Em 2008, quando Christine Lagarde era ministra da Economia, Finanças, Indústria e Emprego, o Estado pagou ao empresário Bernard Tapie 400 milhões de euros, razão pela qual Lagarde foi agora considerada culpada de desvio de fundos públicos e negligência pelo Tribunal de Justiça da República. Apesar de a sentença ter sido contra a atual diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), o tribunal decidiu não lhe aplicar uma pena e a sentença não aparecerá nos seus antecedentes penais.
Segundo o tribunal, Lagarde atuou de forma negligente no escândalo ao ter organizado um sistema de arbitragem privado para responder às exigências milionárias de Bernard Tapie, um empresário que apoiou a campanha de Sarkozy, de quem era amigo pessoal.
Já na altura os juízes alertaram contra a escolha de Tapie e o próprio ministério se manifestou contra o sistema de arbitragem privado, algo que Lagarde não teve em conta. A ex ministra argumentou em tribunal que, para ela, era urgente acabar com a disputa entre Tapie e o Crédit Lyonnais, que ainda era um banco público. Meses mais tarde, a arbitragem privada decidiu atribuir a Tapie 403 milhões, entre os quais se incluíam 45 milhões por danos morais. Lagarde não recorreu desta decisão e autorizou a transferência do valor do Estado para o empresário.
Lagarde garantiu ao tribunal que não conhecia os laços de amizade que uniam Sarkozy ao empresário. A diretora do FMI foi julgada por três juízes e doze deputados, dos quais metade eram do Partido Socialista, metade eram conservadores. A justiça penal ainda está a investigar o caso e a justiça civil anulou no ano passado uma indemnização milionária que tinha sido atribuída a Tapie pela venda de mais valias supostamente perdidas na venda da Adidas em 1993, na qual o Crédit Lyonnais foi intermediário.
Segundo o diário espanhol El País, tal veredito obrigará o FMI a repensar o prolongamento do mandato de Lagarde, que não esteve presente na leitura da sentença. O mandato de Lagarde termina este verão, mas, na ausência de outros candidatos, em fevereiro do ano passado o FMI decidiu prolongá-lo.
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