Vamos falar de nossa história cultural?, por Carlos Ernest Dias

Vamos falar de nossa história cultural?

por Carlos Ernest Dias

Não parece haver mais dúvida de que o processo em curso de dominação política, econômica, tecnológica, climática e cultural porque o Brasil passa desde o impeachment de Dilma Rousseff em 31/08/2016 foi ampla e longamente planejado pelas forças que o implantaram. Também não parece haver dúvida de que este processo conta mais uma vez com a ingerência de forças políticas e de inteligência de outros países, mas também com o indisfarçado patrocínio econômico e moral das elites brasileiras, as mesmas que historicamente se associaram com as elites internacionais ao longo de toda a história do país, desprezando as classes populares e não se preocupando em dividir com elas os frutos e a riqueza gerada com o trabalho e com a exploração dos valiosos recursos naturais presentes no território brasileiro.

Nesse sentido, salta aos olhos e ouvidos a participação da grande mídia brasileira, a qual, usando de estratégias rigorosamente planejadas, promove uma verdadeira anestesia mental e coletiva no Brasil, mantendo a população desviada de qualquer reflexão e crítica sobre o que se passa no país, promovendo rapidamente o “esquecimento” de fatos importantes acontecidos de pouco e martelando na mesma tecla a mesma notícia por meses a fio, no caso a operação lava-jato e a podridão de “toda” a classe política sem exceção. O provável objetivo dessa estratégia, além da óbvia desestabilização do sistema político do país, como alertou Marco Aurélio Garcia pouco antes de falecer, é manter no ar a direção para onde se quer conduzir a opinião coletiva, num verdadeiro controle e direcionamento mental, sem falar na exibição diária de notícias com cenas explicitas de violência física ao ser humano, das propagandas de armas de guerra em programas dominicais e da transmissão ininterrupta de temáticas policiais e de mensagens subliminares de indução de comportamento coletivo.

Imagino não existir outro país no mundo onde um sistema de mídia associado ao poder político goze de tamanha liberdade para manter uma programação com o perfil acima sem qualquer contestação governamental ou não governamental. Não pode ser possível existir outro lugar no mundo onde as narrativas sobrepujem de maneira tão ampla as realidades e fatos ocorridos, e onde os silenciamentos se façam tão presentes na construção dessas mesmas narrativas. O prejuízo cultural decorrente dessas práticas é enorme, e se percebe ao longo da história, observando-se de que forma o país avança ou não avança em termos de desenvolvimento humano. Recorrendo a uma imagem bastante simples, o Brasil parece ser como um automóvel dirigido sem o uso de espelhos retrovisores, no qual não se vê por onde se passou, nem quais foram as dificuldades enfrentadas nem quais foram os esforços dispendidos para superá-las.

Mas não se trata de recorrer ao velho chavão de que somos um país sem memória. Ao contrário, o que é urgente hoje, aproveitando a passagem por mais um golpe contra a população, é observar que o atual governo brasileiro em exercício, cultivando um hábito muito antigo e frequente na história cultural do país, vem atacando sistematicamente a memória sobre os êxitos sociais e humanos alcançados nos últimos anos, para depois justificar a situação com frases do tipo “o povo tem o governo que merece”, “o povo brasileiro não sabe aproveitar a democracia”, sempre afirmações que contribuem apenas para aumentar ainda mais a baixa autoestima do povo brasileiro

Muito se trabalhou recentemente no Brasil em termos de construção de sua memória, e há no país hoje um amplo banco de dados disponíveis na internet, com alto nível de organização, seja em arquivos públicos ou privados, que abrangem muitos campos de conhecimento e permitem a realização de várias formas de pesquisas e consultas sobre a história cultural brasileira. Talvez o que nos falte é o adequado tratamento a esses bancos de memória, principalmente no sentido de se promover as ligações entre a memória e a história, e a posterior reflexão no sentido de se construir uma boa narrativa sobre o país, considerando todas as classes sociais e todos os interesses envolvidos em torno dos fatos e principalmente dos conflitos históricos.

No entanto, essa não parece ser uma tarefa muito simples. Desde 1838, quando foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro por D. Pedro II, percebe-se que memória e história no Brasil são tratadas como focos de prestígio político e socioeconômico, e porque não dizer, como armas de guerra. O que o demonstra é o fato de que, durante o primeiro ano de funcionamento do longevo e ainda existente Instituto, ter sido promovido o concurso “Como se deve escrever a História do Brasil”, vencido pelo botânico bávaro Karl Friedrich Von Martius (1794-1868), cujo texto foi publicado em 1845. Isso implica que qualquer estudioso da história do Brasil, seja um aluno de ensino médio, de graduação ou de doutorado terá que considerar esse fato, e se não o fizer, estará correndo o risco de compreender a história de forma parcial e tendenciosa. A direção dada por D. Pedro II para a ação historiográfica brasileira parece decorrer da preocupação em se criar uma imagem positiva do Império Brasileiro, ocultando a sucessão de revoltas ocorridas na década de 1830 (Confederação do Equador, Pernambucana, Malês, Cabanos, Farrapos) e silenciando sobre os horrores do lucrativo negócio de tráfico de africanos, o qual, àquela altura, já durava cerca de 300 anos. Ou seja, a preocupação em se contar a história conveniente aos dominadores e opressores.

Percebe-se que essa prática de silenciar ou “esquecer” é um recurso larga, esperta e sabiamente utilizado pelas elites dirigentes do país, as mesmas elites ilustradas que, depois de destruírem pela mão do Marquês de Pombal o amplo sistema de ensino construído pelos jesuítas ao longo de 200 anos, deixaram a gente da colônia na miséria educacional por mais de 50 anos, até que, com a vinda da corte e de sua burocracia em 1808, se pensasse em suprir esta grave lacuna, reconhecidamente uma das principais razões do atraso que o Brasil experimenta ainda hoje.

Tal situação parece se mostrar um tanto intrigante a observadores estrangeiros, dados os vários documentários que vem sendo feitos por produtoras estrangeiras sobre a atual conjuntura brasileira. Produções árabes e europeias vêm chamando a atenção para esta grande anomalia presente na sociedade brasileira, e manifestam seu espanto sobre como esse quadro possa se manter no Brasil de forma tão ampla e duradoura.

Entre nós brasileiros, não tem sido poucos os esforços intelectuais movidos no sentido de alterar essa situação. O grande problema parece ser o de criar maneiras de furar o bloqueio promovido por esse verdadeiro bunker midiático, responsável por manter mentes e corações ignorantes sobre si mesmos, ainda que exista um bom número de jornalistas que diariamente se manifestem critica e indignadamente sobre a situação. A produção e divulgação de material crítico e questionador em blogs brasileiros como GGN, DCM, Brasil 247, Brasil de fato, Viomundo, Nocaute, Cafezinho, Agência Pública e outros não é nada pequena, seja pelo número de autores dos conteúdos seja pelos que os comentam diariamente, comprovando que há na classe média um bom nível de consciência sobre a real situação do país.

Mas porque o trabalho desses jornalistas não alcança maior resultado e maior penetração junto à população e junto às classes médias, no sentido de trazer reflexão, crítica e consequentemente conscientização e ação política? Esta talvez seja a principal pergunta a ser feita, e provavelmente a que mais possa conduzir a respostas com potencial transformador. Penso que nossa geração deve manter em pauta esta pergunta e buscar a sua resposta, enfrentando o bloqueio midiático acima referido. Certamente não é uma tarefa fácil, mas é preciso, em primeiro lugar, ter consciência de que muitas outras gerações de brasileiros já a fizeram e também já a responderam, sem, no entanto conseguir reverter este quadro de opressão que mais uma vez se repete na história cultural brasileira.

História cultural? Não seria a história política? Não, é a história cultural mesmo. Ela é que define o comportamento das sociedades, inclusive o comportamento político. Ela é que trata dos “silêncios” e “esquecimentos” da história. Ela é também a que explica, por exemplo, como e porque um determinado país imperialista se sente muito á vontade para se infiltrar nas instituições de outros países e provocar a morte de seus melhores reitores, de seus melhores intelectuais, de seus mais bem sucedidos empresários, de seus mais bem sucedidos banqueiros, de seus melhores líderes políticos, etc. etc. Mais recentemente, a julgar pelo que se encontra no youtube para quem pesquisa sobre mudanças climáticas, esses países vêm se sentindo a vontade inclusive para interferir no clima com finalidades geopolíticas, bem acima de nossas cabeças, with a little help from their friends in Brazil. Há também o silenciado imperialismo cultural, mas sobre esse eu dou a voz a um grande antropólogo brasileiro, que é José Jorge de Carvalho, que conhece profundamente a questão. http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/26032

Prosseguindo, a primeira das reações a esse quadro de opressão midiática talvez seja simplesmente a atitude de reconhecer que ela existe. Sim, parece óbvio, mas a principal estratégia das classes opressoras é a de negar que a opressão existe. Um bom exemplo disso é a famosa expressão “teoria da conspiração”. Aqueles que inventaram essa expressão provavelmente foram os mesmos que deram início à própria conspiração. Nada como ter uma máquina midiática na mão para negar ou tirar o foco sobre determinados fatos ou verdades. Para isso promovem-se os espetáculos do futebol, das Olimpíadas, da Copa do Mundo, da corrupção, da criança esperança, do Rock in Rio, da guerra do tráfico, etc…

O bunker midiático e enganador, no caso brasileiro, parece ter começado a se estruturar, como dizíamos, em 1838, com o IHGB, o qual, em funcionamento até hoje, foi sacralizado como uma instituição intocável e detentora da verdade sobre a história do Brasil, assim como inúmeras outras instituições criadas na mesma época e com a mesma finalidade, incluindo o Conservatório de Música, como mostra Antônio Augusto. https://revistas.ufrj.br/index.php/rbm/issue/viewIssue/371/126  Esse aspecto opressor da história cultural brasileira, no entanto, vem sendo pouco considerado nas atuais análises sobre a crise brasileira, tamanha ênfase dada às histórias política e econômica.

Chegamos então ao objetivo central da argumentação aqui desenvolvida, a qual se concentra na seguinte tese: a estrutura da sociedade brasileira e a atual situação por que passa o país ainda vem sendo ditada por forças estrangeiras tributárias de um capitalismo internacional, o qual, segundo Darcy Ribeiro, teve nos estados nacionais de Portugal e Espanha, assim como em suas colônias, as principais sementes que viriam a marcar todo o processo civilizatório do mundo ocidental, movimentando milhões de indivíduos entre diversos países de pelo menos três continentes. Não é pouca coisa, mesmo.

Mas o que Darcy frisa inúmeras vezes é que somos um povo novo, desindianizado, deseuroperizado e desafricanizado. Deseuropeus, desíndios e desafros, é o que somos, mais exatamente, segundo o grande político, antropólogo e escritor. Não hesitaria em dizer que o fato de não nos reconhecermos nesta original condição de povo novo com essas características é um dos principais motivos de não conseguirmos sair do lugar enquanto nação oprimida, e de não resistirmos aos sucessivos golpes que se repetem em nossa história, mas que no fundo é sempre o mesmo, é o velho golpe das endinheiradas elites anglo-saxãs colonialistas contra os sofridos povos afro-americanos colonizados.

Mas porque, sempre que discutimos este assunto, nos vem a sensação de que somos os primeiros a descobrir essa verdade?

Não há uma única razão para isso, mas uma delas com certeza é o fato de a história ter sido e continuar sendo contada de forma conveniente para alguns e de forma irresponsável para com outros. Além disso, como já disse Guerreiro Ramos em 1957 e Roberto Schwarz em 1986 , não há no Brasil uma continuidade da reflexão sobre a própria sociedade, ou seja, a reflexão alcançada por uma geração não é transmitida para a geração subsequente, o que resulta numa espécie de eterno começo, e também numa continuada ignorância sobre quem somos.

Já é hora de toda a população brasileira reconhecer que livros de história ou de sociologia, filmes e documentários, literatura, teatro, música e a cultura de forma geral são combatidos no Brasil como se combatem soldados numa guerra, e que o desenvolvimento da reflexão, da inteligência, do pensamento crítico ou mesmo do livre-pensar no Brasil são vigiados como se vigiam criminosos de alta periculosidade. Já é hora também de reconhecer que existe um verdadeiro pânico por parte das elites anglo-saxãs que o povo brasileiro assuma e reconheça sua condição de povo novo, e que o bunker midiático existente no Brasil de hoje é a grande arma de guerra dessas elites para evitar que isso aconteça, como outrora foram canhões, fuzis, tanques e metralhadoras. Finalmente, já é hora de assumirmos o protagonismo e exercermos um contraponto a séculos de dominação exercida pelas mesmas elites, mas para isso precisamos conhecer e falar sobre a nossa história cultural, para assim sabermos quem somos e qual a medida de nosso valor e de nossa capacidade para transformar essa situação.

Carlos Ernest Dias – Prof. Dr. na Escola de Música da UFMG atuando nas interfaces entre Música, História Cultural e culturas brasileiras.

Fontes citadas:

Augusto, Antônio. A civilização como missão: o conservatório de música no Império do Brasil. Revista brasileira de música PPGMUS Escola de Música da UFRJ v. 23/1 2010. Disponível em https://revistas.ufrj.br/index.php/rbm/issue/viewIssue/371/126

CARVALHO, José Jorge de. Imperialismo Cultural: uma questão silenciada. In: Revista USP, São Paulo (32):66-89, dez.-fev. 1996-97.

Carvalho, José Murilo de. As marcas do período. In A construção nacional: 1830-1889, volume 2 coordenação José Murilo de Carvalho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. (História do Brasil Nação: 1802-2010; 2), p. 19-35

Ribeiro, Darcy. O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Ramos, Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editorial Andes Limitada, 1957

Schwarz, Roberto. Nacional por subtração. In Cultura e Política. São Paulo: Paz e Terra

Redação

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  • defendo a tese que não existe

    defendo a tese que não existe povo brasileiro. Um povo é uma união de pessoas com identidade clara, com laços de união, de objetivos mínimos, de história comum.

    Nós não temos isto. Somos um catadão de pessoas oriundas das mais variadas etnias e povos, que foram jogadas aqui contra vontade ou por pura necessidade. Gente que vive aqui por falta d eopção. gente que não vê laço real com os outros, mas sim enxerga adversários e inimigos. Enquanto formos isso, nãos eremos povo e não temos chance.

    Agora, como transformar o catadão de sobreviventes em um povo? Muitos já falaram que a identidade comum de povo só surge após grandes tragédias e muito sangue. Espero que estes não seja o único caminho. talvez possamo fabricar um aidentidade única geral com uma educação decente direcionada em um processo de décadas e gerações. Talvez, se o governo criar uma empresa de grande mídia estatal, pra peitar globo, como se fosse a nossa bbc, e usar com competência estes espaço pra fabricar a identidade de povo, aí seja possível.

  • O PT não podia ter salvo a

    O PT não podia ter salvo a Globo endividada em 2003. devia ter cobrado a dívida e acabado de enfair a faca.

    Criar uma lei de mídia, pra quebrar os monopólios familiares.

    Criar e bombar uma grande empresa de mídia esatatal, uma bbc brasileira, pra competir com a globo, roubar a audiencia dela, roubar os patrocinadores dela, e usar esta máquina pra forjar um povo brasileiro esquerdista e politicamente engajado.

  • Prezado Carlos Ernest, bom

    Prezado Carlos Ernest, bom dia.

    Raramente posto algum comentário, mas seu artigo é de tamanha importância e profundidade que não posso deixar de agradecer e fazer uma minúscula sugestão quanto ao uso de um termo que, a meu ver, não cabe neste contexto.

    Logo no primeiro parágrafo você se refere a uma pretensa "elite brasileira". Creio ser este o único termo a ser substituído, a bem da verdade factual e da precisão científica, em seu brilhante texto.

    Não se pode chamar de elite a rasteira e rastejante classe dominante desta pedaço de chão do planeta (não posso chamá-lo de país, pois ainda não o é de fato, menos ainda de nação...), pelo valor simbólico que este termo carrega.

    Isto posto, parabéns!!! Reflexões como a sua são imprescindíveis para nosso caminhar e para embasar um futuro mais claro para nós todos que nos sentimos, de verdade, filhos deste rincão querido chamado Brasil, que um dia será o País livre, soberano e justo a abrigar esta linda Nação composta pela variedade maravilhosa desta gente.

    Aproveito para agradecer ao GGN, e aos outros blogs citados, por divulgar textos como este. Ainda bem que existem (os textos e os blogs)!

    Abraços,

    Marcelo Barros

     

    • Caro Marcelo, boa tarde
      Eu é
      Caro Marcelo, boa tarde
      Eu é que agradeço muito pelas suas considerações!
      Aproveito para "comentar" o seu comentário com mais um trecho do Darcy Ribeiro, em "O povo brasileiro", p 247-48
      Lembrando que ele escrevia isso há 22 anos, como se enxergasse exatamente o que acontece hoje!
      Abraço

      "Velhas questões institucionais, não tendo sido resolvidas nem superadas, continuam sendo os principais fatores de atraso e, ao mesmo tempo, os principais motores de uma revolução social. Com efeito, a grande herança histórica brasileira é a façanha de sua própria constituição como um povo étnica, nacional e culturalmente unificado. É, também, o malogro dos nossos esforços de nos estruturarmos solidariamente, no plano socioeconômico, como um povo que exista para si mesmo. Na raiz desse fracasso das maiorias está o êxito das minorias, que ainda estão aí, mandantes. Em seus desígnios de resguardar velhos privilégios por meio da perpetuação do monopólio da terra, do primado do lucro sobre as necessidades e da imposição de formas arcaicas e renovadas de contingenciamento da população ao papel de força de trabalho superexplorada.
      Como não há nenhuma garantia confiável de que a história venha a favorecer, amanhã, espontaneamente, os oprimidos; e há, ao contrário, legítimo temor de que, também no futuro, essas minorias conformem e deformem o Brasil segundo seus interesses; torna-se tanto mais imperativa a tarefa de alcançar o máximo de lucidez para intervir eficazmente na história a fim de reverter sua tendência secular"

      • Boa tarde, prezado

        Boa tarde, prezado Carlos.

        Muito me lisonjeia sua resposta, até por citar o grande Darcy Ribeiro, meu admirável conterrâneo.

        Me pergunto como é que pode um povo que gerou um Darcy Ribeiro continuar vivendo na penúria sócio-econômico-cultural a que continuamos condenados, aparentemente.

        Talvez a resposta (e a esperança da superação deste estado de coisas) venha do próprio Darcy, quando numa entrevista antológica, disse mais ou menos que "fracassei em quase tudo o que tentei, mas não gostaria de estar onde estão os que me venceram"!!!!

        Esta fidelidade aos próprios princípios (voltados para a grande maioria), baseada na agudez de visão que teve e nos legou, pode ser um dos pilares na construção de um futuro menos tenebroso. Ao menos, creio e espero por isto!

        Abraços e muito agradecido.

         

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