Transferência das atividades de pesquisa exploratória, de Santos para o RJ, é péssima notícia para São Paulo

do Sindipetro-LP

Transferência das atividades de pesquisa exploratória, de Santos para o RJ, é péssima notícia para São Paulo

A decisão da PETROBRÁS de transferir para o Rio de Janeiro todas as atividades de pesquisa exploratória hoje realizadas no escritório de Santos é péssima notícia para o Estado de São Paulo e, em última instância, para a engenharia e as geociências produzidas aqui.

Ainda que estejamos falando de um grupo limitado, de algumas dezenas de pessoas, a notícia é grave porque aponta para uma tendência futura de desmobilização das atividades em São Paulo, como já ocorre Brasil afora. Estamos presenciando o esfacelamento da maior empresa brasileira, um patrimônio de nosso povo.

Não se trata de opinião alarmista, mas de fatos. A PETROBRÁS está fechando vários escritórios em vários estados, colocando várias refinarias à venda e seu presidente atual fala abertamente em diminuí-la para depois extingui-la como empresa estatal.

Fatos de imensa gravidade, com enormes prejuízos para o nível de empregos qualificados, para a produção brasileira de ciência e tecnologia e, principalmente, para o desenvolvimento de nosso país. Estamos falando de abrir mão de riquezas do povo brasileiro em favor do o capital internacional.

Como é possível que nós, brasileiros, renunciemos ao nosso sonho de desenvolvimento autônomo?

Onde existe, a PETROBRÁS é propulsora da economia local, fomentando a criação de empresas e empregos em sua longa cadeia de fornecedores, com consequências evidentes e muito positivas para a economia e a arrecadação tributária dos estados.

E desde que a PETROBRÁS descobriu o pré-sal, nossa riqueza petrolífera mudou de patamar.

Ganhamos a chance de construir um futuro de excelência na educação, na saúde e na indústria nacional.

Somente na porção de nossos mares conhecida como polígono do pré-sal, que tem boa parte localizada em águas paulistas, estamos falando de um patrimônio de 5 a 10 trilhões de dólares, a depender do volume e do preço do petróleo.

Por último, mas não menos importante, os profissionais da PETROBRÁS sempre estiveram comprometidos com a disseminação de seu conhecimento na interação com as universidades e institutos de pesquisa.

A concentração dessa massa crítica numa única cidade é um contrassenso para uma empresa que, sendo estatal, tem como uma de suas missões a integração nacional.

Portanto, tanto do ponto de vista econômico quanto do fomento da engenharia e das geociências, o início da saída da PETROBRAS é prenúncio de grandes prejuízos futuros para o Estado de São Paulo.

Nota emitida pelo Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo

Redação

Redação

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  • emerson57 • 27 minutos atrás

    Senhores bolçodorias,
    Quanto V. Sas. perderam com o aludido roubo do PT?
    Quanto V.Sas ganharam com o golpe?
    Porque o Brasil que diziam ser roubado era a 6° economia do mundo e após o golpe estamos em 10° e caindo?

    emerson57 • 24 minutos atrás

    Por favor, respondam rápido!
    Após o neo- AI5 bolçodorico que se avizinha, não mais será possivel.

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