Jornal GGN – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou ontem, 19, ao governo do Amazonas, as possibilidades de uso de concentradores de oxigênio para tratamento de pacientes infectado pela Covid-19. A estratégia custo-efetiva pode ser aplicada quando cilindros de oxigênio e sistemas de oxigênio encanado estejam indisponíveis, como aconteceu nos hospitais da capital do estado, Manaus, na semana passada.
Segundo nota da entidade, esses equipamentos “operam extraindo ar do ambiente para fornecer oxigênio contínuo, limpo e concentrado para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e, em concentrações mais elevadas, para hipoxemia crônica grave e edema pulmonar”.
“Conhecendo a situação logística do estado do Amazonas, em que, dependendo da época sazonal, há dificuldade de transporte fluvial ou transporte aéreo, é um equipamento que com certeza será de grande utilidade. E o melhor de tudo, [será possível] transportar só uma vez, não precisa transportar de novo. Esse equipamento, na situação em que o Amazonas está, poderá salvar muitas vidas”, disse a representante da OPAS, Ho Yeh Li, durante reunião do Comitê de Resposta Rápida do Amazonas para enfrentamento da doença.
O equipamento também é recomendado para assistência domiciliar, após a desospitalização de pessoas vítima do vírus, que ainda precisam de suporte de oxigênio.
A utilização de concentradores de oxigênio, no entanto, é indicada apenas para casos de internação leve a moderado da doença, já que casos graves necessitam de maior fluxo de oxigênio com respiradores pulmonares.
“Estamos trabalhando para salvar vidas, com o apoio a ações de prevenção e controle de infecções hospitalares, tentando descomprimir o fluxo de pacientes e otimizar o uso de insumos, incluindo o oxigênio hospitalar. Estamos também trabalhando paralelamente para facilitar a compra de medicamentos e a logística de distribuição da vacina contra COVID-19”, afirmou a coordenadora de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Maria Almiron, na ocasião.
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