Foi uma tarde gloriosa, quando alguns personagens de nossa República exerceram o direito pleno à própria falta de coerência. O mais verborrágico, Celso de Melo caprichava no tom na esperança de ter suas palavras realçadas nas páginas dos jornais e na edição da segunda do Jornal Nacional. Mas enquanto falava de facções criminosas, era aplaudido por Temer e Renan, membros do partido de seu padrinho, José Sarney. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como é de praxe se esmerava no auto-elogio (quando ele fala do Lava Jato, no fundo ele quer a glória de si), dizendo-se sério e imparcial, uma semana depois de nomear um vice-procurador ligado a Aécio Neves, de tantas denúncias engavetadas. A OAB esteve presente, e seu presidente jurou de pé junto não ser partidário: lógico, apenas pediu o impeachment de Dilma, sem qualquer remissão as galopadas – pedaladas estendidas – do vice futuro presidente. E assim a tarde testemunhou as cores da hipocrilândia que vigora debaixo da linha do Equador. Machado de Assis não conseguiria tanto. Dá asco.
Do Brasil 247, com texto da Agência Brasil.
247 – A cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal se transformou em ato contra a corrupção em meio ao momento político vivenciado pelo Brasil. Na mesma cerimônia, o ministro Dias Toffoli foi empossado como vice-presidente do STF.
O ato teve a participação de Caetano Veloso, que cantou o Hino Nacional e tocou violão, e a presença dos presidentes dos três poderes – Renan Calheiros, do Legislativo, e Michel Temer, do Executivo, além do Judiciário, que passou a ser representado por Cármen Lúcia. Os ex-presidentes Lula e José Sarney também compareceram ao ato.
Em sua fala, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, defendeu que os “infiéis da causa pública, indignos do poder”, sejam punidos e afirmou que não devemos deixar que o poder seja tomado por “facções criminosas” ou “marginais da República”.
Ele citou o “imoral sodalício” em que se juntaram agentes públicos e empresariais para fraudar o estado e criticou quem usa o poder em benefício próprio, ou de caráter empresarial, ou com finalidade político-partidária.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, próximo a discursar, criticou o que chamou de tentativa “desonesta de desconstrução da imagem” do trabalho “sério e isento de investigadores e juízes”, em referência à Operação Lava Jato.
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