além de ser mais eficiente, a nova substância deverá ter menos efeitos colaterais do que a usada hoje, que pode causar enjoos e dores estomacais. “Nós temos aí uma entidade química promissora”, comemora Ivone sobre a molécula que até agora só foi testada in vitro. O próximo passo serão os testes com camundongos, a serem feitos na Faculdade de Medicina da USP.

     

  • Quem vai indenizar as vítimas

    Quem vai indenizar as vítimas do terrorismo da mídia em relação à Copa?

    por :  

    Janio de Freitas, que pertence à esquálida cota de pensamento independente da Folha, nota em seu artigo deste domingo um contraste.

    Uma pesquisa mundial do Gallup coloca os brasileiros como um povo essencialmente feliz e otimista. Na imprensa, e em pesquisas dos grandes institutos nacionais, o retrato é o oposto. Somos derrotados, miseráveis, atormentados.

    Janio brinca no final dizendo se sentir cansado demais para explicar, ou tentar explicar, tamanha disparidade.

    Não é fácil para ele se alongar nas razões, sobretudo porque a Folha é uma das centrais mais ativas de disseminação da visão de um Brasil horroroso.

    A motivação básica por trás do país de sofredores cultivada pela imprensa é a esperança de que o leitor atribua tanta desgraça – coisas reais ou simplesmente imaginárias — ao governo.

    Ponto.

    É a imprensa num de seus papeis mais notáveis nos últimos anos: o terrorismo.

    A Copa do Mundo foi um prato soberbo para este terrorismo. A imprensa decretou, antes da Copa, que o Brasil – ou melhor: o governo — daria um vexame internacional de proporções históricas.

    Em vez do apocalipse anunciado, o que se viu imediatamente após o início da competição foi uma celebração multinacional, multicolorida, multirracial.

    Turistas de todas as partes se encantaram com o Brasil e os brasileiros, e a imprensa internacional disse que esta era uma das melhores Copas da história, se não a melhor.

    Note o seguinte: a responsabilidade por um eventual fracasso seria atribuída pela mídia ao governo. O sucesso real, pelo que se lê agora, tem vários pais, entre os quais não figura o governo.

    O melhor artigo sobre o caso veio de uma colunista da Folha que se proclamou arrependida por ter ouvido o “mimimi” da imprensa.

    Ela disse ter perdido a oportunidade de passar um mês desfrutando as delícias que só uma Copa é capaz de oferecer: viagens para ver jogos, confraternizações com gente de culturas diferentes e por aí vai.

    É uma oportunidade única na vida – quando haverá outra Copa no Brasil – que ela perdeu por acreditar na imprensa.

    Quem vai indenizá-la? O Jornal Nacional? A Veja? O Estadão? E a tantos outros brasileiros como ela vítimas do mesmo terrorismo?

    Para coroar o espetáculo, o Jornal Nacional atribuiu a histeria pré-Copa à imprensa internacional.

    Pausa para rir.

    Mais honesto, infinitamente mais honesto, foi o colunista JR Guzzo, da Veja – o maior mestre que tive no jornalismo, a quem tenho uma gratidão eterna e por quem guardo uma admiração inamomível a despeito de nossas visões de mundo diferentes.

    “É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites”, escreveu Guzzo em seu artigo na Veja desta semana.

    “Deu justamente o contrário”, continua Guzzo. “Os 600 000 visitantes estrangeiros acharam o Brasil o máximo e 24 horas depois de encerrado o primeiro jogo ninguém mais se lembrava dos horrores anunciados durante os últimos meses.”

    Bem, não exatamente ninguém: o Jornal Nacional se lembrou. Não para fazer uma reflexão como a de Guzzo – mas para colocar a culpa nos gringos.

    Recorro, ainda uma vez, e admitindo minha obsessão, a Wellington: quem acredita nisso acredita em tudo.

    O JN parece achar que seus espectadores são completos idiotas.

     

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