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A CNBB-Rio contra o PNDH-3

Em abril iniciou-se os movimentos da CNBB no Rio em resposta ao PNDH-3:

Dom Filippo Santoro: PNDH-3 propõe visão reduzida da pessoa humana

(http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18801)

RIO DE JANEIRO, 26 Abr. 10 / 06:47 pm (ACI).- A Pastoral de Católicos na Política da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e do Leste 1 da CNBB promoveu no dia 24 de abril, no Rio, um encontro com o tema “A Doutrina Social da Igreja e o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos”, o qual contou com a participação de políticos e de vários bispos católicos do Estado Rio, entre eles Dom Filippo Santoro, bispo de Petrópolis. Durante o encontro, foi aprovada a nota oficial da pastoral sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, com críticas a diversos pontos do documento.

Para Dom Filippo, há temas tratados no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) que não foram submetidos a um debate nacional, inclusive desrespeitando a autonomia do Congresso Nacional, agredindo a Constituição Federal e a legislação em vigor. Para o bispo, a forma como o plano foi apresentado traz graves preocupações, não apenas pela questão doaborto, do casamento de homossexuais, das adoções de crianças por casais do mesmo sexo, pela proibição de símbolos religiosos nos lugares públicos, pela transformação do ensino religioso em história das religiões, pelo controle da imprensa, a lei da anistia e outros pontos, “mas, sobretudo, por uma visão reduzida da pessoa humana”. Para o prelado “a questão em jogo é principalmente antropológica: que tipo de pessoa e de sociedade é proposto para o nosso país”.

Segundo a Pastoral dos Católicos na Política, trata-se de um projeto reduzido de humanidade, destinado a mudar profundamente a nossa sociedade. “O programa do Governo é um claro ato de autoritarismo que enquadra os direitos humanos num projeto ideológico, intolerante, que fez retroceder o país aos tempos de ditadura”, afirma a nota da pastoral.

Abaixo segue a nota crítica ao Plano Nacional de Direitos Humanos da Pastoral dos Católicos na Política do Rio de Janeiro e do Regional Leste 1:

Abaixo a nota na íntegra da Pastoral:

A Pastoral de Católicos na Política da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e do Leste 1 se manifesta por meio desta Nota sobre a proposta de implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançada pelo Governo Federal.
1 – O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) aborda uma temática que não lhe compete, que não foi submetida a um debate nacional, inclusive desrespeitando a autonomia do Congresso Nacional, agredindo a Constituição Federal e a legislação em vigor. Suscita, com efeito, graves preocupações não apenas pela questão do aborto, do casamento de homossexuais, das adoções de crianças por casais do mesmo sexo, pela proibição de símbolos religiosos nos lugares públicos, pela transformação do ensino religioso em história das religiões, pelo controle da imprensa, a lei da anistia, etc, mas, sobretudo, por uma visão reduzida da pessoa humana. A questão em jogo é principalmente antropológica: que tipo de pessoa e de sociedade são propostos para o nosso País.

2 – No programa se apresenta uma antropologia reduzida que sufoca o horizonte da vidahumana, limitando-o ao puro campo social. Dimensões essenciais são negadas ou ignoradas: como a dignidade transcendente da pessoa humana e a sua liberdade; o valor da vida, dafamília e o significado pleno da educação e da convivência. A pessoa e os grupos sociais são vistos como uma engrenagem do Estado e totalmente dependentes de sua ideologia.

3 – Os aspectos positivos, que também existem, e que constituíram grandes batalhas da CNBB e de outras importantes organizações da sociedade civil, são englobados dentro de um sistema ideológico que não respeita a concepção de vida humana da grande maioria do povo brasileiro. Por isso, são de grande valia os pronunciamentos de tantos setores da sociedade, que mostraram profunda preocupação com as conseqüências da aplicação desse Programa.

4 – Nesta 3ª edição do PNDH, estamos diante de uma cartilha de estilo radical-socialista. Trata-se de um projeto reduzido de humanidade destinado a mudar profundamente a nossa sociedade.

5 – Vida, família, educação, liberdade de consciência, de religião e de culto não podem ser definidos pelo poder do Estado ou de uma minoria. O Estado reconhece e estrutura estes valores que dizem respeito à dignidade última da pessoa humana, que é relação com o infinito e que nunca pode ser usada como meio, mas é um fim em si mesma. A fonte dos direitos humanos é a pessoa e não o Estado e os poderes públicos.

6 – O programa do Governo é um claro ato de autoritarismo que enquadra os direitos humanos num projeto ideológico, intolerante, que fez retroceder o país aos tempos de ditadura.

7 – Diante desse instrumento de radicalização, somos todos interpelados face às ameaças que dele derivam à eficácia de valores vitais, como os da vida, da família, da pessoa, do trabalho, da liberdade e da Justiça.

8 – Os membros da Pastoral de Católicos na Política da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e do Leste 1, que abaixo assinam, posicionam-se fortemente contra tal programa e desejam ver bem discutidas estas propostas de modo a transformá-las, de ameaça que são, em um esforço útil a todo o Povo Brasileiro.

 

 

Dom Filippo Santoro fala sobre Política na UCP (Universidade Católica de Petrópolis)

Fonte: http://www.ucp.br/html/joomlaBR/index.php?option=com_content&task=view&i…)


O VOTO TEM CONSEQÜÊNCIA, DIZ DOM FILIPPO
 

O Grão-Chanceler da Universidade Católica de Petrópolis, Bispo Dom Filippo Santoro ministrou na última sexta (10/07) no campus BC a palestra “Juízo, Critérios e Orientações para as Eleições 2010”. O encontro, organizado pelo Movimento Comunhão e Libertação, teve como objetivo aprofundar critérios para as eleições, com base em cartilha elaborada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que contém 10 orientações para votar bem.

Segundo Dom Filippo, a política é o instrumento para se alcançar o bem comum, sendo preponderante o papel de cada cidadão na construção do mundo que se espera. O Bispo afirmou ainda que os critérios da Igreja Católica são derivados do uso correto da razão aplicada à realidade, e não da fé. Segundo ele, a fé ilumina o juízo sobre temas como vida, família e educação. “A fé ilumina a razão”, completou.

Dentre os principais critérios e orientações para as eleições destacam-se a valorização do voto, a defesa da dignidade da pessoa humana e da vida, a defesa da família, a liberdade de educação, a solidariedade e a construção de uma cultura da paz. Dom Filippo salientou que conhecer bem os candidatos é fundamental e que o ‘Ficha Limpa’ é uma conquista que não se pode deixar perder.

“Nessas eleições estão em jogo valores muito grandes porque a sociedade está em uma época de grandes transformações, passando por revisões de conceitos como família, religião, educação e Deus”, disse Dom Filippo, ao ponderar que é preciso ter comprometimento com as grandes questões da atualidade. 

 NOTA: Universidade Católica de Petrópolis (UCP) a mesma Universidade na qual Leonardo Boff foi impedido de entrar para realizar seminário sobre saúde orgainzado pela Prefeitura Municipal.

 O teólogo e filósofo Leonardo Boff foi vetado de proferir de uma palestra que aconteceria na II Conferência Municipal de Saúde Mental, que começou na manhã de ontem na Universidade Católica de Petrópolis (UCP). O veto teria partido do bispo Dom Filippo Santoro, chanceler da universidade. Em nota enviada ao “Diário”, a assessoria de imprensa do bispo informou que o veto partiu da reitoria. Esta, não se pronunciou.

(http://www.diariodepetropolis.com.br/2010/04/09/teologo-e-censurado-em-p…)


Luis Nassif

Luis Nassif

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