Vacina da Pfizer deve ficar fora do Plano Nacional de Imunização brasileiro

Jornal GGN – O Ministério da Saúde afirmou nesta terça-feira, 1 de dezembro, que as vacinas contra a Covid-19 que farão parte do Plano Nacional de Imunização devem “fundamentalmente” ser termoestáveis e que possam ser armazenadas em temperaturas de 2°C a 8°C. Sendo assim, o imunizante desenvolvido pela americana Pfizer e a alemã BioNTech deve ficar fora do programa.  

Isso porque, a vacina da Pfizer, batizada de BNT162b2 e 95% eficaz contra o novo coronavírus, exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70º C.

Ainda nesta terça-feira, a organização americana solicitou às autoridades europeias a autorização para uso emergencial de sua vacina. Se aprovado, regiões da Europa devem começar a vacinar a população ainda este mês. 

No Brasil o processo ainda deve demorar. Hoje, em entrevista coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, afirmou que o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 só será concluído apenas após o registro de um imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há possibilidade, no entanto, de que uma versão prévia do programa seja divulgada ainda nesta semana.

Além disso, o programa deve da preferência às vacinas de dose única e que sejam “fundamentalmente” termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2°C a 8°C. 

“O que nós queremos de uma vacina? Qual o perfil de uma vacina desejada? Claro, que ela confira proteção contra a doença grave e moderada, que ela tenha elevada eficácia, que ela tenha segurança, que ela seja capaz de fazer uma indução da memória imunológica, que ela tenha possibilidade de uso em diversas faixas etárias, e em grupos populacionais”, disse o secretário.

“E que idealmente ela seja feita de dose única, embora muitas vezes isso talvez não seja possível, só seja possível em mais de uma dose, mas fundamentalmente que ela seja termoestável por longos períodos, em temperaturas de dois a oito graus. Por quê? Porque a nossa rede de frios, nessas 34 mil salas, é montada e estabelecida com uma rede de frios de aproximadamente 2°C e 8°C”, completou.

A exigência se dá por não existir na logística brasileira ultracongeladores na chamada Rede de Frio, do Programa Nacional de Imunização brasileiro. Hoje, as vacinas são armazenadas em refrigeradores, com temperaturas similares às das geladeiras caseiras. Com isso, o imunizante da Pfizer contra a Covid-19, aguentaria apenas cinco dias na condição do padrão dos refrigeradores brasileiro.

Mas, apesar das declarações de exigências, o Ministério não citou especificamente nenhum laboratório.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Redação

Redação

View Comments

Recent Posts

Choques políticos em série refletem bagunça institucional, por Antonio Machado

O chamado ativismo judicial provoca rusgas institucionais desde o tempo do mensalão, antecedendo os ataques…

7 horas ago

Lei de Alienação Parental: revogar ou não revogar, eis a questão

Denúncias de alienação descredibilizam acusações de violência contra menores e podem expor a criança aos…

7 horas ago

Papa Francisco recebe Dilma Rousseff no Vaticano

Os dois conversaram sobre o combate à desigualdade e à fome. Para Dilma, o papa…

10 horas ago

Exposição à poluição aumenta o risco de doenças cardíacas em moradores de São Paulo

Os pesquisadores constataram que pessoas que sofrem de hipertensão sofrem ainda mais riscos, especialmente as…

11 horas ago

Vídeo mostra a ação da polícia durante abordagem de Tiago Batan

Caso ganhou repercussão no interior de SP; jovem faleceu após ser baleado na região do…

11 horas ago

Roberto Campos Neto e o terrorismo monetário

É papel do Banco Central administrar as expectativas de mercado, mas o que o presidente…

12 horas ago