Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

View Comments

  • MAROMBADOS DO BEM: antes e depois da pandemia

    (marombados do bem são aqueles homens fortes que fazem exercícios em academias e geralmente são ouvintes do programa do Datena)

    Esse a quem ora me refiro é realmente muito forte e mora/morava no mesmo condomínio que eu. Às 19 horas de uma quinta-feira, e antes da pandemia, eu me encontro com ele numa farmácia que fica a uns 200 m do condomínio. E gentilmente ele me ofereceu uma carona para eu voltar para o meu apartamento. Declinei do convite, porque queria fazer uma caminhada, e perguntei:

    - Você veio de carro?
    - Sim. Rodei uns 20 minutos para estacionar, mas estou seguro. Sabe como é, já esta ficando de noite e é melhor a gente não vacilar.

    Tive vontade de perguntar "seguro de quê"? Mas contive minha curiosidade.

    OBS: Uma pessoa com boa saúde consegue caminhar 200 metros em dois (2) minutos.

    Esta semana eu soube da tragédia. O teste desse meu amigo gentil deu positivo para o covid-19. E ele, corretamente, se isolou num sítio de propriedade do pai, com o caseiro e uma enfermeira tomando conta dele. E o pai veio ocupar o apartamento do filho na cidade.

    Poucos dias depois o pai, que tinha 73 anos, apresentou também os sintomas da covid-19 e veio a falecer no apartamento que ocupava. Foi a empregada que espalhou a notícia e o desespero entre os moradores do condomínio foi uma coisa de louco. Muita gente pensou em se mudar, pelo menos temporariamente, enquanto outros pensaram em vender o apartamento onde moravam pela metade do preço. Por fim, os condôminos optaram por uma dedetização no apartamento "infectado", dessas que matam até elefante.

    Mas pior, muito pior, foi a resposta que o filho deu para a morte do pai:

    - Como diz Bolsonaro, todo mundo vai morrer um dia. Se ele foi em meu lugar, foi a morte quem o escolheu.

    Será que todos os marombados do bem pensam dessa maneira?

    E notem: pra chegar a conclusão de que todo o mundo vai morrer um dia, o cara teve que ouvir o Bolsonaro. Pode Arnaldo?

    • Existe filho pródigo e filho prático.
      Esse aí, que vê com naturalidade a morte do pai, é o filho prático, que vê com muito mais naturalidade o seu direito de sucessão. A herança do papi é de direito para o filho prático de direita.
      É uma questão de "custo/benefício", entende?

Recent Posts

Mídia brasileira é cúmplice do genocídio em Gaza, por José Arbex Jr.

Há explicações para o comportamento vergonhoso, deplorável e indefensável da mídia brasileira e de boa…

14 minutos ago

Quero ser amigo do Humberto Carrão, por Bruno Mateus

Pois Humberto reúne todos os maravilhosos clichês da nova-esquerda-festiva-carnavalizante-camisa-samambaia-e-pochete-colorida.

40 minutos ago

Nova Economia discute os impactos da financeirização da economia

Saúde, economia de cuidados, educação superior e moradia são alguns dos setores afetados pelo processo…

1 hora ago

Dengue: viver o presente com os olhos no passado e no futuro, por Venâncio, Silveira & Siqueira

Vivenciamos neste ano a maior epidemia de dengue no País, tanto em número de casos…

2 horas ago

A celebração da Revolução dos Cravos, por Bruna Muriel

Faço minhas as palavras de Chico Buarque: “Foi bonita a festa, pá. Fiquei contente. Ainda…

2 horas ago

Marielle Franco e a intervenção federal, por Paulo Fernandes Silveira

O relatório final da Polícia Federal traça um panorama da atuação política de Marielle nos…

3 horas ago