Por César Rocha
comentário no post Mandetta e as circunstâncias: como se comportou no impeachment
Ilustre e crível Nassif, perdoe-me dizer: você está sendo complacente com um crápula… Na maioria das vezes os indivíduos não mudam em função das circunstâncias… Mudam -, segundo as conveniências de seus interesses econômicos e políticos – enquanto “ator” no jogo de poder numa sociedade de classes com interesses antagônicos, ocultados pela espetacularização midiática.
O filósofo espanhol Ortega Y Gasset – um conservador/conversador – lúcido e atento escreveu em seu livro Meditações do Quixote: “eu sou eu e as minhas circunstância”. Sintética e clarividente exposição ôntica do ser em movimento. Quanto ao ministro em tela, vê-se mais seu oportunismo em surfar no vazio da estupidez cognitiva de um presidente (e desgoverno), ungido pelo TV que de tudo faz espetáculo de modo a “prender” a audiência à sua narrativa. Com efeito, o ministro enquanto “sujeito coletivo” é a subsunção que direita ansiava para ter credibilidade com alguma razoabilidade… Daí ser “bancado” no ministério pelos presidentes das casas congressuais. Eles são do mesmo partido.
De concreto: temos no horizonte temporal o espectro da epidemia, que não se sabe o tamanho da tragédia (esta, para os gregos era entendida como “o homem diante do inevitável…”) que acometerá o país, pois nos faltam: a) quantidades de profissionais de saúde aptos, b) faltam equipamentos e, c) faltam medicamentos.
Para além de tudo isso, está curso o feroz jogo (sujo) político da direita em consolidar e legitimar-se perante a maioria atônita e silenciosa da população brasileira. Os parcos “pensadores” da direita que conhecem a história, tem claro por si, que as situações de medos e assombros são o solo fértil para a dominação das massas.
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Nas empresas a foto do funcionário da semana.
Na terra da santa cruz a esperança do dia. Já enterraram o menino pobre afro descendente, o marreco de Maringá, eita direita volúvel.
A maioria dessas coletivas é puro palanque auto-promocional, já que podem ser feitas por porta-vozes e técnicos. Longas apresentações de dados por ministros e governadores em bancadas que simplesmente tomam precioso tempo de pessoas que deveriam estar usando sua autoridade em coordenar e negociar esforços para equacionar o tático-estratégico do equacionamento da pandemia com outros ministros, governadores, prefeitos e demais instituições relacionadas. O conflito entre o mito (rima, não?) racionalizou um pouco desta festa, evidentemente também desejada pela miRdia.