Freio de arrumação
por Ricardo Mezavila
Com o ponto de referência cada vez mais distante e desaparecendo nas cinzas do fascismo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro buscam nos rescaldos o que pode vir a ser uma ‘nova’ corrente política, afastada da extrema direita e do radicalismo violento dos fanatizados.
Uma coisa é certa, o antipetismo continuará a ser abastecido nas cartilhas ideológicas e nas narrativas que colocam a corrupção no epicentro de todos os problemas.
Se a guerra contra o PT continua, o que pode ser diferente?
A dessemelhança fica por conta da aceitação de que o governo anterior foi um desastre em diversas áreas como saúde e meio-ambiente. Na economia, a responsabilidade pela mediocridade, pesa nos ombros de Paulo Guedes, ex-guru liberal, que agora é visto como um ministro que atuou em causa própria, principalmente nos conflitos de interesses relacionados a suas participações em offshores.
Para essa gente que ainda tenta escapar da fornalha, que percebeu que não vale a pena ranger os dentes, Bolsonaro agora é um imbecil, desqualificado, um político rastejante que empurrou as Forças Armadas para o descrédito frente à opinião pública.
Podem acreditar que esses adjetivos estão sendo utilizados para resumir o ex-presidente, pela própria claque que o colocou no altar. A percepção disso pode servir de base para um novo tempo de debates civilizados, como eram no passado entre a direita, o centro e a esquerda.
Como ninguém sobrevive sozinho na política, Partidos da direita histórica como o PSDB, tendem a ganhar fôlego com os novos rumos e a demanda no desembarque extremista radical.
A sociedade brasileira não pode mais aceitar que líderes de anjos caídos e com chifres de carneiro voltem a protagonizar a barbárie.
A CPMI dos atos golpistas e as investigações de uma Polícia Federal independente, são os freios de arrumação para a reorganização brusca que vai recolocando o país em modo de democracia.
Ricardo Mezavila, cientista político
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A chegada de Lula à Presidência, em 2003, trouxe-me um certo alívio. O mundo - quase - perfeito na política nacional se materializaria: o embate central de país ocorreria, doravante, sob o domínio, máxime, das Centro-Direita e Centro-Esquerda. Algum radical, de um ou outro espectro, só para apimentar o debate; alertar os preguiçosos; acomodados. E só. Mas o Mário tinha morrido em 2001; e o Brizola se foi em 2004, deixando PSDB e PDT sem comando, à sanha de lideres menores e até liderecos, nem sempre com poder de moderação suficiente; e no PSDB, pior, pusilânimes e invejosos como FHC, e a extrema decepção mineira (logo de Minas, que não pode falhar), Aécio Neves; e até peçonhentos, estritamente provinciais como o ganancioso e invejoso Zé Serra. Acabou-se o sonho do PSDB; feriu-se gravemente o PT e o país, já que para destruírem o PT foram até o baixíssimo meretrício (com o perdão das putas) que deixou o país em situação de extrema vulnerabilidade. BEM, a direita, especialmente os criminosos e selvagens da Extrema-Direita ganharam seu grito de guerra: "Lula é ladrão!" Pouco importa o quanto venha se provar sua honestidade. O "PT é ladrão", idem. SOBRE ESSE RETORNO DO PSDB... duvido. Acabou. Suicidado e autossepultado. E agora é correr atrás de corrigir, ao menos em parte, a burrice, motivada por intenso ódio de se sentir "impotente frente a um grupo de 'ex-escravos'", analfabetos ou "analfabetizados".
Só havera freio de arrumação quando militares de alta patente e golpistas forem presos
Heleno, villas boas, pazzuelo, mourão, etc, etc
Se não forem presos, nova fornada de generais vão dar outro golpe logo ali