Haddad cresce isolado e venceria Tarcísio em São Paulo, mostra pesquisa Genial/Quaest

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), cresceu 6 pontos na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes e venceria a disputa contra qualquer adversário, incluindo Tarcísio de Freitas (Republicanos), ministro do governo Bolsonaro, se a eleição fosse hoje. É o que mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta (12), faltando menos de 5 meses para as eleições gerais de 2022.

Segundo o levantamento, Haddad tem a preferência de 30% do eleitorado hoje. Ele foi o único candidato que cresceu acima da margem de erro em comparação com a pesquisa de março, quando tinha 24% de intenções de voto.

Em segundo lugar aparece o pré-candidato do PSB, Márcio França, que saiu de 18% em março para 17% em maio. Em terceiro lugar aparece Tarcísio, com 10% de intenções de voto hoje. Em março, o ministro de Bolsonaro tinha 9%. O candidato Rodrigo Garcia (PSDB) tem 5% das intenções de voto. Ainda há 33% de brancos, nulos e indecisos, segundo os dados de maio.

O desafio para o campo progressista, que tem uma chance histórica de vencer em São Paulo, será encarar as candidaturas de Tarcísio e de Garcia quando a campanha estiver a todo vapor. Isto porque o ministro de Bolsonaro e o atual governador ainda são pouco conhecidos pelo eleitorado paulista, o que significa que têm margem para crescimento nos próximos meses. Já Haddad é conhecido e rejeitado por 50% do eleitorado.

A tendência, segundo entrevista recente de Haddad para o UOL, é que PT e PSB saiam divididos na eleição estadual, pois Márcio França não pretende retirar sua candidatura. O pessebista argumenta que tem mais condições de vencer a suposta resistência do eleitorado paulista ao PT, e quer uma pesquisa para definir um candidato único para a esquerda.

Segundo a Genial/Quaest, quando questionado sobre quem prefere que vença a eleição em São Paulo, o eleitorado paulista, em sua maioria (38%), responde que deveria ser um candidato “nem-nem” (sem ligação com Lula ou Bolsonaro). Outros 33% preferem que seja um candidato ligado a Lula; e 25% preferem um nome ligado a Bolsonaro.

Porém, quando a pesquisa informa os nomes dos candidatos e seus respectivos padrinhos políticos, Haddad mantém vantagem sobre Tarcísio, com 39% afirmando que votariam no ex-prefeito com apoio de Lula. Outros 28% dizem que votariam em Tarcísio com apoio de Bolsonaro. O teto de Garcia, quando apoiado por Doria, é de 10%.

SEGUNDO TURNO

Se a eleição fosse hoje, Haddad venceria o candidato bolsonarista por 45% a 23%. A distância entre Haddad e Tarcísio é maior do que entre Haddad e França. Contra o pessebista, o ex-prefeito da capital paulista venceria por 38% a 32%. Contra Tarcísio, França venceria por 41% a 23%.

A sondagem foi feita de forma presencial, com 1.640 entrevistas. A margem de erro é de 2.4 pontos percentuais.

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