Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Redação

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  • Realismo?

    Moro não se alimenta,

    Moro não sorri,

    Moro não dorme,

    Moro não brinca carnaval,

    Moro não vê o sol e nem a lua,

    Moro não curte a família,

    Moro corre contra o tempo.

    Tá com "cara de abatido".

    Todo o seu tempo, o dia todo é: Lula, Lula, Lula!

     

    • Paranóia...

      Não resta dúvida que já tornou-se uma paranóia. Psiquiatra urgente, ao rapazinho!  Ainda poderá curar-se com auxílio de terapia aliada ao tratamento psiquiátrico. Caso contrário, é perseguição muito bem planejada por mentes ardilosas que querem o poder a qualquer preço e que, obedientemente, o rapazinho segue.  

  • O virtuoso século XX no Brasil

                    A história do Brasil no século XX é uma história de sucesso. Pode nos parecer estranho, afinal nós, brasileiros, temos a mania de ver problema em tudo, em nos autodesprestigiar.

                    Contudo, os dados internacionais são um verdadeiro tapa na cara do senso comum. É verdade que ainda é preciso avançar muito, mas é impossível não constatar os enormes avanços do Brasil no século passado e nas primeiras décadas do século XXI.

                    Foi uma época que deixamos de ser um imenso fazendão atrasado e nos tornamos uma nação industrial, com muitas instituições típicas de países desenvolvidos.

                    A evolução do Brasil ganha ainda mais destaque quando levamos em conta que o historiador Eric Hobsbawm considerava que para 80% da humanidade a Idade Média acabou apenas em 1950. E nada mais exemplar que a história brasileira no século XX, quando logramos uma das maiores evoluções da humanidade.

                    Se levarmos em conta os padrões de vida atuais dos países, é como se meu pai em 1959 tivesse nascido na África subsaariana, eu em 1982 tivesse nascido na Bolívia e minha filha em 2012 tivesse nascido nesse Brasil que conhecemos. É um enorme salto para tão poucas gerações.

                    O economista britânico Angus Maddison fez uma das mais longas estimativas de PIB per capita já feitas. Nestes dados, o PIB per capita do Brasil era inferior ao da Bolívia em 1945, ao final da 2ª Guerra Mundial. A renda dos brasileiros só passaria a dos bolivianos em 1956, no início do governo JK.

                    A comparação com a Argentina é ainda mais chocante. Em 1900, a renda média de cada argentino era mais de 4 vezes superior à média dos brasileiros. Talvez a imagem de empáfia que temos dos argentinos seja apenas pelo fato deles terem sido muito mais ricos do que nós por quase um século!

                                    Poucos sabem, mas há pouco tempo atrás a grande maioria dos brasileiros não sabia ler nem escrever. Na virada do século XX, nada menos do que 65,2% dos brasileiros adultos eram analfabetos, índice que permaneceu inalterado até a fundação do Ministério da Educação por Getúlio Vargas. Apenas no censo de 1960 conseguimos que a maioria dos brasileiros soubesse ler e escrever. Em 2013, apenas 8,5% das pessoas adultas não eram alfabetizadas, a maioria delas eram idosas.

                    O Governo Federal em janeiro deste ano disponibilizou 682 mil vagas no SISU, PROUNI e FIES. Antes da 2ª Guerra Mundial Eric Hobsbawm apontava que Alemanha, Grã-Bretanha e França tinham somados menos de 150 mil estudantes universitários, a despeito dos mais de 150 milhões de habitantes na época. Assim, temos ideia da imensa expansão do sistema universitário não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

                    Nem mesmo as mudanças no sistema universitário dos últimos anos foram captadas pelos brasileiros. Em 2002, 1,2 milhão de brasileiros entraram numa universidade, número que chegou a 2,1 milhões 2014. Neste período, o número de calouro de medicina subiu de 10,8 mil para 23,2 mil, enquanto nas engenharias passou de 84,7 mil para 390,6 mil.

                    Não é por acaso que as reportagens sobre a falta de engenheiros sumiram antes mesmo da recessão. O número de formados em engenharia cresceu de 28,0 mil em 2002 para 86,4 mil no ano passado, segundo o Censo da Educação Superior do MEC.

                    De grande importância é o fato da expansão do ensino superior ter vindo acompanhada da maior inserção científica brasileira. Dados da Scopus mostram que a publicação de artigos brasileiros indexados aumentou de 8,6 mil em 1996 para 53,0 mil em 2012, o que permitiu que nossa participação nos artigos científicos indexados do mundo crescesse de 0,79% para 2,45%.

                    As condições sanitárias do país também eram péssimas. As taxas de mortalidade infantil que são os melhores indicadores sobre o acesso à saúde e saneamento eram estarrecedoras. Em 1970, no auge da ditadura militar, nossa mortalidade infantil era 133 por mil, índice típico de países da África subsaariana como Chade (139 por mil), Benin (100 por mil) ou República Democrática do Congo (98 por mil). Hoje, o Banco Mundial estima uma mortalidade infantil de 16 por mil para o Brasil.

                    A expectativa de vida era de apenas 54 anos em 1960, algo parecido com o Chade (51 anos) e Angola (52 anos). Assim, a expectativa de vida do brasileiro aumentou mais de 20 anos até 2014 quando chegou a 75,2 anos.

                    A partir de 1988 o Brasil teve a ousadia de implantar o primeiro sistema universal de saúde num país com mais de 100 milhões de habitantes, o SUS. A despeito dos problemas que ninguém nega, temos o maior programa de transplantes públicos do mundo e a realização de procedimentos complexos como quimioterapia, no qual a participação do SUS chega a 95%.

                    Assim como a maioria dos povos, vemos com maus olhos a política.  Afinal, se não fosse assim, a obra de Nicolau Maquiavel, ao desnudar a política segundo sua própria lógica, não seria até universal e relevante quase 500 anos após sua publicação. Mas quantos países do mundo tiveram num espaço curto de tempo, políticos com a envergadura de Getúlio Vargas, Juscelino Kubstischek, Leonel Brizola e Lula?

                    Podemos deixar o complexo de vira-lata de lado e comemorarmos o virtuoso século XX brasileiro. 

  • Se Lula é proprietário ou não, isso não vem ao caso

    Ou morre o Lula ou morre o perseguidor Moro. Não existe lugar no país para os dois.

    Moro desfecha o golpe do Carnaval: Lula vai ser sitiado pela PF e pelo MP em Atibaia

    O juiz Sérgio Moro, diga-se o que se disser dele, é um obcecado por seus próprios planos.

    Chegou onde queria e ardentemente trabalha, há dois anos, por chegar.

    Usando, como há anos já enunciava, em seus artigos sobre a operação “Mãos Limpas”, “jornais e revistas simpatizantes”.

    Autorizou em plena terça-feira de carnaval a abertura de um inquérito, na Lava Jato, sobre o sítio frequentado por Lula em Atibaia.

    Já não precisa da afirmação hipócrita de que “Lula não é investigado”.

    É e sempre foi.

    Aliás, é seguido, monitorado e bisbilhotado desde sempre e muito  mais depois que deixou o Governo.

    Seus passos são controlados ao ponto de saberem que foi, nestes quatro-cinco anos, 111 vezes ao sítio, não 110 ou 112.

    Os despacho de Moro, em pleno Carnaval, mandando investigar crime de peculato em relação ao sítio de Atibaia, propriedade de particulares não exercentes de cargos públicos,  tem endereço certo:

    Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.§ 1º – Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Está na cara, não?

    Lula, presidente, não usava o sítio, mas “concorreu para” que nele se fizessem reparos e ampliação, “em proveito próprio ou alheio”,  “valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário”.

    Concorreu como? Não vem ao caso.

    Serve qualquer coisa.

    Porque qualquer coisa no Brasil está sob a jurisdição de Sérgio Moro, da Polícia Federal do Paraná e dos rapazes furiosos do MP.

    Lula está pronto para ser levado ao Galeão, digo, a Curitiba.

    Onde não vai poder responder aos canalhas sem um “data vênia”

    A única esperança da democracia no Brasil é que se assustem com o poder monárquico de Sérgio Moro, o Collor togado.

    Triste sina a de um país que, depois de um golpe a primeiro de abril, vê outro se desfechar na terça de Carnaval.

     

  • Finalmente, uma notícia boa. Vamos comemorá-la

    Em quatro anos, "Jornal Nacional" perde 28% de seu público

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

     

    Apenas entre 2012 e 2015, o "Jornal Nacional", perdeu 28 em cada 100 telespectadores que antes acompanhavam ao telejornal da Globo todas as noites em todo o Brasil.

    A queda de audiência, apontada por dados consolidados obtidos por esta coluna, mostram que a participação do "JN" no universo de TVs ligadas, nas 15 principais regiões metropolitanas do país, caiu de 53,7% em 2012 para 38,9% no ano passado.

    Em pontos, no Painel Nacional de Televisão, o "JN" caiu de uma média de 31,8 pontos em 2012 para 24,8 pontos no ano passado. Cada ponto no PNT equivale a cerca de 240 mil domicílios.

    O telejornal da Globo ainda é líder inconteste de audiência no país, mas, ano após ano, vem perdendo público e importância.

    Dez ou 15 anos atrás era impensável a qualquer pessoa que quisesse ser bem informada deixar de assistir ao "JN". O resultado atual mostra mudança clara nesse quadro.

    Vale dizer também que o "JN" está perdendo público para seus concorrentes diretos: por exemplo, desde 2012, o share do "Jornal da Record" cresceu 91% (de 10,4% para 19,8%). O telejornal do SBT  também cresceu 3%; já o "Jornal da Band" percentualmente cresceu 49% em seu share desde 2012: de 2,3% para 3,5%.

    No horário do "JN" também a participação da TV paga disparou nos últimos quatro anos: passou de 13,3% para 20,5% em 2015. Da Coluna de Ricardo Feltrin

  • Auxílio-moradia retroativo e imprescritível ???

     

    Se não há alimentos retroativos para os bebezinhos, por que haveria de haver auxílio-moradia retroativo para juízes e promotores ???
    E por que a prescrição quinquenal não atinge esse auxílio-moradia ???

    Para os bebezinhos a lei e os juízes funcionam assim :
     

    "Tenho uma filha de 2 anos e entrei com pedido de pensao alimenticia, mas no meio da audiencia o pai da criança pediu exame de DNA, entao solicitei que o pedido de pensao fosse revisto e fosse retroativo, a juizo negou, disse que nao era possivel, alias, a juiza so faltou oferecer cafezinho para ele e nem olhou na minha cara, nao perguntou em nenhum momento como viviamos eu e minha filha, apenas informou que ele tinha o direito de pedir o DNA e que eu nao podia pedir o retroativo desses dois anos que ele nunca me ajudou em nada..Senhores, me ajudem..e verdade..eu nao posso solicitar o retroativo desse periodo, nem se entrar com processo particular..pois este que solicitei foi pela defensoria publica.. Aguardo o auxilio..."

    Conclusão : juízes e promotores estão em melhores condições que os bebezinhos .... 
    ​privilégios revoltantes !!!!!!

     

  • Paulo Nogueira: Bernie Sanders e os políticos brasileiros

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/os-politicos-brasileiros-deviam-prestar-muita-atencao-em-bernie-sanders-por-paulo-nogueira/

    Paulo Nogueira: Os políticos brasileiros deviam prestar muita atenção em Bernie Sanders

    Bernie Sanders não está prestando um grande serviço apenas para os Estados Unidos.

    Também para o Brasil sua influência há de ser poderosa nos debates políticos daqui por diante.

    Tudo que Sanders defende em sua batalha pelo posto de candidato democrata para as eleições de 2016 vale para o Brasil.

    Aos 74 anos, cara de avô mas retórica pujante de adolescente idealista, Sanders está promovendo uma revolução na política americana.

    Ele captou o Zeitgeist, o Espírito do Tempo, a exemplo do Papa Francisco. O coração da campanha de Sanders é o combate à desigualdade.

    Com isso, ele captou o apoio entusiasmado dos jovens universitários progressistas americanos, que viram no senador de cabelos brancos uma possibilidade de colocar fim ao império de Wall Street na política dos Estados Unidos.

    Lá, como no Brasil ou ainda mais, a plutocracia tomou de assalto a democracia. Da presidência ao Congresso, o big business é quem efetivamente manda.

    Sanders já conseguiu um feito. Até há pouco tempo, estava a quilômetros, nas pesquisas, de sua rival Hillary Clinton. Agora, estão virtualmente empatados.

    Os Estados Unidos vivem uma Berniemania, e já não é despropositado dizer que tudo isso pode dar na Casa Branca.
    Para devolver ao povo a democracia surrupiada pelos bilionários, Sanders quer o fim do patrocínio das candidaturas por empresas.

    (Eis um câncer também na política nacional, bravamente defendido por Aécio, Eduardo Cunha e caterva.)
    Nenhum país é bom se só é bom para um punhado de privilegiados, diz Sanders. (Quando você ouviu FHC falar coisa parecida?)

    Ele quer saúde e educação gratuitas para os americanos, como no sistema escandinavo.

    Numa recente palestra de Sanders, uma jovem se levantou e disse que, para se formar, teve que acumular uma dívida de 300 mil dólares com sua faculdade, mais de 1 milhão de reais.

    Quem pode arcar com tais despesas senão os filhos dos ricos?

    Ele tem batido em Hillary colando nela o rótulo de representante do sistema, o establishment. Agora mesmo, ele revelou que ganhou com palestras, nos últimos tempos, pouco mais de 1 800 dólares, cerca de 7 000 reais. O casal Clinton, desde a saída de Bill da Casa Branca, faturou 150 milhões de dólares em conferências, mais de meio bilhão de reais.
    Quem pagou? Exatamente o big business.

    Eis outro ponto que se aplica ao Brasil. Tanto FHC como Lula, pós-presidência, se lançaram ao universo das palestras milionárias. Tais conferências – um fenômeno mundial – estreitam os laços entre a política e o big business e acabam minando a democracia em favor da plutocracia.

    Sanders é fruto destes tempos. Sua voz igualitária passou a ser ouvida como consequência da brutal concentração de renda ocorrida nos Estados Unidos a partir da administração Reagan, na década de 1980.

    No resto do mundo, o thatcherismo se incumbiu de fazer a mesma coisa. FHC usou, essencialmente, a plataforma thatcherista em sua gestão: privatização, desregulamentação e por aí vai.

    Antes de Sanders, o primeiro sinal de inconformismo com a desigualdade entre os americanos veio do movimento Ocupe Wall Street, com seu célebre bordão “Nós, os 99%”.
    Sanders é um filho de 74 anos deste movimento.

    Nada é tão poderoso como uma ideia cujo tempo chegou, disse Victor Hugo.

    Chegou o tempo para as ideias de Sanders, e é isso que o empurra na corrida presidencial americana.

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