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Redação

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  • A DECLARAÇÃO HIPÓCRITA DO SORRISO METÁLICO

    A declaração mais hipócrita da crise: ‘Há mais de um mês eu me recolhi…’

    22

    Mário Magalhães

     

    16/04/2016 16:32

    http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2016/04/16/a-declaracao-mais-hipocrita-da-crise-ha-mais-de-um-mes-eu-me-recolhi/
     

    Michel Temer, 2% de intenção de voto para presidente (Datafolha) – Foto Kleyton Amorim/UOL

     

    É uma competição dura, sobretudo concorrendo com ladrões de todos os tons que juram honestidade.

    Mas parece difícil, em toda a crise, encontrar uma declaração tão hipócrita quanto a de Michel Temer em seu ensaio de discurso para a eventual iminência de se tornar presidente da República.

    O aspirante a ocupar o Planalto driblando as urnas disse: “[…] Sabem todos que há mais de um mês eu me recolhi exata e precisamente para não aparentar que eu estaria cometendo algum ato, praticando algum gesto com vistas a ocupar o lugar da senhora presidente da República'' (leia a íntegra clicando aqui).

    Não é somente que tenha “praticado algum gesto'': o vice-presidente tramou, atiçou, conspirou, sabotou, intrigou, fez o diabo para depor Dilma Rousseff.

    Pode-se gostar ou não de Dilma e ser contra ou a favor do impeachment.

    É inegável, porém, a desfaçatez de Temer.

    O farisaísmo se escancarou hoje. O vice viajou ontem para São Paulo, onde aguardaria “de longe'', com afetação de magistrado, a votação de amanhã na Câmara sobre o impeachment.

    Caiu, se é que ainda restavam retalhos dela, a máscara de estadista: o noticiário informou que Michel Temer regressou a Brasília, onde cabala sofregamente adesões para golpear a governante constitucional.

    Ao lado do seu parceiro Eduardo Cunha, o que dispensa comentários.

     

  • A DECLARAÇÃO HIPÓCRITA DO SORRISO METÁLICO

    A declaração mais hipócrita da crise: ‘Há mais de um mês eu me recolhi…’

    22

    Mário Magalhães

     

    16/04/2016 16:32

    http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2016/04/16/a-declaracao-mais-hipocrita-da-crise-ha-mais-de-um-mes-eu-me-recolhi/
     

    Michel Temer, 2% de intenção de voto para presidente (Datafolha) – Foto Kleyton Amorim/UOL

     

    É uma competição dura, sobretudo concorrendo com ladrões de todos os tons que juram honestidade.

    Mas parece difícil, em toda a crise, encontrar uma declaração tão hipócrita quanto a de Michel Temer em seu ensaio de discurso para a eventual iminência de se tornar presidente da República.

    O aspirante a ocupar o Planalto driblando as urnas disse: “[…] Sabem todos que há mais de um mês eu me recolhi exata e precisamente para não aparentar que eu estaria cometendo algum ato, praticando algum gesto com vistas a ocupar o lugar da senhora presidente da República'' (leia a íntegra clicando aqui).

    Não é somente que tenha “praticado algum gesto'': o vice-presidente tramou, atiçou, conspirou, sabotou, intrigou, fez o diabo para depor Dilma Rousseff.

    Pode-se gostar ou não de Dilma e ser contra ou a favor do impeachment.

    É inegável, porém, a desfaçatez de Temer.

    O farisaísmo se escancarou hoje. O vice viajou ontem para São Paulo, onde aguardaria “de longe'', com afetação de magistrado, a votação de amanhã na Câmara sobre o impeachment.

    Caiu, se é que ainda restavam retalhos dela, a máscara de estadista: o noticiário informou que Michel Temer regressou a Brasília, onde cabala sofregamente adesões para golpear a governante constitucional.

    Ao lado do seu parceiro Eduardo Cunha, o que dispensa comentários.

     

  • Gente, que vergonha, o MPF-GO

    Gente, que vergonha, o MPF-GO não pára de pagar mico, de novo aquele procurador, parace que a Veja passa essas bolas enviadas para eles e os figuras topam...é que viralizou na rede e no zapzap esse factóide dos ônibus cheio de bolivianos que teriam vindo se juntar aos protestos anti-golpe...e nao é que o MPF acreditou... se não, agiu de má fé...

    http://www.revistaforum.com.br/2016/04/16/invasao-boliviana-atos-pro-dilma/

  • Em defesa da Presidenta Dilma :

    Por Paulo Nogueira (DCM)

    Como governar com boicote incessante?

    Há um clichê sobre Dilma que deve ser rebatido.

    Muita gente diz ser contra o impeachment, embora Dilma seja ruim, péssima, incompetente etc.

    Falta reflexão a este tipo de consideração.

    Dilma sequer teve a chance de ser uma má governanta. Nem saíra o resultado da eleição e ela começou a ser sabotada brutalmente.

    Uma aliança imediata entre Aécio e Cunha no Congresso inviabilizou qualquer iniciativa de Dilma.

    A mídia se dedicou a desestabilizá-la desde antes da vitória nas urnas. Na véspera da eleição, a Veja deu uma capa que afirmava que um delator dissera Dilma e Lula sabiam de tudo no escândalo da Petrobras.

    Era mentira, era crime jornalístico, ficaria demonstrado quando se soube do teor da delação invocada pela Veja.

    Mas a revista saiu impune deste que pode ser classificado como o marco zero no processo de desestabilização do governo pela imprensa.

    A Globo com suas múltiplas mídias logo passou também a fazer uma guerra aberta contra Dilma.

    O Jornal Nacional se transformou numa Veja eletrônica. Protestos contra o governo e pelo impeachment começaram a ser promovidos descaradamente pela Globo. O objetivo era dar a impressão – falsa, como se vê hoje – de que o país estava unido contra o governo.

    A cobertura das operações da Lava Jato foi um capítulo à parte na tentativa da Globo e o restante da mídia em derrubar Dilma.

    A crise econômica mundial foi ignorada. Os problemas nacionais foram tratados como se fossem uma coisa apenas do Brasil. Éramos, segundo a imprensa, patinhos feios em meio a cisnes maravilhosos em todo o mundo.

    A pergunta que faço, diante de tudo isso, é: como governar?

    Não dá. Simplesmente não dá. Já é difícil administrar um país quando você não é boicotado todos os dias e todas as horas. Quando é, fica impossível.

    Qualquer pessoa que tenha ocupado uma posição executiva numa empresa sabe do que estou falando. Você não consegue fazer nada, numa companhia, se a seu redor conspiram incessantemente contra você.

    Acabou acontecendo uma coisa patética. Os golpistas paralisaram o país, e não se pejaram em colocar a culpa da paralisação em Dilma. Foi o triunfo do cinismo. Eu imobilizo você. E depois o acuso de não se mexer.

    Steve Jobs não conseguiria administrar o Brasil nas circunstâncias enfrentadas por Dilma no segundo mandato.

    Se fôssemos um time de futebol, Guardiola fracassaria se submetido a uma situação como a de Dilma.

    Repito: ela sequer teve a chance de ser ruim no segundo mandato.

    Isso tudo quer dizer o seguinte.

    Não é apenas injustiça acusar Dilma de inépcia. É ignorância.

  • JOSÉ MURILO DE CARVALHO |
    JOSÉ MURILO DE CARVALHO | HISTORIADOR E CIENTISTA POLÍTICO

    Murilo de Carvalho: “A ‘política do ódio’ se generalizou. Não há inocentes”

    José Murilo de Carvalho avalia que a democracia do país está fragilizada, mas não ameaçada

    Um dos principais historiadores do Brasil, o também cientista político José Murilo de Carvalho, 77 anos, vê com preocupação o futuro próximo do país, independentemente do desfecho do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Membro da Academia Brasileira de Letras e autor de livros como 'Os Bestializados. O Rio de Janeiro e a República que Não Foi' (Companhia das Letras, 1987) e 'Cidadania no Brasil: o Longo Caminho' (Civilização Brasileira, 2001), Carvalho responsabiliza o PT pela "desmoralização da esquerda", mas minimiza a radicalização à direita de setores da sociedade. Para ele, a democracia não está ameaçada, mas é evidente a urgência por profundas reformas na política.
    Pergunta. Como avalia o atual estado da democracia brasileira, tendo em vista o contexto histórico e os últimos acontecimentos?

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    Resposta. Aprendi a nunca subestimar a capacidade do Brasil de se sabotar. Tudo indicava que caminhávamos para uma consolidação democrática até que sobreveio a crise atual. Não creio que haverá ruptura institucional, mas seguramente há problemas no funcionamento das instituições. Está claro, por exemplo, que a lei do impeachment, que é de 1950, dá margem a interpretações divergentes. Igualmente, o sistema representativo não e está funcionando satisfatoriamente como o indica a descrença generalizada nos políticos e na própria política.

    P. A democracia está ameaçada?

    R. Se entendermos por democracia a manutenção das instituições, não creio que ela esteja ameaçada. Falar em ameaça, sem que haja pressão externa ao sistema, como a dos militares, ou externa ao país, faz parte do jogo político, é pura retórica. E o Judiciário sem dúvida sairá fortalecido. Isto não quer dizer que tenhamos uma democracia sólida. Mas a desmoralização dos partidos e da política em geral, problema não exclusivo do Brasil, está a exigir reformas difíceis de conceber e de aplicar.

    P. Há precedentes na história atual para o clima de tensão vivido hoje no Brasil?

    R. Comparo a situação atual com a de 1964, quando minorias radicais provocaram uma quebra institucional, apesar de a maioria do país ser centrista. Hoje, graças, sobretudo, às redes sociais, a polarização está mais nacionalizada e exibe com mais evidência seu lado patológico. Já afetou até os Brazilianists. A última reunião da Brazilian Studies Association (BRASA), realizada na Universidade de Brown, rachou por causa da aprovação de um abaixo assinado tendencioso denunciando o perigo de golpe...

    "Falar em ameaça à democracia, sem que haja pressão externa ao sistema, como a dos militares, ou externa ao país, é pura retórica"

    P. Oposicionistas e governistas acusam uns aos outros de incitar a violência nas ruas. É possível apontar responsáveis?

    R. Pode-se dizer que o que poderíamos chamar de política do ódio teve início no Brasil na década de 1950 executada pela União Democrática Nacional (UDN) contra Getúlio e seus aliados e que culminou em 1964. Na década de 1980, morta há muito tempo a UDN, o PT levou para a esquerda este estilo enragé de fazer política. Hoje o estilo generalizou-se e, nesse sentido, não há inocentes. Na elite política, boa parte dela formada durante a ditadura, há também ausência de lideranças capazes praticar a arte da negociação, essencial a qualquer sistema democrático consolidado.

    P. Quais seriam as consequências do impeachment de Dilma para o Brasil?

    R. Se houver impeachment, na ausência de claras indicações de crime de responsabilidade, o Governo que assumir será acusado de golpista, enfrentará oposição raivosa e terá, ao mesmo tempo, que tentar resolver com medidas impopulares a difícil situação econômica a que a presidente atual levou o país.

    P. Neste cenário, um eventual Governo do Michel Temer tem chances de sobreviver?

    "A nova politização não passa por partidos. É sua força e sua fraqueza"

    R. Precariamente. Do lado favorável, terá melhores condições do que Dilma de criar uma base parlamentar mais sólida e contará com maior confiança do mercado. Do lado negativo, enfrentará oposição ferrenha do PT e das ruas, que poderá resultar em pedidos de impeachment, uma vez que já é investigado.

    P. Se a Dilma conseguir escapar do processo de destituição, o que o Governo petista precisaria fazer para manter a governabilidade até 2018?

    R. Podemos esperar dificuldades intermináveis. A presidente teria que construir nova base parlamentar usando pequenos partidos e continuaria sob pressão do PT para não adotar medidas de equilíbrio fiscal. Seria um arranjo muito instável. Talvez a única alternativa com alguma probabilidade de êxito seria o que poderíamos chamar de renúncia branca: chamar Lula para o Governo e dar-lhe carta branca como chefe do Governo. Mas seria humilhante para ela.

    P. E qual postura esperar do PT caso o impeachment aconteça?

    R. Já expus a ideia de que o PT pode ser beneficiário de um eventual impeachment. O partido alegará, como já faz, ter sido vítima de um golpe, atacará virulentamente, como sabe fazer, o novo Governo, livrar-se-á de Dilma e dos estragos que ela fez na economia e se dedicará a recuperar a credibilidade do partido.

    "Se houver impeachment, na ausência de claras indicações de crime de responsabilidade, o Governo que assumir será acusado de golpista"

    P. Hoje, a única aposta do PT para 2018 é o ex-presidente Lula. O que o senhor acha disso?

    R. O PT não conseguiu criar lideranças que pudessem substituir Lula. Alguns petistas que despontavam com possíveis substitutos estão presos. Em 2018, Lula será o único candidato do partido capaz de recuperar o poder e isto graças em boa parte ao enfraquecimento geral dos partidos.

    P. Qual a avaliação que o senhor faz dos brasileiros chamados por alguns de neopolitizados, que aderiram aos protestos após 2013 e vem pressionando pela saída de Dilma? O que esperar desses movimentos?

    R. As demonstrações de 2013 foram contra os políticos e contra a política. As de 2015 e 2016 (as de oposição) eram focadas na oposição à presidente, mas continuavam a ser antipartidárias. Nenhum político de oposição conseguiu cooptá-las. A nova politização não passa por partidos, não buscou construir um Podemos, como na Espanha. É sua força e sua fraqueza. No momento, não há um partido que seja capaz de organizá-la, nem mesmo a Rede de Marina Silva. E se continuar assim, não terá futuro.

    P. Como vê a cobertura da mídia brasileira sobre a crise atual?

    "Em 2018, Lula será o único candidato do partido capaz de recuperar o poder"

    R. A grande imprensa brasileira formada por alguns grandes jornais nacionais e algumas revistas é pouco diversificada, o mesmo se podendo dizer dos canais televisivos. Há nessa imprensa uma grande força investigativa, embora com certo viés oposicionista. A esquerda não foi capaz de criar uma mídia própria influente (à exceção de algumas revistas), o que gerou nos Governos do PT tentativas de introduzir controles sobre a imprensa. Um elemento de equilíbrio poderia ser uma televisão pública ao estilo da BBC. Mas o que se chama no Brasil de TV pública é uma TV governamental.

    P. O que explica o crescimento da popularidade de políticos ultraconservadores como Jair Bolsonaro, no Brasil, e, nos EUA, Donald Trump? O que isso diz do momento que estamos vivendo?

    R. Não creio que esse fortalecimento exista no Brasil. Os pedidos de volta dos militares vieram de grupos muito minoritários. O que se deu foi uma grande desmoralização da esquerda, na medida em que se possa considerar o PT de esquerda, pela contaminação da corrupção. Está aí o maior dano causado à cultura política que se formava no sentido de combinar inclusão (democracia) com bom governo (república). Um conhecido político populista brasileiro das décadas de 40-60 costumava dizer “roubo, mas faço”. Há certas tendências de esquerda hoje que aceitariam a corrupção desde que ele estivesse vinculada a uma política de inclusão social. Daí a tentativa de desclassificar os que pedem o fim da corrupção como coxinhas, isto é, membros de uma classe média moralista. A classe média, de fato, preocupa-se mais com a moralidade dos governantes porque ela paga a maior parte dos impostos e não é beneficiada por políticas sociais. Ela está em crescimento e influencia cada vez mais o que se pode chamar de opinião pública e não irá tolerar a corrupção, mesmo em nome da inclusão social.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/12/politica/1460488600_379940.html

  • Johnson em 1868 e Clinton em
    Johnson em 1868 e Clinton em 1998: os processos de impeachment nos EUA

    Brasil copiou da legislação americana parte das normas para destituir um mandatário

    A possibilidade de impeachment de um presidente, vice-presidente ou qualquer ocupante de cargo público civil está consagrada na Constituição dos Estados Unidos desde sua adoção, em 1789. O processo, originado das leis coloniais inglesas, pode ser iniciado nos casos considerados de “traição, suborno, altos delitos ou faltas”. A amplitude desse conceito propicia desde então um intenso debate interpretativo entre políticos e juristas. A punição de um impeachment é a destituição do cargo sem possibilidade de apelação.

    Johnson em 1868 e Clinton em 1998: os processos de impeachment nos EUA
    A Constituição concede à Câmara dos Representantes a votação inicial de qualquer processo de destituição. Se for aprovado pela maioria, o processo segue para o Senado. Para aprovar a destituição é necessário o voto favorável de dois terços do Senado.

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    Houve apenas dois impeachments de presidentes na história dos Estados Unidos, ambos do Partido Democrata: Andrew Johnson em 1868 e Bill Clinton em 1998. Ambos os processos foram aprovados pela Câmara dos Representantes, mas rejeitados pelo Senado. Em 1974, o Congresso iniciava os preparativos para um impeachment do presidente Richard Nixon quando o republicano renunciou por causa do escândalo de Watergate.

    O processo de Johnson teve origem num combate entre democratas e republicanos num momento de crescente tensão depois do fim da Guerra Civil. O Congresso, controlado por uma ala radical do Partido Republicano, aprovou –e conseguiu derrubar o veto posterior de Johnson– uma lei que impedia o presidente democrata de destituir, sem o apoio do Senado, ocupantes de cargos públicos nomeados pela Câmara Alta. Ignorando essa lei, Johnson destituiu seu secretário de Guerra, um aliado dos republicanos, o que levou ao processo de impeachment. Em duas votações em maio de 1868, o Senado ficou a apenas um voto dos necessários para destituir o presidente.

    O impeachment de Clinton começou a partir da investigação de um promotor sobre uma operação imobiliária do casal Clinton e derivou para uma análise do comportamento sexual do presidente em meio a uma novela de revelações. Por causa de uma acusação de agressão sexual antes de entrar na Casa Branca, Clinton se tornou o primeiro presidente a testemunhar em sua própria defesa perante um júri.

    O processo de impeachment acusou Clinton de perjúrio e obstrução da Justiça para esconder sua aventura sexual com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, em 1997. O elemento fundamental foi esclarecer se Clinton mentiu sob juramento quando negou ter mantido uma relação sexual com Lewinsky –com a qual praticou sexo oral–e se dificultou as investigações ao incentivá-la a negar o affaire. Em dezembro de 1998, a Câmara dos Representantes aprovou a destituição do presidente, mas esta foi rejeitada em fevereiro de 1999 pelo Senado.

    A aventura entre Monica Lewinsky e Bill Clinton saiu a público em janeiro de 1998. Na fotografia acima, uma das demonstrações de afeto em público entre Clinton e Lewinsky, ante o olhar dos assessores em um evento democrata em outubro de 1996.
    A aventura entre Monica Lewinsky e Bill Clinton saiu a público em janeiro de 1998. Na fotografia acima, uma das demonstrações de afeto em público entre Clinton e Lewinsky, ante o olhar dos assessores em um evento democrata em outubro de 1996. Dirck Halstead (Getty)
    O impeachment como arma política reaparece de vez em quando nos EUA. Em 2013 e 2014, alguns políticos republicanos falaram –sem nunca ter se concretizado– da possibilidade de tentar destituir Barack Obama por causa da gestão do atentado ao consulado da cidade líbia de Benghazi ou da política de imigração do presidente.

    A imprecisão da lei propicia seu abuso. Em 1970, em uma tentativa fracassada de destituir um juiz do Tribunal Supremo, o congressista Gerald Ford, que mais tarde sucedeu Nixon como presidente, disse: “Um crime de impeachment é algo que a maioria da Câmara dos Representantes deve considerar em um momento da história”.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/15/politica/1460671205_548022.html

    • Nosso pais importou dos EUA a

      Nosso pais importou dos EUA a legislação do impiximam e, como sempre ocorre quando importamos esse tipo de ideia, assim como estragaram a lei da delação[que aqui virou arma de perseguição política], deram um jeito de piorar isso[o impixam] também: para destituir a presidente basta maioria simples no Senado, mesmo se sabendo que se trata de casa revisora e, portanto, a destituição não poderia ser a toque de caixa.
      A este respeito, segue artigo do conservador El Pais:

      Johnson em 1868 e Clinton em 1998: os processos de impeachment nos EUA

      Brasil copiou da legislação americana parte das normas para destituir um mandatário

      A Constituição concede à Câmara dos Representantes a votação inicial de qualquer processo de destituição. Se for aprovado pela maioria, o processo segue para o Senado. Para aprovar a destituição é necessário o voto favorável de dois terços do Senado.

      (...) O impeachment como arma política reaparece de vez em quando nos EUA. Em 2013 e 2014, alguns políticos republicanos falaram –sem nunca ter se concretizado– da possibilidade de tentar destituir Barack Obama por causa da gestão do atentado ao consulado da cidade líbia de Benghazi ou da política de imigração do presidente.

       

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