Tintin: uma inspiração (de guri e de marmanjo também)

Por Romulus

TINTIN: UMA INSPIRAÇÃO (DE GURI E DE MARMANJO TAMBÉM)

Acordo de noite para beber água.

Em cima do criado mudo fica uma jarra de água, da torneira mesmo – e deliciosa, porque é a pura neve derretida do alto dos Alpes que desce e depois vem, via encanamentos, até a minha cozinha. Sem cloro, sem flúor. Só a neve e o vento que Deus sopra sobre essas montanhas branquinhas.

Privilégio dos privilégios, além de beber dessas montanhas, vejo algumas delas da minha varanda.

Mas voltando à sede da noite…

Dirijo-me à jarra, encho a minha caneca de inox, para não pegar gosto de nada, porque essa água sagrada deve ser respeitada e valorizada.

Começo a me refrescar – é verão aqui, ora! – e a me deliciar.

Pensativo, com os problemas do Brasil e do mundo na cabeça (e na alma), olho perdidamente para a frente.

E dou de cara, na parede, com uma inspiração de guri:

– Não outro que o intrépido jornalista e aventureiro Tintin!

[O flash fez a foto não ficar muito boa, mas não importa. Ademais, estava no escuro e não podia acordar ninguém por esse capricho]

Está ele num carro, junto ao Capitão Haddock e o inseparável cãozinho Milu, que muitas vezes salvou a sua pele.

Pelos semblantes, os três certamente estão no encalço de algum malfeitor.

Muito bem!

Sigam vocês três aí, que sigo eu aqui.

Não ando com nenhum capitão, mas o meu Milu, que também me salvou muitas vezes, todos sabem quem é:

– Maya Vermelha, a Chihuahua socialista.

Olha ela aí piscando para vocês:

Tintin…

Uma inspiração de guri..

Mas de marmanjo também, ora!

– Salve, Tintin!

– Salve, Milu!

Muito bem, mas…

Qual a trilha sonora deste post?

Não poderia ser outra:

– O tema de abertura do desenho animado, ótima adaptação franco-belgo-canadense dos anos 90, a cujos episódios assisti todos!!

[Na TV Cultura.

Quando ainda era boa.

Antes de ser desmontada por Serra e Alckmin]