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Ontem à noite, à revelia da minha Companheira, eu assisti a um concerto dos Rolling Stones. Entretanto, os Stones não tocaram nenhuma das clássicas: Jiving Sister Fanny, Midnight Rambler, Simpathy for the Devil, Gimme Shelter, Paint it Black, It's only Rock'n'Roll but I like it, You got me Rocking, I'm yours, She is mine, You gotta move, I can get no satisfaction, entre outras, pelo menos até a hora em que tive que voltar, antes que minha Companheira acordasse. Pior: o show aconteceu apenas nos meus sonhos. Mas quem não tem cão, caça com sonhos.
Ontem o Maia Nhonho chorou, agora quem chorará é a população frango da sadia, principalmente depois que o Maia acabar com tudo.
"(...)
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
(...)
Último Discurso, Chaplin
Tá profundo, hein, Rui?!!