Ministro-chefe da AGU toma partido do governo em caso Bolsonaro

Jornal GGN – O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz Mendonça, tem sido um dos mais leais integrantes do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro – evangélico (pastor presbiteriano) e conservador, ele foi escolhido pelo currículo técnico e encarna com devoção o papel de defensor do presidente.

Isso ajuda a explicar seu posicionamento com relação a última polêmica envolvendo o presidente, que disseminou em suas redes sociais um vídeo convocando seus apoiadores a se manifestarem a favor de seu governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Mendonça não só coloca panos quentes a respeito da questão como defende que Bolsonaro não cometeu crime de responsabilidade ao compartilhar tais vídeos, e sustenta que uma denúncia contra o presidente seria “um desrespeito à democracia”.

“A manifestação do general Heleno foi pontual, dentro de um contexto informal e que revelava naquele momento específico um inconformismo dele em relação à postura no equilíbrio de forças entre a vontade de uma parte do Congresso e a vontade do Executivo na forma de se fazer a gestão dos recursos públicos. Foi uma fala pontual, que não retira todo o respeito institucional que o próprio general Heleno tem pelo Congresso e pelas outras instituições”, disse, a respeito das declarações do general Augusto Heleno, que instigou as manifestações.

Para Mendonça, Bolsonaro não apoiou as manifestações. “Não houve manifestação de apoio ou de desaprovação. O que deve haver é um respeito, e há. Um respeito com as instituições públicas. E o presidente, por diversas vezes, dirigiu palavras respeitosas ao Congresso e às lideranças do Congresso, pessoas, presidentes da Câmara e do Senado, entre outras lideranças”.

Existe mais um detalhe a ser lembrado: o nome de Mendonça é um dos cotados para assumir vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Redação

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