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O Rio, seus mitos e autorreferências complacentes...
A comemoração da capa do jornal "popularesco" da famiglia marinho já é, per si, reveladora.
Um truque bem articulado, inclusive já usado em outras instâncias (o stf, por exemplo, é golpista mas adora a agenda glbt para lhe dar verniz de moderno), onde imaginamos que alguns gestos em direção a ideiais chamados progressistas podem legitimar a noção de que nem tudo está perdido, e que a mídia é sim capaz de promover sua auto-censura e autocrítica (palavrinha da moda, não à toa, entre os eleitores de Freixo).
O Rio não é universal. O Rio é segregador, violento, machista, homófobo, assim como todos os recantos desse país, embora goste de se ver no espelho com outra imagem.
Não é por acaso que o Rio se transformou na matriz ideológica imposta às demais unidades da Federação, que tem como centro a concepção de que somos um povo acolhedor e simpático, e tudo tendo como plataforma principal a vênus platinada.
Legal a capa do jornal, embora seja engraçado perceber que esse mesmo jornal e seus anunciantes corroboram conceitos que usam as mulheres como objeto e/ou lixo erótico, reproduzem a lógica do bandido bom é bandido morto, dentre tantas outras considerações que contrariam os dizeres da comemorada chamada em letras garrafais.
Tudo isso, ou seja, a hipocrisia dos marinho e a intolerância de sinal trocado dos coxinhas-alices da esquerda e da direita, que reclamam dos evangélicos enquanto sacodem nas missas-show da renovação carismática, não afastam, a meu ver, o real perigo que está por trás da eleição de Crivella.
É a primeira vez que uma capital do peso e tamanho do Rio, eu arriscaria que é a primeira vez em cidades de mais de 200 mil eleitores (são algo em torno de 500 no Brasil todo) que um religioso de denominação e militância evangélica ganha um pleito majoritário.
No passado, candidatos fieis a tal agenda pentencostal ganharam eleições, é certo, mas eu imagino (teremos que pesquisar) que é inédito que um pastor identificado como tal tenha ganho esse tipo de eleição, o que aponta que aquele esquema de análise sociológica e das ciências políticas sobre a preferência do eleitorado pelos religiosos para cargos proporcionais foi (perigosamente) rompido.
Esse tema se junta a um outro post aqui, que revela o interesse dos evangélicos em disputar (para valer) a presidência da república para pressionar outros poderes (no caso, o alvo seria o judiciário).
Em uma conjuntura onde pululam juízes-messias, e promotores-convicção, a união de desígnios com uma pauta religiosa pode gerar uma distorção tardia e mal copiada das teses de destino manifesto, tão cara aos EUA, mas que aqui se manifestam sempre de forma torta e subserviente.