Perfil transverso de um delegado federal em notas insólitas, por Armando Coelho Neto

Perfil transverso de um delegado federal em notas insólitas

por Armando Rodrigues Coelho Neto

O paneleiro vive hoje mergulhado em suas contradições, sentimento de engodo, gosto amargo do discurso que abraçou. Órfão e imóvel, a NASA já não informa o dia ideal e ensolarado para protestos. Talvez lhe falte os robozinhos da Rede Globo, MBL, Fundação Ford e PSDB para lhes lhe tirar da inércia. Antes, mais brasileiro que uma jabuticaba, ostentava cores brasileiras, atacava rancoroso elementares conquistas sociais. Hoje, envergonhado e perdido em suas contradições, o paneleiro se limita a dizer que é apartidário, que quer todos os corruptos presos. Alguns até dizem que votaram nulo, uma opção que se verdadeira fosse, reduziria a minguados 20% os votos de Aécio.

Mesmo assim, sobrevive um perfil torpe daqueles que, mesmo envergonhados, não dão o braço a torcer. Recentemente atacaram nas redes sociais um artigo publicado pelo ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão. No texto, o autor critica um decreto lesa-Pátria, assinado pelo impostor Michel Temer, que põe à venda sem licitação Banco do Brasil, Eletrobrás e Petrobrás, entre outros itens do patrimônio nacional. Aragão lembra que o fato se deu num dia imprensado (enforcado pela “ministra” Carmem Lúcia). Há contundente e provocativa critica à imobilidade social diante do saque à Nação.

Os setores retrógados, mesmo envergonhados pelo discurso hipócrita que impulsionou a troca insana da Presidenta Dilma pela corja de Temer, permanecem entorpecidos pelo ódio inexplicado (se é que ódio se explica). Torpedearam o texto do ex-ministro, na base do quem elegeu Temer foram os eleitores de Dilma. Distantes da realidade, tratam esse detalhe como se as condições de elegibilidade e pragmatismo eleitoral oferecessem opção. Ignoram um sistema no qual voto nulo ou branco contribui para eleger candidatos à Presidência da República. Num universo de dez eleitores, o vencedor precisa de seis. Se dois anulam, o vencedor precisa de cinco. São amarras inevitáveis do sistema.

Uma coisa é eleger um vice-presidente para situações pontuais, vinculado a um programa eleitoral. Outra coisa é tirar o programa aprovado nas urnas e colocar em prática o programa perdedor, sob a liderança de um vice traidor cooptado, via  trapaça e votos comprados por uma quadrilha. Mais que isso, manter um impostor na Presidência, que nela sobrevive à custa de manobras feitas não mais à sorrelfa, mas a olhos nus. Diferentemente do voto programático, o paneleiro, símbolo de classe média decadente, que Marilena Chaui chama de “uma aberração cognitiva”, seja o lá o que for que ela quis dizer com isso, votou em Aécio por ódio ao PT sob pretenso discurso moralista e econômico.

Nas redes sociais, paneleiros chamaram o ex-ministro de cínico, pois a crise não é obra de Temer e sim do PT, sem levar em conta a conjuntura internacional. Questões geopolíticas (como sugerem a espionagem da Presidenta Dilma e da Petrobras pela CIA) foram ignoradas. Idem a queda artificial do preço do barril de petróleo e suas conseqüências para um país que elegeu o Pré-Sal como eixo de sua plataforma de crescimento, com prioridade de investimento para a educação. Do mesmo modo, esqueceram dados elementares como a queda do preço das commodities e suas conseqüências para um país, cujo governo se quis derrubar sob desculpa do aumento em 0,20 centavos na passagem de ônibus no estado mais rico da federação.

 Erros do PT à parte, as práticas econômicas postas em prática eram de emergência frente à crise mundial, cujos reflexos no Brasil se minimizaram, justamente pela excepcionalidade de algumas medidas. Entre elas, o abrir mão de mão de impostos, os quais foram transformados em lucro pelas empresas e não em investimento. Por serem medidas emergenciais, seriam objeto de ajustes mais à frente, que o Congresso golpista frustrou, com irrestrito apoio da grande mídia, que se encarregou 24 horas por dia de potencializar a crise. Foi criado o clima de caos, derrotismo e bancarrota, desestimulando a economia, estimulando agências internacionais na desqualificação do Brasil. Disso se aproveitaram.

Hoje, quando as máscaras caíram, ainda surgem vozes para defender a venda subfaturada do país, sob a alegação de modernidade e do estado mínimo (melhor dizer ausente). Aqui neste espaço, divulgamos trecho de um velho manual da PF sobre o combate ao crime organizado. Nele, as privatizações são apontadas como fonte de corrupção, detalhe esquecido pela Farsa Jato.

O mundo das panelas raciocina com o umbigo, na base do “farinha pouca meu pirão primeiro”. É o pensamento dominante nas instituições encarregadas de tornar o Estado instrumento de realização do bem comum. Mas, o corporativismo de seus representantes negam o próprio Estado, e nessa condição se acham modernos. Desqualificam a essência do Estado, aprovam a venda do país, sem cotejar que historicamente, o Estado tem sido regido pelo espírito e ideário das classes dominantes. Digladiam-se com os males inerentes aos valores que cultivam, próprios da cultura de Moros, Marinhos, Malafais, Mesquitas, maçons…

Há algo de muito grave numa sociedade se julga moderna por aniquilar o estado. Que ignora 500 desempregados substituídos por uma única máquina. É moderno? Sim. É um ato social e humanizado? Não. Dá lucro? Sim. Vai ser socialmente distribuído? Não. Não é, portanto, um debate entre o moderno e o ultrapassado. Eis alguns paradoxos sobre dos que se julgam modernos numa sociedade em que defender a dilapidação do patrimônio nacional é ser top.

Quando o eixo de pensamento é dinheiro, lucro e ganância, não há dialogo produtivo com quem tem como eixo básico o olhar humanizado sobre o coletivo. O país que há pouco debatia direitos de empregadas domésticas, tentava regulamentar a profissão de motoqueiros é o mesmo que retorna ao trabalho escravo, extingue direitos sociais.

Agora, que caíram todas as máscaras, da Polícia Federal  a Sérgio Moro, de Aécio Neves a Gilmar, da Veja a Globo e de toda a denominada grande mídia, seria o caso de perguntar aos paneleiros o que efetivamente os fez irem às ruas para baterem panelas. Agora, que as camisas da CBF servem de vestimenta para mendigos nas ruas e as bandeiras enfeitam carroças de catadores de papel, nem é preciso perguntar o que o teria sido determinante o voto em Aécio Neves.

Agora, que o Congresso Nacional, antes “varonil” (pátria, fé e família) revelou sua face porca; ser em grande maioria covil de larápios, quem sabe o paneleiro possa desexplicar seu voto, descobrir sua visão de mundo e se depare com a lucidez ou com ódio (in)consciente…

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

 

Armando Coelho Neto

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo.

Armando Coelho Neto

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo.

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  • "Eu bati pra tirar a Dilma e

    "Eu bati pra tirar a Dilma e consegui. O resto eu quero é que se foda!" Declaração de uma paneleira. No mais, renúncias fiscais, isenções e outras medidas favoráveis às empresasque o governo petista tomou na ingênuo crença de que os empresários usariam o dinheiro em investimentos, contratações ou algo assim foram mesmo é convertidos na compra de imóveis e outros investimentos em favor dos empresários, não de suas empresas.

  • Volto a insistir: Vocês só

    Volto a insistir: Vocês só terão a possibilidade de terem uma democracia verdadeira quando o último defensor da escravidão estiver morto. Não é possível uma democracia aonde os que mandam acreditam ser natural escravizar o próximo.

    • Que bobagem ..teremos

      Que bobagem ..teremos democracia o dia que as Instituições souberem identificar e APENAR esse tipo de gente que sempre vai surgir  ..gente que golpeia, manipula, mente e trama ..e isso tb não é só atributo dos ditos de direita

      Colega  ..hoje  ..até as Forças Armadas aderiram a um projeto subserviente aos EUA  ..como explicar ou trabalhar com isso ?

      • Com o devido respeito, julgar

        Com o devido respeito, julgar e prender só funciona quando o país possui um sistema judicial funcionando e esse não é o caso do Brasil (e é por essa razão que eu defendo a atitude mais drástica e final). Não há nenhuma chance de um escravocrata ser preso no Brasil quando os que irão julgá-lo também são escravocratas.

        E eu nunca disse que seria "fácil" fazer as mudanças que o seu país precisa, É difícil. Mas vocês precisam começar de algum lugar e terão que começar do fundo do poço, na prática o Brasil nesse momento é uma terra selvagem aonde vale a "lei do mais forte" e para ser possível voltar à uma situação civilizada aonde as coisas se resolvam judicialmente é necessário liquidar os que se recusam a aceitar as regras.

        • vc esta no tempo da capa e

          vc esta no tempo da capa e espada, da dualidade

          ..hoje o mundo é dos algoritimos e da pluralidade  ..as armas são outras  ..o público e necessidades tb

        • Lá vem o gringo colonialista dando liçoes de novo

          Cara, se manca. Vá dar liçoes no seu país. E o que nos falta nao é quem nos diga o que fazer, é ter as condiçoes necessárias para fazer.

        • O judiciário funciona muito bem

          O judiciário funciona muito bem quando se trata de prender pretos, pobres, putas e petistas e funciona tão bem ou até melhor quando se trata de proteger os criminosos da Casa Grande, garantindo-lhes a impunidade. Aécio Neve$ e Michel Temer, flagrados com malas abarrotadas de dinheiro, estão livres, leves e soltos, enquanto pretos, pobres, putas e petistas estão presos, independentemente da prática de crimes.

          Agora, para não violar a liberdade de expressão, o judiciário garantiu que se pode desrespeitar os direitos humanos.

          Ora, se o direito é um sistema, a liberdade de expressão jamais poderia contrariar o direito à livre expressão.

      • A invasão militar da América

        A invasão militar da América do Sul já começou. Aquelas manobras na Amazônia com participação dos EUA, a possível autorização para que os EUA instalem bases na Argentina, as bases na Colômbia, a entrega de Alcântara não deixam dúvida disso. Expulsar esta gente daqui vai ser difícil.

        Agora, esperar alguma coisa das nossas "instituições" é perda de tempo. O judiciário que está aí para defender os escravocratas e entreguistas, em parceria com a mídia, não vai permitir que pessoas que não concordam com o atual estado de coisas façam qualquer coisa. É só ver o processo contra juízes que se manifestaram contra o golpe.

  • Grande Armando, lhe dei 5 estrelas, porém...

    A crise não é obra de Temer nem, menos ainda, do PT. A crise é obra do capitalismo. Não existe capitalismo sem crises periódicas de superprodução e de baixa taxa de lucro. Independentemente de quem esteja no poder, uma hora o boom se transforma em recessão e em depressão.

    Entretanto, o governo golpista intensifica a crise capitalista na medida em elege o austericídio e cortes de direitos sociais como prioridade. Austericídio e cortes de direitos sociais são políticas pró-ciclicas, enquanto a situação exige políticas anti-cíclicas.

    • sinceridade ?  ..teve erro do

      sinceridade ?  ..teve erro do PT sim  ..mais precisamente com DILMA  ..pois com LULA o projeto foi amplamente favorável

      DILMA Insistiu no carro ao invés de MORADIA verdadeiramente popular  ..capaz de catapultar por décadas o crescimento do país  ..em emprego, crescimento, distribuição de renda, mais saúde, educação, saneamento, segurança, previdência dignidade e assim por diante

      Errou no cambio, no juros, na falta de regulação  ..na desoneração  ..na inabilidade com o trato e entendimento político  ..na imaturidade

      De Temer, pra mim erra em tudo  ..assumiu sem LEGITIMIDADE, é um golpista descarado ..um titere de poderosos  ..se mesmo certo ou próximo de, NÂO tem  moral pra pormover o que vem fazendo

      • A burguesia não aceitava mais as políticas distributivas

        Quem quer que tivesse sido eleito na última eleição presidencial não conseguiria, por mais que se esforçasse, dar continuidade às políticas distributivas e de valorização do salário mínimo, pois a burguesia não aceitava mais essa redução das desigualdades sociais e essa valorização do salário mínimo. E sabemos que a burguesia, apesar de ser ínfima, tem uma força descomunal, principalmente porque pessoas que são por elas exploradas e oprimidas, ficam ao lado dela e contra os demais explorados e oprimidos.

        Se o Aécio fosse eleito, ele já tinha dado anunciado as medidas impopulares e dado sinal verde para o Arminio Fraga reduzir salários.

        O Aécio Neves disse:

        "Eu conversava com o Armínio Fraga e ele me perguntou: 'Mas é para [num eventual governo] fazer tudo o que precisa ser feito logo no primeiro ano?'. E eu disse: 'Se der, no primeiro dia. Estou preparado para tomar as decisões necessárias, por mais que elas sejam impopulares'".

        O Arminio Fraga achava do valor dos salários?

        "É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho." - Arminio Fraga

        O Delfim Netto argumentava que se os salários aumentassem sem o aumento correspondente da produtividade, a tendencia seria a falta de investimentos, pois o nível de investimentos depende da taxa de retorno e da expectativa de demanda. Isso quer dizer que a burguesia só admite o aumento real dos salários se o trabalhador produzir mais.

        Resumo da ópera: independentemente dos eventuais erros da Dilma, a burguesia já tinha decidido que não dava mais para continuar crescendo e reduzindo as desigualdades sociais através das políticas distributivistas e da valorização do salário mínimo sem o aumento muito maior da taxa de lucro.

  • "O paneleiro vive hoje

    "O paneleiro vive hoje mergulhado em suas contradições, sentimento de engodo, gosto amargo do discurso que abraçou. Órfão e imóvel, a NASA já não informa o dia ideal e ensolarado para protestos. Talvez lhe falte os robozinhos da Rede Globo, MBL, Fundação Ford e PSDB para lhes lhe tirar da inércia. Antes, mais brasileiro que uma jabuticaba, ostentava cores brasileiras, atacava rancoroso elementares conquistas sociais. Hoje, envergonhado e perdido em suas contradições, o paneleiro se limita a dizer que é apartidário, que quer todos os corruptos presos. Alguns até dizem que votaram nulo, uma opção que se verdadeira fosse, reduziria a minguados 20% os votos de Aécio."

    Penso que você se engana na totalidade deste parágrafo.

    Os paneleiros não estão arrependidos ou constrangidos com a besteira que fizeram simplesmente porque acham que estavam certos. E fariam e farão de novo se tiverem oportunidade.

    Burrice não tem limite, ódio e sem vergonhice quase chegam lá.

  • "Torpedearam o texto do

    "Torpedearam o texto do ex-ministro, na base do quem elegeu Temer foram os eleitores de Dilma."

    Nada mais falso do que esta afirmação.

    Se fosse pela Dilma o asqueroso estaria onde sempre esteve: no ostracismo.

    Quem o colocou lá foram exatamente os eleitores do Aécio, que mancomunado com a globo e a farsa conhecida como lava jato aplicaram o golpe parlamentar de 2016 e levaram uma quadrilha ao poder.

    Tenho quase certeza de a globo e a lava jato chantageiam os ladrões agora no governo para que destruam o que resta de país. Ou obedecem as ordens ou vão todos para a cadeia e terão o fruto do saque confiscado pelo moro.

    A lava jato por representar os interesses estrangeiros e a globo por representar os interesses dos rentistas nacionais e internacionais.

    Os tucanos quiseram pegar carona achando que eram espertos e que herdariam o poder, mas, apenas foram a massa de manobra da globo/lava jato. Não passam de idiotas, tanto os políticos do psdb quanto os seus eleitores.

    • TAMBÉM PENSO ASSIM, O GOVERNO

      TAMBÉM PENSO ASSIM, O GOVERNO ATUAL ESTÁ NA MÃO DA GLOBO E DA LAVA JATO. ACHO QUE É UMA FARSA A GLOBO ATUALMENTE QUERER TIRAR TEMER.

  • Todos parecem esquecer por que o Brasil quebrou

    Dilma não mais governou depois da reeleição. O congresso trancou a pauta e Cunha impediu a governança. E o principal. A destruição em massa da engenharia nacional, estaleiros e petrobras promovida pela Farsa a Jato. Isto sim quebrou o país. Mas moro é novo, haverá tempo de sobra para julga-lo e a seus comparsas pelos crimes de traição e corrupção. Ou haverá outra anistia irrestrita?

    • mutio antes disso DILMA não

      mutio antes disso DILMA não governava  ..reveja acontecimentos de 2013 e tente entender o que lá já se descortinava

  • Traidores
    Dizer que o Dilma é responsável por Temer é o mesmo que dizer que Tiradentes é responsável pelo fracasso da Inconfidência Mineira, visto ter escolhido Silvério dos Reis para o grupo conjurado. Ou então que Cristo é responsável por sua morte, pois chamou Iscariotes para ser apóstolo. Os líderes foram traídos por abjetos que nas sombras se venderam aos poderosos da ocasião.

    • "mantenha seus amigos

      "mantenha seus amigos próximos  ..e os inimigos mais próximos ainda"

      A inabilidade política de DILMA foi abissal  ..ela comprou briga publica até com o presidente dos EUA cumpadi .. 

  • O paneleiro não sente

    O paneleiro não sente vergonha de nada, votaram no Aécio e fizeram protesto contra Dilma com objetivo principal de tirar o PT e mudar o governo. Muitos deles acreditam que todo os problemas do governo Temer são "males menores" comparado a permanência do PT no poder. 

    Existem três eixos que sustentam a oposição do PT, onde o Lula soube conciliar, porém, Dilma foi mais incisiva, comprou briga e perdeu apoio político

    A grande diferença social brasileira permite que a classe média possua privilégios de elite - O pouco de desigualdade que diminui foi suficiente para provocar o ódio da classe média (B e A) que viu seus privilégios ameaçados (acesso a servos e a exclusividade de serviços e bens de consumo)

    Juros reais altos permite a manutenção do capital com baixo risco - A crise de 2013 coincide com os menores juros reais recente, isso foi uma afronta ao rentismo que sem essa garantia tem que inverstir em atividades de risco, ou seja, investir em produção. A base política do governo Dilma acabou ai.

    A ausência do governo é terreno fértil para o assistencialismo evangélico - Por si só não é problema, mas a grande expansão das igrejas evangélicas se deu nos anos 90. O discurso conservador é o meio de se confrontar com a esquerda e não permitir políticas de estado reais para diminuição da desigualdade.

    Qualquer governo que enfrente de forma concreta esses pontos, vai receber oposição dos grupos que se beneficiam das desigualdades. 

    Concluindo, a corrupção do governo Temer, por por que seja, é a corrupção que estamos acostumado há muito tempo, não é muito diferente dos Maluf, Sarney, ACM, etc que tanto roubaram e foram considerados "reis".  A diferença que eles estão em um período (O GOLPE) que podem roubar a vontade sem compromisso nenhum com o voto, esse período acaba em 2018.

  • Síntese primorosa

    das consequências de atos e fatos que nossas decisões nos têm trazido, com a observação de que poucos conseguem se manter conscientes e refratários ao efeito manada.

    O ódio é uma paixão doentia que tem propagação instantânea e efeitos imediatos. Não tem cura,  mas pode permanecer adormecido por muito tempo ou nunca se manifestar. O infectados após a passagem do surto se esquecem completamente do que fizeram e por que o fizeram. Ao serem confrontados com as consequências não lhe resta nem mesmo a culpa.

    Quem odeia perde o discernimento.

    Quem se deixa levar pelo ódio, talvez nunca o  tenha tido.

    Foi o ódio que derrubou Dilma. Ódio causado pela inveja impotente de quem ambicionava o poder.

    Creio que dos maiores inimigos que se possa ter é  o adversário vencido, por isso se aconselham aniquila-lo.  Num ambiente como é o político, a lealdade e  misericórdia são fraquezas.  Quem tomou o poder sabe disso.

    Aos paneleiros o fruto de suas aspirações.

    Pra eles, mais vale um desejo satisfeito que uma panela cheia.

     

     

     

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