Gerações de mendigos estendem as mãos.
Ó desalento, ó fadiga de rastros arranhados na fibra dos caminhos.
Invocamos horizontes e inventamos nossos espectros na brisa de uma lenda.
Sob uma chuva de asas na concha das órbitas abstratas, pétalas esvoaçantes em marulhos rubros.
E acorda o eco de águas pretéritas um vagido de nostalgia sem idade.
Os dentes magros ruminam a manhã num travor de ressaca e palavras recolhidas.
Nossa fome não tem limites, perambulamos febres insaciáveis nas urzes e no sujo.
As imagens paridas no escorbuto não germinam os ossos escorchados.
A fonte derramando-se não lava as marcas fecais das alucinações.
As larvas absorvem o lamento e corroem o musgo dos olhares.
Ostentamos as algemas na bruma de uma ira esquecida.
A elegia dos inertes no balido interminável de uma ovelha imaculada,
manchada no veneno da faca ácida, na entrega sufocante sob o orvalho corrosivo.
As pálpebras submissas à travessia que se consuma.
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