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O pós-22/07

Como o 11/09 é uma data chave para o entendimento sobre terrorismo, o 22/07 é a tranca que se abre e mostra que não só nas areias do deserto as idéias terroristas minam como o petróleo, mas na casa ao lado da sua, no seu bairro, na sua cidade.

Estamos falando do terrorista loiro de olhos azuis.

Sempre que pensávamos em terrorista as imagens de um Osama Bin Laden com sua barba é a primeira que vinha a mente, tanto que nesta semana foi executado um americano que matou 2 pessoas por “parecerem” muçulmanas (na realidade eram um indiano e um paquistanês).

O atentado de hoje muda esta lógica e vemos uma imprensa mundial atônita em como encarar o fato novo. Como culpar outros por nossos crimes? Vamos culpar quem? Tea Party? Xenófobos europeus? Radicais de direita brasileiros?

Vemos um exarcebamente do radicalismo de direita (nossas últimas eleições são um exemplo vivo) mundial.

A que ponto chegamos com o politicamente correto, discriminações, racismos. Todos querem direitos e poucos pensam nos deveres.

Enquanto era só “coisa de cinema” a chegada de um negro à presidência americana estava tudo bem, chegou Barack Obama e a direita grita, berra, urra, mata. O Tea Party é só a ponta visível deste iceberg americano.

Enquanto era só “sonho dos pobri” a chegada de um operário nordestino pobre à presidência brasileira estava tudo bem, chegou Lula e a direita grita, berra, urra, ainda não matou, mas bate bastante. A mídia, devido a concentração em poucos mãos (as chamadas famiglias), é a voz desta massa que infelizmente cresce a cada dia.

Podemos ainda citar os países latino americanos como exemplos desta luta entre a esquerda e a direita. O problema é que a extrema-direita agora mata e não pega leve.

Por isso digo que veremos agora um pós-22/07, por mais que a mídia mundial queira transformar este episódio violento na Noruega em um fato isolado como fizeram com Oklahoma em 1995 não vão conseguir, foi na Europa e os europeus vão reagir com  maior intensidade a este novo tipo de terrorismo. O terrorismo perdeu sua identidade com a entrada de Anders Behring Breivik, a nova cara do terrorismo frio, loiro de olhos azuis.

Redação

Redação

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