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Redação

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  • Projeto sobre pré-sal chega à Câmara; Cunha promete 'postura pro

    Da RBA

    Projeto sobre pré-sal chega à Câmara; Cunha promete 'postura proativa'

     

    Presidente da Câmara disse que quer fazer matéria ser votada ainda neste semestre, o que deixou parlamentares contrários ao tema em estado de alerta. Para muitos, "guerra começa a partir de agora"  por Hylda Cavalcanti, da RBA publicado 01/03/2016 14:18, última modificação 01/03/2016 15:19      Lula Marques/Agência PT

    Declarações de Cunha soaram como um alerta para deputados contrários à retirada da prioridade da Petrobras

    Brasília – Aprovado na semana passada pelo Senado, o projeto que retira da Petrobras a exclusividade de 30% de participação na exploração do pré-sal já tem número e prazo para tramitação na Câmara dos Deputados. Foi protocolado como Projeto de Lei (PL) 4.567/16 e terá apensados outros textos que abordam o tema, incluindo o de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que reduz ainda mais a presença da Petrobras no pré-sal. Na noite de ontem (29), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que pretende trabalhar para que a votação ocorra neste semestre e que vai designar comissão especial para apreciar a matéria assim que voltarem a ser definidas as composições das demais comissões técnicas da Casa.

    As declarações de Cunha foram tidas como um alerta para os parlamentares que são contrários à retirada da prioridade da estatal do pré-sal, como o PT, PCdoB e alguns integrantes do PMDB, entre outros.

    Isso porque Cunha acenou, como argumento, que terá uma “postura proativa” em relação ao tema – termo que ele costuma destacar quando quer acelerar votações de matérias que tem interesse em ver aprovadas, como foi o caso do PL da terceirização (que está no Senado) e do financiamento privado de campanhas – que a Câmara manteve e só foi proibido depois que a matéria seguiu para o Senado.

    O deputado acentuou, ainda, que se os líderes partidários não pedirem preferência para a votação de projetos específicos sobre a matéria, os demais projetos serão todos apensados ao texto do Senado, que figurará como principal.

    Audiências públicas

    O mais comum, nesses casos, é que seja elaborado um substitutivo, a partir de consensos e negociações a serem firmadas na comissão especial, sobre a retirada dos pontos críticos do projeto chegado do Senado e os textos sobre a matéria que constam na Casa. “Em outras palavras, a briga começa agora e, se não ficarmos em cima, participando de todas as reuniões, correremos sérios riscos de ver o pré-sal ser entregue ao capital estrangeiro”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

    Ainda não se sabe quem serão os parlamentares a serem designados para essa comissão especial, mas a intenção do PT e partidos contrários à matéria é de fazer com que o tema seja discutido o mais amplamente possível, por meio da realização de audiências públicas.

    O prazo, porém, para funcionamento da comissão especial, é de dez sessões ordinárias da Casa, a partir da data da sua instalação – o que deve durar até o final de maio, conforme cálculos da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. O relator a ser escolhido terá de apresentar um relatório e, depois da apreciação e votação deste relatório, que poderá ter ou não um texto substitutivo, o PL seguirá direto para votação no plenário da Câmara.

    A determinação de o relatório votado seguir direto para o plenário se dá porque o regimento interno estabelece que em matéria que exija avaliação de mérito por mais de três comissões, como é o caso desta, seja criada uma comissão especial que avalie de uma única vez tal admissibilidade, como forma de adiantar os trabalhos.

    Questão fechada

    Ao falar sobre a questão, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), ressaltou que o assunto ainda será objeto da reunião dos líderes partidários e da definição dos integrantes da comissão, mas o partido está atento. Florence reiterou declaração já feita na semana passada, de que a defesa da Petrobras é questão fechada para a bancada petista na Casa, que trabalhará para incluir representantes com conhecimento sobre a questão.

    A principal preocupação se dá com o projeto de Mendonça Filho, a ser apensado à matéria. A proposta estabelece que a exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos na área do pré-sal passem a ser feitas pela União sob regime de concessão (o mesmo que era utilizado no Brasil até 2010, quando a sanção das leis 12.276/10 e 12.351/10 resultou num novo marco legal para a exploração do petróleo encontrado na camada pré-sal).

    A proposta do deputado do DEM conta com apoios de muitos parlamentares da oposição e do PMDB, inclusive com o líder peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). De acordo com Picciani, “hoje a Petrobras não tem condições financeiras para essa obrigação (de prioridade em 30% dos contratos do pré-sal”.

    Com tanta polêmica, a escolha dos integrantes da comissão está sendo vista com expectativa por todas as lideranças partidárias, e o PL promete ser palco de muita discussão, inclusive, com a participação de senadores – que pretendem ir até a Câmara para ajudar o quanto puderem a conscientizar os deputados e trabalhar para que a matéria seja rejeitada em sua totalidade.

    Não será fácil, pois a tradição costuma ser de o Senado modificar a maior parte das matérias aprovadas pela Câmara dos Deputados e não o contrário. Mas um desses parlamentares, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), destacou o intuito de prioridade a ser dada ao caso. “O que está em jogo é a defesa da soberania do país e não vamos abrir mão de nos posicionar para tentar reverter esse estrago feito no Senado, na última semana.”

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/03/projeto-sobre-pre-sal-e-protocolado-na-camara-e-aguarda-formacao-de-comissao-especial-3642.html

     

  • Mais entreguista do que o Serra? Só o Cunha!

    Carta Maior

    01/03/2016

    Mais entreguista do que o Serra? Só o Cunha!

     

    Cunha pretende aprovar uma versão ainda pior do que a apresentada por Serra, que simplesmente entrega de uma vez o pré-sal às petrolíferas estrangeiras.

     

    Najla Passos

     

     

     

    A Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás promove nesta quarta (2), no Plenário 1 da Câmara, às 10h, o primeiro ato contra o Projeto de Lei 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), depois que ele foi aprovado pelo Senado, na semana passada, com a ajuda do inusitado acordo entre o PSDB, PMDB e o governo Dilma Rousseff. A proposta legislativa, que retira da Petrobrás a prerrogativa de ser a exploradora única do pré-sal e abre espaço para que a extração do recurso seja feita por multinacionais estrangeiras, agora depende de aprovação da Câmara. E o risco de que ela saia da casa presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ainda pior do que entrou é real.

     Já confirmaram presença no evento centrais sindicais, movimentos sociais e ativistas políticos que defendem a manutenção do regime de partilha atual, pactuado em 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ampla discussão com a sociedade e o parlamento. O regime atual prevê que a Petrobrás atue como operadora única, sendo detentora de pelo menos 30% dos consórcios firmados para exploração do pré-sal. Já o PL do Serra propunha que a estatal poderia participar ou não de cada consórcio, a depender de decisão aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).  

     O texto aprovado pelo Senado foi uma espécie de meio termo entre as duas coisas: um substituto do senador Romero Jucá (PMDB-RR), construído com o aval do PSDB, PMDB e governo, que obriga o CNPE a consultar a Petrobrás sobre sua intenção de participar ou não de cada consórcio e só abre à exploração ao capital internacional caso a estatal se recuse a fazê-lo. Uma política menos nociva do que a proposta por Serra, mas ainda assim preocupante porque dependerá muito mais dos interesses do governo de plantão do que necessariamente das condições técnicas e financeiras da estatal a ele vinculada.

     O Petroléo é nosso!

    A exemplo dos setores progressistas e nacionalistas que, no final dos anos 40, lançaram a campanha “O Petroléo é nosso!” para viabilizar a criação da Petrobrás, entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Movimentos dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), além de parlamentares progressistas, querem promover uma mobilização nacional para assegurar que o petróleo continue em mãos brasileiras e para que a maior estatal do país, já combalida por sucessivas denúncias de corrupção, não venha a ser desmontada.

     Dentre os muitos argumentos favoráveis à manutenção do controle do petróleo brasileiro pelos brasileiros, está o de que o recurso ainda é a grande locomotiva do desenvolvimento mundial. Portanto, trata-se de uma questão geopolítica da qual o Brasil não pode abrir mão. Não por acaso, a maior parte dos países detentores de petróleo controlam a exploração de suas reservas. Hoje, cerca de 75% das reservas internacionais provadas de petróleo estão nas mãos de operadoras nacionais.

     Os defensores da estatal brasileira como operadora única do pré-sal também apontam que só a Petrobrás têm condições de fazer a extração do petróleo no mar a preços competitivos e com segurança operacional, justamente porque controla a tecnologia necessária melhor do que qualquer concorrente. A Petrobrás, hoje, consegue extrair um barril de petróleo do pré-sal por algo entre US$ 8 e US$ 9, enquanto as concorrentes não o fazem por menos de US$ 14. E com preços mais baixos na operação, sobravam mais lucros para os royalties e, consequentemente, para a saúde e a educação.  

     “A extração no pré-sal é mais barata na média por causa da alta produtividade do sistema desenvolvido pela Petrobrás”, sustentou a senadora Gleise Hoffmann (PT-SC), durante os debates no Senado.

     Ela também rebateu o argumento dos defensores da mudança de que o atual nível de endividamento da empresa a impede de investir na extração do recurso imediatamente, o que, segundo eles, ajudaria o Brasil a sair da crise e retomar o crescimento econômico. “Mesmo que os leilãos sejam realizados hoje, a extração demoraria de cinco a sete anos. Então, no que isso ajudaria?”, questionou.

     Outros colegas somaram-se a ela. “A Petrobras e as outras empresas que tiverem investido no pré-sal, no instante em que o pré-sal começar a jorrar, serão ressarcidas de todas as despesas. Então, como é que a Petrobras não tem condições de enfrentar isso?”, questionou o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro das Minas e Energias nos governos Lula e Dilma.

     O senador Roberto Requião (PMDB-PR) lembrou que a entrega da exploração do pré-sal às estrangeiras resultará em desemprego e desindustrialização do país. “Retirar a exclusividade da Petrobrás na extração do pré-sal irá levar a empresa à falência”, afirmou. Ele argumentou ainda que  a cadeia de produção da estatal é responsável hoje por cerca de 15% e todos os empregos gerados no país, que já sofre com a alta do desemprego.

     O argumento mais debatido no Senado foi o que remete à conjuntura internacional de crise do petróleo, em que o barril, que já foi cotado a mais de US$ 130, hoje alcança, em média, US$ 30. Portanto, vender o petróleo neste cenário é entregar o maior recurso brasileiro ao capital internacional. “Nós estamos querendo entregar o pré-sal a preço de banana para as multinacionais do petróleo. Isso é entreguismo sim”, resumiu o senador Lindberg Farias (PT-RJ).

     Mais entreguista do que Serra, só Cunha!

     O primeiro desafio do movimento em defesa da Petrobrás é garantir que, ao contrário do que ocorreu no Senado, a tramitação da matéria na Câmara não se dê no afogadilho. No Senado, devido à aprovação do regime de urgência,  o PL do Serra não seguiu a tramitação normal nas diversas comissões. E isso impediu que a matéria fosse devidamente discutida não só pelos próprios senadores, mas pela sociedade em geral, em audiências públicas e outros fóruns. O PL do Serra foi debatido apenas por uma comissão especial mista, criada no âmbito da Agenda Brasil.

     E é esta receita que o presidente Cunha quer seguir. Nesta segunda (29), ele disse à imprensa que pretende aprovar o projeto ainda neste semestre. Para isso, vai criar uma comissão especial destinada a debatê-lo em, no máximo, 30 dias. Com isso, o projeto não terá que passar pelas comissões de Constituição e Justiça, Minas e Energia, Direito Econômico e Finanças, como seria de praxe e demandaria todo o ano legialtivo.

     Mas o melhor termômetro para saber em que velocidade se dará a tramitação da matéria na Câmara será a reunião de líderes desta terça (1). Embora o Regimento Interno determine que caiba ao presidente da casa definir quais matérias entrarão para a pauta de votações da semana, a boa prática democrática exercitada na Câmara historicamente diz que estas definições devam ser feitas coletivamente e em consenso, pelos líderes partidários. O problema é que Cunha não é muito chegado às boas práticas democráticas.

     O segundo desafio do grupo é evitar que o presidente da Casa coloque em prática os planos que já divulgou à imprensa: aprovar uma versão ainda pior do que a apresentada por Serra, que simplesmente entrega de uma vez o pré-sal às petrolíferas estrangeiras. "Não vi o texto que veio de lá, não sei se vai ter ou não apoiamento. Pelo que li nas notícias jornalísticas, achei o texto muito ruim, pior que o da Câmara", disse ele à imprensa, após a aprovação do PL do Serra no Senado.

     O texto da Câmara a que Cunha se referia é o Pl 6723/2013, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que propõe a retomada do regime de concessão implantado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e adotado no país até 2010, quando o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a atual Lei de Partilha. Em termos gerais, o regime de concessão prevê que o lucro do Petróleo a ser explorado é do concessionário definido em leilão, enquanto o regime de partilha prevê que o excedente fique com o Estado.

     Pelo modelo de concessão, o concessionário assume os riscos e investimentos de exploração e produção - que no caso do pré-sal já foram quase todos eles feitos pela Petrobrás -, e passa a ser proprietário do petróleo e do gás, depois de pagar à União royalties e impostos. Por isso, ele é recomendado pelos técnicos para os casos em que há alto ou médio risco na exploração.

     Já o modelo de partilha é usado em caso de baixo risco exploratório, como é o caso do pré-sal, em que o óleo já foi descoberto e a tecnologia necessária para extrai-lo já está desenvolvida. Ele também prevê que o contratado exerça as atividades de exploração e produção, mas determina que vença a licitação quem oferecer maior bônus ao Estado detentor das reservas. No caso brasileiro, o regime de partilha prevê que a Petrobras atue sempre como operadora do consórcio, com uma participação mínima de 30%.

     Como vencer entre os mais conservadores?

    O maior de todos os desafios, porém, é compor maioria contrária ao projeto em uma casa que consegue ser ainda mais conservadora do que o Senado, por mais incrível que isso possa parecer. A avaliação unânime dos setores mais progressistas da sociedade é a de que se Cunha conseguir firmar acordo com o PSDB, o PMDB e o governo Dilma, como ocorreu no Senado, a guerra já estará vencida antes de qualquer batalha.

     Entidades sindicais do porte da FUP prometem greve geral caso o projeto avance. O MST também ameaça ocupar a frente do Palácio do Planalto. Mas mesmo àqueles que colocam mais peso na força do povo nas ruas, entendem que a posição do governo Dilma, a exemplo do que já ocorreu no Senado, poderá ser mais uma vez o grande fiel da balança para aprovação ou não do projeto. E a julgar pelo histórico anterior, as perspectivas não são as melhores.

     Por hora, o que os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) têm afirmado é que a mudança de posição do governo no Senado foi meramente conjuntural e destinada a evitar o “mal maior”, que seria a aprovação do texto original proposto pelo Serra. Segundo eles, com a retomada do debate na Câmara, o governo manterá sua posição original de defender a manutenção do regime de partilha, conforme promessa reiterada pela presidenta Dilma ao longo de 2015.

     Contribuem para isso a forte pressão que os movimentos sociais, as centrais sindicais e o próprio partido da presidenta, o PT, vem fazendo sobre o governo. Apesar do acordo firmado pelo Planalto com o PSDB e PMDB, a bancada do PT votou contra o projeto de Serra no Senado. E no dia seguinte o presidente da legenda ainda publicou nota oficial reforçando o compromisso do partido com a defesa da Petrobrás e do pré-sal.

     Do outro lado da corda, porém, estão setores golpistas do PMDB e de outros partidos da base aliada que têm transformado a sobrevivência do governo de coalisão da presidenta Dilma Rousseff em um verdadeiro inferno. A ameaça do impeachment perdeu fôlego, mas ainda paira no ar da Câmara que tem seu presidente apontado como um dos maiores corruptos do país, embora ele continue livre, leve e solto para ditar – ou elo menos tentar ditar - a política nacional.

    Créditos da foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

     http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Mais-entreguista-do-que-o-Serra-So-o-Cunha-/4/35596

     

  • Dá para saber quem lucra com a recessão.

    Do JB

     

    29/02 às 16p8- Atualizada em 29/02 às 16p9

    Enquanto o país afunda, bancos seguem lucrando

     

    Num momento em que os números da economia brasileira remetem a tempos sombrios de falta de crescimento e de empresas no vermelho; num momento em que as taxas de desemprego sobem e que o temor do colapso financeiro apavora famílias, a divulgação dos balanços financeiros dos bancos anda na contramão da realidade dos brasileiros, numa matemática aparentemente sem sentido, mas que no fundo retrata a realidade cruel do mercado.

    O Banco do Brasil fechou 2015 com um lucro de R$ 14,4 bilhões (aumento de 28% em relação a 2014). O Itaú teve lucro de R$ 23,3 bilhões (aumento de 15,5% com relação a 2014). O Bradesco teve lucro de R$ 17,1 bilhões (aumento de 14% em relação a 2014). O Santander teve lucro de R$ 6,62 bilhões (aumento de 13,20% em relação a 2014).

    Em contrapartida, a país vive a expectativa de ter um crescimento negativo do PIB de 4,15% em 2015. E as grandes empresas, que dão emprego e produzem para o país, amargam prejuízo atrás de prejuízo. Entre elas a Vale, que em 2015 apresentou um gigantesco buraco de R$ 44 bilhões.

    Para se ter uma ideia, em 2014 somente os quatro maiores bancos brasileiros somaram um lucro de R$ 48,7 bilhões, o que corresponde a 43% do lucro somado das 100 maiores empresas brasileiras - R$ 111,7 bilhões.

    Como é possível, num país que vive uma crise tão profunda, com empresas que geram emprego e são responsáveis pela produção do país amargando prejuízos tão profundos, os bancos seguirem aumentando seus lucros? A lei do mercado parece dar a resposta.

  • Veine virou “preservacionista” para poder fechar praia do triple

    Tijolaço

    Veine virou “preservacionista” para poder fechar praia do triplex de Paraty

     

    Veine pede registro cultivo frutos do mar sem ostras no contrato social

     

     

    Cumprindo meu dever de auxiliar a Organizações Globo a identificarem logo os proprietários da mansão em área de preservação ambiental em em Paraty, trago mais informações sobre a transformação da Agropecuária Veine em empresa destinada a “manutenção de animais silvestres em cativeiro para fins de preservação”.

    Nunca foi este o objeto social da empresa, desde que foi fundada, em 2004.

    Nem era, quando em 2009, pediu ao INPI o registro da marca “Santa Rita” – nome da praia onde está a mansão – alegando que tinha, entre suas atividades o “cultivo de frutos do mar, especialmente vieiras e mexilhões”.

    No mesmo ano em que era autuada no processo E-07/507.761/2009 da Secretaria do Meio Ambiente, por infringir o artigo 70 da lei 3467/90 por “promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida”

    O requerimento, óbvio, foi recusado peno registro de marcas e patentes porque ”  o requerente não exerce atividade licita e efetiva compatível com os produtos/serviços reivindicados (Parágrafo 1º Art. 128 da LPI)”,

    O que fez a Veine?

    Registrou na Junta Comercial uma mudança de objeto social: deixou a exploração de imóveis e prospecção de negócios, que já estavam e acrescentou a “”manutenção de animais silvestres em cativeiro para fins de preservação”.

    Para que? Para conseguir, afinal em abril do ano passado – quando já estava obrigada a retirá-los por decisão do juiz Adriano de Oliveira França a que retirasse “a estrutura de cerco, aparentemente dedicada à maricultura, existente no entorno da Praia de Santa Rita”- que o Instituto Estadual do Meio Ambiente ainda autorizasse “ampliação do número de espinhéis de quatro para seis, na Praia De Santa Rita”.

    Ou seja, lixou-se para a ordem judicial e ainda armou um jeito para ter mais barreiras que reduzissem  o acesso público à praia.

    Só a Globo para descobrir quem é essa gente, da qual ninguém tem coragem de falar! Conto com o senhor, Dr. João Roberto.

    http://tijolaco.com.br/blog/veine-virou-preservacionista-para-poder-fechar-praia-do-triplex-de-paraty/

     

  • A juíza que aprovou a capa da Veja com Lula de presidiário.

    Do DCM

    A juíza que aprovou a capa da Veja com Lula de presidiário. Por Carlos Fernandes

     

     por 1 de March de 2016      

    A juíza Luciana Bassi de Melo em foto do Facebook: voto a favor da Veja

    Num país onde a mais alta corte de justiça rasga a Constituição Federal ao instituir a “presunção de culpa” permitindo a prisão de investigados antes de um julgamento transitado em julgado, não é de se admirar que os demais juízes sintam-se à vontade para julgar exclusivamente a partir de suas preferências políticas.

    Chega a ser um paradoxo que o ministro da justiça recém destituído do cargo, José Eduardo Cardozo, jamais tenha entendido o nível do aparelhamento político e ideológico com que delegados, promotores e juízes infestaram o sistema judicial brasileiro.

    Se entendeu, em todo o tempo que esteve à frente da pasta nada fez a respeito. E ninguém pode negar, a sua apatia contribuiu de maneira surpreendente , de uma forma ou de outra, para a criação de uma “polícia política” e um judiciário de partido constituído e declarado.

    Gilmar Mendes, um ministro do STF, comporta-se diuturnamente, livre e impunemente, como um dos mais notórios advogados de defesa do PSDB, seja nas suas declarações à mídia condescendente, seja nos seus votos no plenário do Supremo.

    Sérgio Moro, que não toma uma decisão se não for contra alguém ligado ao Partido dos Trabalhadores, simplesmente esqueceu o significado da toga e decidiu transformar-se numa espécie de cruzado em defesa do que julga pessoalmente ser a sua missão divina.

    Já o procurador Dalton Dellagnol abandonou de vez a noção de ridículo e, numa convulsão de autopromoção e sentimento de superioridade, afirmou categoricamente que a Lava Jato poderia mudar o mundo. O embrião de uma nova seita messiânica já está formado.

    Esses são apenas alguns dos incontáveis exemplos do tipo de magistrados ao qual a sociedade brasileira está refém. Os casos de abuso de poder, prepotência, desobediência aos próprios ritos jurídicos e julgamentos parciais se espalham pelo Brasil afora.

    Numa decisão desconcertante de tão absurda, a juíza Luciana Bassi de Melo da 5.a Vara Cível do Fórum de Pinheiros (SP), isentou de responsabilidade a revista Veja pela capa ignóbil em que o ex-presidente Lula foi posto em trajes de presidiário.

    Para a juíza, tudo bem dar essa capa

    Segundo o “entendimento” da excelentíssima juíza, a Veja não teria cometido qualquer crime por não ter se referido exclusivamente a Lula, mas uma forma de crítica a todos os políticos do país. Jesus Cristo.

    Ainda para a excelentíssima juíza, “pode-se não concordar com as críticas fortes e os termos depreciativos que são utilizados na capa e na reportagem”. Mas isso não vem ao caso.

    Pelo visto, colocar um homem como presidiário e utilizar-se de termos depreciativos com o nítido intuito de atacar a sua moral, para a excelentíssima, fazem parte do bom jornalismo e não ultrapassam “os limites impostos pelo ordenamento jurídico”.

    Não é preciso falar sobre a orientação política da magistrada. Basta saber que o seu marido, Marcello Melo, não cansa de postar na sua página do Facebook uma série de críticas contra a corrupção. Do PT é claro.

    Sabemos o porquê de a juíza ter isentado a Veja. Só não sabemos se, por acaso, o DCM ilustrasse esse artigo com a excelentíssima juíza em trajes de presidiária, ela também entenderia como uma crítica a todos os péssimos juízes que povoam o nosso judiciário.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-juiza-que-aprovou-a-capa-da-veja-com-lula-de-presidiario-por-carlos-fernandes/

     

  • Lei Para Todos? E os sonegadores do escândalo HSBC?

    Carta Maior

    29/02/2016

    Lei Para Todos? E os sonegadores do escândalo HSBC?

     

    João Santana foi preso por causa de uma conta no exterior. Mas e os 8,7 mil brasileiros citados na lista do suiçalão, por que nem estão sendo investigados?

     

    Tatiana Carlotti

     

     

     

     

    Desdobramento da Lava Jato, a Operação Acarajé varreu da pauta as suspeitas levantadas pela jornalista Miriam Dutra (confiram o editorial de Saul Leblon), relacionando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o Grupo Brasif. Tão ágil quanto a Justiça, o PIG mostrou serviço, incensando ao longo da semana a prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff.
     
    Presos “preventivamente” desde a última terça-feira (23.02), Santana e sua mulher, Márcia Moura, respondem pela acusação de terem recebido US$ 7,5 milhões em contas no exterior, segundo os promotores, de forma ilegal. A questão da sonegação fiscal e evasão de divisas vieram à tona. Diante do furor da imprensa e da agilidade da Justiça, a questão se impõe:
     
    Como andam as investigações sobre os 8,7 mil clientes brasileiros nomeados na lista do HSBC, no escândalo do Suiçalão? O que explica a cortina de silêncio, sete anos após o vazamento da lista por Hervé Falcini, sobre os sonegadores?
     
    Considerado um dos maiores escândalos financeiros da atualidade, o Suiçalão se constituiu em grande esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro do banco britânico. O requinte das operações incluía a criação de empresas offshore e de fundações para driblar o controle dos governos sobre movimentações financeiras ilegais.

    O esquema veio à tona em 2009, quando Falciani, especialista em informática do HSBC, vazou para autoridades francesas uma lista com 130 mil clientes que mantinham contas secretas na sede suíça do HSBC. Entre elas, 8,7 mil contas secretas estavam em nome de brasileiros que movimentaram, em apenas dois anos (2006 e 2007), US$ 7 bilhões (R$ 20 bilhões).
     
    Até agora, sete anos após o escândalo, só foram divulgados os nomes de sonegadores envolvidos na Operação Lava Jato, além de três magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo que negaram ter contas na Suíça. Como explica Luis Nassif, no site GGN, o ICIJ (Consórcio Internacional dos Jornalistas Investigativos) disponibilizou a lista para um grupo restrito de jornalistas. No Brasil, apenas Fernando Rodrigues (UOL) tem acesso aos dados.
     
    Instalada em 2015, com pouca cobertura da mídia e apesar da resistência dos tucanos, como demonstrava reportagem da jornalista Najla Passos, aqui na Carta Maior, a CPI do HSBC quase foi encerrada por conta das dificuldades em se obter a documentação necessária para o andamento das investigações.
     
    No começo do ano, a agência Senado informava que a Justiça francesa havia autorizado a liberação desses dados. Á época, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmava ao Último Segundo (IG): “A CPI pode revelar o maior caso de evasão fiscal da história do país. Cabe a nós trazer isso à luz, esclarecer o conjunto, como se deu. A CPI só não avança agora se não quiser. É a chance de ressurreição da CPI”, disse.

    A farra nos paraísos fiscais
     
    Aos que ainda duvidam do tamanho da corrupção perpetrada pelas elites financeiras deste país, recomendamos a leitura do especial da Carta Maior, intitulado Paraísos Fiscais: a sonegação dos ricos é a maior corrupção global.
     
    Publicado em fevereiro do ano passado, o especial traz dados que dimensionam o prejuízo: até 2010, apontava a The Price of Offshore Revisited, os brasileiros mais ricos mantinham cerca de US$ 520 bilhões em paraísos fiscais (leiam mais).
     
    Em artigo, avaliando o rombo do Suiçalão aos cofres brasileiros, o cientista político Antônio Lassance destacava que os “barões ladrões brasileiros” estavam na “nona colocação” entre os que mais surrupiaram dinheiro, com a ajuda do HSBC suíco. “Daria para pagar um bom pedaço dos juros da dívida pública com o dinheiro dos ricos, ou melhor, o dinheiro dos pobres que os ricos preferem sonegar”, concluia.
     
    Já o economista Ladislau Dowbor explicava, em Os descaminhos do dinheiro (07.11.2012), como o dinheiro proveniente da corrupção vem girando em torno dos “grandes beneficiários empresariais ou donos de fortunas pessoais”, das “instituições financeiras que fazem as transferências”, dos políticos “que criam o seu contexto institucional” e, também, do Judiciário, “que não é de maneira alguma estranho ao processo, por dar suporte legal, por conivência ou por omissão”.

    Cortina de silêncio
     
    O fato é que a mesma cortina de silêncio em torno do Suiçalão, vem blindando uma série de suspeitas envolvendo grãos tucanos no país. É patente a forma como esses escândalos surgem e desaparecem na mídia. Mais patente ainda a seletividade de setores do Judiciário na escolha de quem será investigado ou não.
     
    Na última semana, em artigo publicado na Folha (FSP, 25.02.2016), o jornalista Jânio de Freitas manifestou indignação com a prisão, às pressas, de Santana e sua mulher. “A falta até de mínima sustentação das exposições de Sergio Moro, no próprio decreto de prisão de Santana e Mônica, como nas falas dos procuradores e policiais é nada menos do que escandalosa. Ou deveria sê-lo”, apontou.
     
    E complementou: “o risco de fuga era zero, já estando ambos no exterior. Mas o problemático assunto das remessas e contas externas de Fernando Henrique foi sufocado com mais facilidade”.
     
    A mesma cortina de silêncio foi cerrada em torno das denúncias de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, no começo do ano. Em delação premiada à Lava-Jato, ele mencionava um suposto recebimento de propina pelo “Governo FHC” no valor de US$ 100 milhões, pela venda da empresa argentina Pérez Companc (OESP, 11.01.2016). FHC negou, a pauta sumiu do noticiário.
     
    Na última semana, Luiz Nassif rememorou outros episódios ao questionar: “O MPF se tornou um partido político?”, citando casos em que o nome do senador Aécio Neves (PSDB) surgiu nas delações da Lava-Jato. O primeiro, quando o doleiro Alberto Yousseff detalhou as propinas de Furnas (Exame, 25.08.2015); o segundo, quando das menções de Aécio pelo diretor da UTC, Carlos Alexandre de Souza, o Ceará (OESP, 30.12.2015).
     
    Nassif também recuperou o inquérito sobre lavagem de dinheiro em uma conta em Liechtenstein em nome de uma offshore com sede nas Bahamas (GGN, 02.01.2015). Os dois primeiros casos, aponta o jornalista, foram arquivados pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O último permanece na gaveta da Procuradoria Geral da República. Aécio também negou, a pauta sumiu do noticiário.  
     
    Enquanto isso...
     
    Vale destacar que, na última semana, a mesma Folha que deu espaço às denúncias de Mirian Dutra, incensou um verdadeiro carnaval em torno da prisão de Santana, com direito à destaque de falas raivosas de leitores, passando por uma quase colisão entre aeronaves, chegando até à uma reportagem muito instrutiva sobre a presença de acarajé no cardápio do governo. Um bombardeio de notícias para manter na pauta a prisão do marqueteiro.
     
    Sobre as denúncias contra FHC? Uma notícia sobre o inquérito solicitado pelas bancadas do PT e do PC do B à PF para investigar as relações entre FHC e a Brasif. Aliás, a notícia foi divulgada no mesmo dia em que o PSDB solicitou ao TSE a incorporação do processo contra Santana àquele que investiga a reeleição da presidenta Dilma. As manobras da oposição no TSE são tema, inclusive, de extensa reportagem da Carta Capital à venda nas bancas.
     
    Enquanto isso, na TV Folha, jornalistas avaliavam que o “impeachment” havia voltado à pauta. Aliás, o calendário dos protestos vem sendo bem divulgado, agora, ancorado pelos índices da pesquisa Datafolha, divulgada no último sábado (27.02): “64% dos brasileiros reprovam o Governo Dilma”.
     
    A pesquisa, é sempre bom lembrar, foi realizada entre os dias 24 e 25 da última semana, em pleno furor da imprensa com a prisão de Santana.
     

    Créditos da foto: reprodução

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Lei-Para-Todos-E-os-sonegadores-do-escandalo-HSBC-/4/35592

     

  • http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Os-Clintons-e-
    Os Clintons e Wall Street: uma parceria de 24 anos Os bancos lucraram centenas de bilhões de dólares em práticas que anteriormente eram proibidas, mas que a administração Clinton conseguiu legalizar.

    Nos últimos vinte e quatro anos, os Clintons estão envolvidos em uma relação conjugal com Wall Street, de imenso benefício financeiro para ambas as partes. Eles receberam $68,72 milhões dos bancos de Nova York em contribuições de campanha e outros $8,85 milhões em honorários de palestras. Em contrapatida, os bancos lucraram centenas de bilhões de dólares em práticas que anteriormente eram proibidas, mas que a administração Clinton conseguiu legalizar.

    A extraordinária ambição das carreiras de Bill e Hillary Clinton desafiam qualquer tentativa de descrição. Eles passaram boa parte das suas vidas adultas solicitando dinheiro dos outros para seu próprio benefício. Um artigo de 2014 na revista Time dizia:

    "Poucos na história americana foram beneficiados com tantos recursos de tantas maneiras distintas durante tanto tempo(...). Os Clinton receberam pelo menos $1,4 bilhões em contribuições..."

    A Time não cavou a fundo. Uma investigação mais exaustivamente detalhada no Washington Post, apenas um ano depois, dobrou essa estimativa para $3 bilhões.

    Essa ambição impiedosa, que colocou Bill Clinton na Casa Branca duas vezes e que enviou Hillary Clinton duas vezes ao Senado, mais uma vez se precipita sobre a presidência americana. Ela também fez dos Clintons um dos casais mais ricos do país.

    Hillary Clinton detém um patrimônio líquido de $45 milhões de dólares; Bill Clinton detém $80 milhões. Se mensurado pela riqueza da família, isso coloca o casal no top 1% dos EUA.

    Os Clinton reconfiguraram o Partido Democrata a serviço próprio, antes defensor dos trabalhadores, agora mero cãozinho de Wall Street e das grandes coorporações. Inteligentemente, os Clinton ainda apelam ao seu eleitorado tradicional; mas, para servir a sua nova clientela, o partido abandonou os estratos menos favorecidos da sociedade americana, especialmente as comunidades negras.

    Bill Clinton teve grande importância no Democratic Leadership Council (Conselho da Liderança Democrata) e se tornou o primeiro presidente eleito em seus moldes.

    Depois de uma vitória esmagadora pelos republicanos em 1984, alguns líderes democratas propuseram uma guinada ao centro, isto é, uma postura mais conservadora para o partido. Seria uma política menos ameaçadora para interesses empresariais e poderia inclusive atrair apoio financeiro das corporações. O Conselho da Liderança Democrata nasceu para promover essa nova visão dentro do partido e gradualmente conquistou influência, até que a presidência de Bill Clinton tornou o centrismo conservador dos democratas uma postura quase definitiva.

    Como governador do Arkansas, Bill Clinton presidiu o Conselho da Liderança Democrata de 1990 a 1991, cortejando empresas americanas que mais tarde lhe serviriam muitíssimo bem. Amparado por $11,17 milhões em contribuições de campanha de Wall Street, Clinton tornou-se o primeiro presidente do DLC em 1993. Hillary Clinton estava ao seu lado como ministra de fato, embora sem-pasta.

    Aquele era o "Novo Partido Democrata", disse o presidente Clinton. E ele logo demonstraria o quão longe para a direita ele direcionaria sua agenda.

    Alegando que "a era do grande governo acabou", o presidente Clinton prometeu "acabar com o Estado de bem-estar social como o conhecemos". E assim ele fez, mediante assinatura do Personal Responsibility and Work Opportunity Reconciliation Act. A lei prejudicou severamente as famílias de baixa renda, sobretudo as comunidades negras. Clinton também se orgulhou do Violent Crime Control and Law Enforcement Act, que vertiginosamente culminou no encarceramento em massa contemporâneo e gerou o atual complexo prisional privado com fins lucrativos. Mais uma vez, uma lei que impactou profundamente sobre as comunidades negras e latinas.

    Era hora, então, de favorecer a América corporativa.

    O presidente Clinton promoveu vigorosamente o "livre comércio", assinando o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) e apoiando fortemente a Organização Mundial do Comércio. Esse “livre comércio" foi extremamente benéfico para as grandes corporações americanas. Entre as exportações do país, durante os anos Clinton, incluem-se os postos de trabalho industrial de 9,2 milhões de trabalhadores americanos.

    O amplo favorecimento a Wall Street veio em seguida.

    Em janeiro de 1995, Clinton nomeou Robert Rubin, o co-presidente da Goldman-Sachs, como seu secretário do Tesouro. Rubin trabalhou arduamente em duas leis de estupendo valor para os bancos de Nova York, mas o primeiro mandato do presidente Clinton terminou antes que pudessem ser promulgadas.

    Diante da necessidade de garantir a reeleição de Clinton, Wall Street quase triplicou seus investimentos de campanha, de $11,17 milhões em 1992 para $28,37 milhões em 1996.

    Prosseguindo com sua pasta, o secretário Rubin triunfou com a aprovação da Lei de Modernização dos Serviços Financeiros de 1999 [Gramm–Leach–Bliley Act], que revogou a legislação de Glass-Steagall (1933). Agora era mais uma vez legal que as instituições financeiras combinassem bancos comerciais, bancos de investimento e seguradoras; em essência, permitiu a utilização dos fundos dos depositantes para negociações do próprio banco no mercado de ações.

    Um ano mais tarde, o Presidente Clinton assinou a Commodity Futures Modernization Act. Esta lei acabou com a regulamentação sobre os derivativos, liberando Wall Street para fabricar títulos lastreados em hipotecas e vendê-los sem restrições. Esses derivativos complexos iriam alimentar a fraude do "subprime" que explodiria em breve.

    Enquanto isso, no Departamento de Justiça de Clinton, um vice-procurador-geral nomeado Eric Holder, em 1999, escreveu um memorando intitulado Bringing Criminal Charges Against Corporations ["Entrando com ações penais contra corporações”]. Essa tornou-se a Doutrina Holder, que depois da crise financeira de 2008 seria de valor incalculável para os bancos de Wall Street. Ao deixar a Administração, Holder entrou na Covington Burling, o maior escritório de advocacia em Washington, DC. Entre seus clientes, estavam Morgan Stanley, Citigroup, JP Morgan Chase, UBS, Bank of New York Mellon, Deutsche Bank, Wells Fargo e o Bank of América.

    (...)

    A gratidão de Wall Street rapidamente encontrou sua expressão. Quando os Clinton deixaram a Casa Branca, eles compraram uma residência de 7 cômodos perto do Embassy Row em Washington, com uma hipoteca no valor de $1,995 milhões. Deve ter sido um protótipo de "subprime", porque os Clintons "(...)não apenas estavam falidos, mas tinham uma grande dívida", como o Sr.Clinton recordou mais tarde. Robert Rubin, no entanto, tinha saído do Departamento do Tesouro e entrado para o Citigroup, onde os quase $2 milhões em crédito foram rapidamente concedidos.

    Os Clintons deram conta dos pagamentos da hipoteca. Dezesseis dias depois de deixar a Casa Branca, Bill Clinton fez uma palestra para um das empresas de Wall Street, Morgan Stanley, em que recebeu $125 mil dolares. Esse foi apenas o primeiro de muitos discursos que proferiu aos bancos de Wall Street nos anos seguintes. Até maio de 2015, o Sr. Clinton tinha recebido $1,69 milhão da UBS, $1,55 milhão da Goldman Sachs,, $1,075 milhão do Bank of America, $770 mil do Deutsche Bank e $700 mil do Citigroup. No total, $5.91 milhões.

    Mas Hillary Clinton ainda embarcaria em sua própria carreira política.

    Ao deixar a Casa Branca, os Clintons não ocuparam sua casa em Washington de imediato. Ao invés disso, mudaram-se para uma casa de 5 quartos em Chappaqua, Nova York, no valor de $1,7 milhões de dólares. Por que Nova York? Os últimos seis ex-presidentes haviam retornado para seus estados de origem, tranquilamente fora do olhar público. Mas Hillary Clinton queria concorrer ao Senado, e de Nova York, não do Arkansas. Será que a simpatia de Wall Street ainda esperava mais dos Clintons?

    Certamente que sim. Os bancos de Wall Street subscreveram a ambição senatorial da Sra Clinton, contribuindo com $2,13 milhões para sua campanha. Entre os agradáveis bancos estavam Citigroup, Goldman Sachs, UBS, JP Morgan Chase, CIBC e Credit Suisse.

    Com o novo século se desenrolava o esquema das hipotecas subprime habilitado pelas leis de "modernização" do Clinton e se inflava uma bolha épica nos preços dos imóveis. Em 2008, a bolha estourou. Os valores de propriedade caíram, seguidos pela economia americana. $13 trilhões em riqueza das famílias americanas desapareceram. Nove milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Cinco milhões de famílias foram expulsas de suas casas. Isto é o que “Novo Partido Democrata” de Bill Clinton acarretou. Os trabalhadores como um todo foram prejudicados, com destaque para as comunidades negras.

    Muitos bancos de Nova York enfrentaram insolvência, com carteiras inchadas de títulos lastreados em hipotecas quase sem valor - os chamados "ativos problemáticos".

    No entanto, os bancos tinham um campeão. O presidente George Bush, seguindo a linha de Bill Clinton, também nomeou um CEO da Goldman Sachs como seu secretário do Tesouro. Henry Paulson não perdeu tempo em obrigar os contribuintes norte-americanos a cobrir as perdas dos bancos nova-iorquinos - a sua própria perda enquanto Goldman Sachs e a do restante dos vigaristas. A Lei de Estabilização Econômica Emergencial de 2008 - o "Troubled Asset Relief Program" [ou “programa de apoio aos ativos depreciados”] - foi promulgada em 01 de outubro pelo presidente Bush. A lei destinou $700 bilhões para que Paulson comprasse títulos depreciados dos bancos.

    A senadora Clinton votou a favor do projeto de lei, dizendo a uma emissora de rádio de Nova York no dia seguinte: "Eu acho que os bancos de Nova York (...)provavelmente são os maiores vencedores nesta situação(...)".

    Paulson começou a comprar ativos problemáticos imediatamente e a observação da senadora Clinton se mostrou correta. Um painel de supervisão do Congresso mais tarde descobriu que Paulson estava superfaturando o pagamento aos bancos: o Tesouro, por exemplo, comprou um pacote de "ativos problemáticos" por $254 bilhões, cujo valor de mercado era de $176 bilhões; o Tesouro pagou ao Citigroup $25 bilhões por títulos no valor de $15,5 bilhões. E assim se deram tantos outros casos. Um partidário dos democratas poderia dizer: "O que mais você esperava da administração de Bush?"

    Mas a campanha presidencial de 2008 já estava em andamento. A lista dos candidatos democratas incluíam Hillary Clinton e Barack Obama. Wall Street se impressionou com ambos os candidatos. A Goldman Sachs contribuiu com $1.035 milhão para a campanha de Obama; a JP Morgan Chase, com $847,855 mil; o Citigroup, com $755.057 mil; o UBS, com $534.166 mil; e a Morgan Stanley, com $528.182 mil. Foram $3,7 milhões de dólares no total. Mas Wall Street estava mais impressionada com a senhora Clinton: os bancos lhe ofereceram $14,6 milhões.

    Barack Obama tomou posse como outro "Novo Democrata", infundido pelo legado da presidência de Bill Clinton. Os $3,7 milhões de Wall Street não seriam esquecidos.

    Nunca foi debatida na campanha do Obama (ou na de Hillary), no entanto, a transformação do partido democrata que Bill Clinton engendrou. Os bancos de Wall Street, que despejaram cerca de $18,3 milhões nas campanhas presidenciais, seriam recompensados pela Administração Obama de uma forma verdadeiramente espetacular, e naturalmente o eleitorado histórico das famílias trabalhadoras dos EUA e as suas comunidades negras seriam largamente ignorados. E, assim, o eleitorado tradicional votou no Obama, com um entusiasmo sem precedentes no caso das comunidades negras.

    Os dois postos mais importantes do gabinete, para os interesses de Wall Street, foram o Tesouro e a Justiça. O presidente Obama indicou os ex-nomeados Clinton: Timothy Geithner para chefiar o Departamento do Tesouro e o Eric Holder para a procuradoria-geral. Assim, a continuidade do favoritismo para Wall Street estava assegurada.

    Timothy Geithner foi uma exigência de Wall Street, então presidente do Federal Reserve Bank of New York no momento da sua nomeação. Eric Holder veio direto do Covington Burling, escritório de advocacia dos gigantes de Wall Street.

    Hillary Clinton tornou-se Secretária de Estado. O investimento da Wall Street nela tampouco seria desperdiçado.

    Agora era a vez do Geithner de administrar o programa de apoio aos ativos depreciados. Ele não foi menos eficaz do que o Paulson em regar Wall Street com dinheiro dos contribuintes.

    Neil Barofsky, um promotor federal, foi nomeado Inspetor Geral Especial do programa. Seu trabalho consistia em auditar a execução da lei, a fim de inibir fraudes, e em garantir a responsabilidade dos bancos. Sendo repetidamente frustrado pelo secretário Geithner, Barofsky finalmente renunciou em desgosto e escreveu uma exposição intitulada “Bailout: An Inside Account of How Washington Abandoned Main Street While Rescuing Wall Street” [“Resgate Financeiro: um relato interno sobre como Washington privilegiou Wall Street”]. A contra-capa do livro diz o seguinte:

    “Barofsky revela como, ao servir os interesses dos bancos, o secretário Geithner(...) compactuou com executivos de Wall Street para projetar programas que canalizassem vastos recursos do contribuinte para suas empresas, permitindo que jogassem com os mercados e fizessem enormes quantidades de dinheiro, com quase nenhuma responsabilidade, (...)enquanto repetidamente burlavam os esforços de Barofsky para instituir as proteções necessárias contra fraude”.

    Enquanto Geithner distorcia o programa para beneficiar os bancos, o Departamento de Justiça protegia seus executivos de qualquer tipo de sanção, fossem multas ou encarceramento.

    Não há dúvida de que os bancos de Nova York agiram criminosamente, mas o procurador-geral apenas reafirmou a diretiva que ele havia escrito oito anos atrás, na administração Clinton. A Doutrina Holder levou o Departamento de Justiça a considerar "conseqüências colaterais" em seus processos. Se essas consequências fossem suficientemente graves, acusações criminais deveriam ser rejeitadas em favor de outras remediações.

    O departamento de Holder escolheu, portanto, negociar com cada banco uma sanção financeira, em vez de avançar com um processo penal. Os acordos não exigiam admissão de culpa ou continuidade da acusação. E a documentação da conduta ilegal foi permanentemente lacrada.

    As sanções foram pagos com fundos das empresas. (A multa da Goldman Sachs foi de $550 milhões, que poderiam ser recuperados tranquilamente em cerca de três semanas de negócios). Nenhum executivo foi preso, nenhum registro pessoal de comportamento doloso foi estabelecido, nenhuma sanção pessoal foi cobrada, nenhum salário foi reduzido, nenhum bônus foi negado. Em abril de 2015, após autorizar todas as ilegalidades de Wall Street, Holder deixou a administração de Obama e voltou para o Covington Burling.

    Hoje os bancos são maiores e mais poderosos do que nunca.

    A Administração Obama ainda concedeu mais um pequeno favor pra indústria financeira. Algumas semanas após a tomada de posse, a secretária de Estado Clinton foi chamada à Suíça pelo ministro de Relações Exteriores do país. Eles discutiram uma ação movida pela Receita Federal americana contra o UBS, o gigante internacional bancário suíço (com 761 unidades nos EUA). De volta a Washington, a secretária Hillary Clinton intercedeu. O impacto da ação foi reduzido em 90%.

    Nos anos seguintes, o UBS pagou Bill Clinton em $1,5 milhão por suas palestras. Hillary Clinton recebeu $225 mil por um discurso. Também nos anos subsequentes, o UBS contribuiu com $540 mil para a Fundação Clinton.

    A secretária Clinton renunciou no final do primeiro mandato do presidente Obama, provavelmente para preparar terreno e levantar recursos para sua campanha presidencial.

    Desde então, ela recebeu $2,9 milhões em palestras para Goldman Sachs, Bank of America/ Merrill Lynch, Morgan Stanley, Deutsche Bank, Ameriprise, Apollo Management Holdings, CIBC, Fidelity Investments, Golden Tree Asset Management e UBS.

    Hillary Clinton anunciou sua candidatura presidencial em 12 de abril de 2015. Até 30 de Setembro, os bancos de Wall Street haviam contribuído para sua campanha com um total de $6,42 milhões.

    Durante os 24 anos das últimas três administrações de Washington, Wall Street floresceu enquanto vandalizava a economia americana, os contribuintes e a justiça.

    Com um secretário do Tesouro de Wall Street, a administração Clinton aprovou leis que permitiam aos bancos que lançassem foguetes financeiros. A administração Bush, também com um secretário do Tesouro de Wall Street, cobriu as perdas com dinheiro dos contribuintes quando esses foguetes cairam por terra. A administração de Obama, novamente com um secretário do Tesouro de Wall Street (e também com um procurador-geral de Wall Street) concedeu grandes favores financeiros para os bancos e absolveu suas condutas criminosas.

    Durante todos esses anos, os Clintons se beneficiaram imensamente com as contribuições políticas de Wall Street: $11,17 milhões para a campanha de Bill de 1992; $28,37 milhões para sua reeleição em 1996; $2,13 milhões para o financiamento de Hillary (Senado, 2000); $6,02 milhões para sua reeleição em 2006; e $14,61 milhões para sua primeira campanha presidencial. Sem contar os $8,85 milhões pagos pela indústria financeira em palestras.

    A interação íntima da ambição e da cobiça entre os Clinton e Wall Street continuou por quase um quarto de século. É uma história de mau gosto, ignorada ou banalizada pelos Clintons, que anseiam por obscurecer esse debate.

    Mas agora, com uma nova infusão dos bancos de Nova York no valor de de $6,42 milhões (por enquanto), Hillary Clinton está concorrendo à presidência mais uma vez.

    Em 13 de julho de 2015, ela disse o seguinte:

    "Nosso sistema bancário ainda é demasiado complexo e arriscado. (...)Embora as instituições tenham pagado pesadas multas, (...)muitas vezes os responsáveis saíram impunes ou embolsaram os ganhos. Isso é errado e, na minha administração, isso vai mudar”.

    Aparentemente, Hillary Clinton espera que acreditemos nela.

  • Um bombom para Lobão

    "Tropeçam toda noite nas ossadas...Querem guiar, quando deviam ser guiados”(William Blake)

    É perfeitamente possível - ao mesmo tempo - fazer arte e política com qualidade.  Entretanto, não basta conhecimento, criatividade e  domínio instrumental do verbo, é  necessário cuidado  para que a obra não seja engolida pelo "discurso". O ‘Gattopardo’, de Lampedusa, “Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister”, de Goethe, ‘O meu guri’, de Chico Buarque, são caros exemplos. As estruturas da casa, neste terreno,  não aparecem. Por quê? A arte poética não foi reduzida  a prótese ou pretexto com finalidade pragmática e ideológica. 

    Pelos olhos e ouvidos chega a “nova canção” de Lobão contra Lula. Não chega a ser panfletária, porque o panfleto é uma obra do gênio; não chega a ser publicitária, porque jingles são mais honestos àquilo que vendem; e sequer a ser nova, porque se presta ao que existe de mais velho e atrasado na cultura política brasileira. Queda num limbo de decadência sem elegância que reflete aquela eterna falta do que falar contra a qual o músico, em sua juventude, cantava.

    Não é a primeira vez que ataca personalidades com obras de expressão  São alvos frequentes Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Este lhe retribuiu com a canção “Lobão tem razão”; não a razão pura, ideal e universal (embora a tome a priori);  não a razão prática dos que reconhecem copos para navegar e não trocam uma situação precária por uma inexistente; e tão pouco a daqueles personagens políticos que argumentam crimes lógicos com o uso da razão. É aquela que fecha a questão e o diálogo, a "razão'"sectária.

    (E cá perguntamos às pedras atiradas  o que move o autor de ‘Canos silenciosos’: o amor à verdade e à beleza? o ódio e o ressentimento? a exploração da polêmica para promoção pessoal? poder, obsessão por uma jocasta e a morte de um laio? Que olhos furados o arrastaram da esquerda para a direita? Como entender os ataques contra aqueles que amava? Frustração, loucura, desilusão?) 

    Seja o que for, na dificuldade  em estabelecer pontes com as diferenças, artistícas ou políticas,  o roqueiro se comporta como  aquele que fazia sombra  sobre Diógenes.  Não só  impede o sol que não dá,  como também impede, de sua caverna,   a realidade  de vir à luz.  “Ah, mas o Lula, o PT...”  Na política de que mundo vive? Onde amarrou o equivocado bode de sua pureza?

    Do Lobão dos velhos tempos divisamos um espectro, e não nos cabe dizer o que deve fazer com a página em branco, esse  espaço de  liberdade, aventura e delírio. Se ama verdadeiramente a arte,  deve dedicar-se seriamente a ela, porque a arte é uma amante exigente. Mas caso queira só fazer política, faça como a Joan Baez,  abandone a música, candidate-se e mostre as obras.  Quem sabe, assim,  o Brasil e o tempo lhe prestem o merecido  e perdido reconhecimento. O que não dá é ficar nesse azedume de não fazer uma coisa, nem outra. Daí, o bombom. A vida é doce...

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