Categories: Notícia

Preconceito e violência: Atacar as causas ou o agente?

As respostas às ações violentas e preconceituosas estão produzindo reações espelhadas. Mesmo com a melhor das intenções, a crítica aos atos de violência tem sido a repetição dos mesmos argumentos que tentam justifica-las: O diferente é insuportável e o melhor que fazemos é elimina-lo. O que temos que eliminar são as causas e não o agente.

Pedir para que alguém se informar, não é cagar regras, é caminhar no sentido de eliminar preconceitos e tentar (ao menos) agir com a razão. Que tal nos informarmos um pouco mais antes de ditar regras? Não são poucas as boas Ongs. e institutos de pesquisa nas universidades que se dedicam ao tema da violência. Não para “defender os direitos do bandido” e sim para acompanhar resultados da aplicação de variadas políticas públicas e propor novas ações baseadas neste monitoramento.

Não sou um especialista na área. Acabo acompanhando o assunto pois é uma das áreas de estudo de minha esposa. Antes de nos focarmos na violência de alguns garotos babacas, prestemos atenção em vários trabalhos realizados em nossas periferias que tiveram resultados brilhantes. As ações conjuntas de várias organizações sociais no Capão Redondo e no Jardim Angela são um exemplo. O resultado destas ações pode ser medido num curto espaço de tempo. Para saber sobre alguns deste projetos comecem dando uma olhada nos sites:

http://www.ispcv.org.br/

http://www.soudapaz.org/

http://www.cenpec.org.br/

Voltando aos garotos babacas ninguém, até aqui, propôs a utilização da justiça restaurativa. Ela tem oferecido bons resultados em outros países e agora começa a ter a atenção das defensorias públicas por aqui. Que tal dar uma olhadinha nos sites:

http://www.apav.pt/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=68&Itemid=119

http://jus.uol.com.br/revista/texto/9878/a-construcao-da-justica-restaurativa-no-brasil

Prisão, pura e simples, eles merecem. Mas que ela não resolve, é um fato mundialmente comprovado. Estudos feitos nos EUA, que tem (proporcionalmente) a maior população carcerária do mundo, provam que não existe razão direta entre o aumento, puro e simples, das prisões e a diminuição da violência. Para aqueles que gostam de tomar NY como exemplo uma informação: A aplicação do princípio da “tolerância zero”, foi acompanhada de imensos investimentos em programas sociais e de melhorias urbanas em áreas degradadas. 

Redação

Redação

Recent Posts

Tarcísio usou operação contra o PCC para acelerar privatização da Sabesp

Presidente da Câmara era contrário ao projeto, mas voltou atrás ao ser citado como testemunha…

3 horas ago

Governo federal suspende dívida do Rio Grande do Sul por três anos

Isenção dos juros incidentes sobre o estoque da dívida vai liberar mais R$ 11 bi…

4 horas ago

Lula vai anunciar novas medidas de apoio aos cidadãos do Rio Grande do Sul

Vítimas das enchentes devem receber auxílio financeiro imediato, além da inclusão no programa Bolsa Família

4 horas ago

Ex-advogado de Trump confirma pagamento de propina a atriz pornô

Em meio ao julgamento de ex-presidente, Michael Cohen diz que pagou US$ 130 mil do…

5 horas ago

TV GGN Justiça discute estratégias para recuperação financeira no RS

Medidas como a liberação do FGTS e a suspensão de prestações habitacionais amenizam os desafios…

6 horas ago

As margens não são plácidas: um dia tudo transborda, por Maria Betânia Silva

O fenômeno da manipulação de fatos e produção de mentiras se instaurou como a nossa…

6 horas ago