por Ulisses de Souza
Caro Nassif,
Tenho quase 50 anos no jornalismo. Trabalhei na grande imprensa – como Folha de S.Paulo – e nunca tive problemas com o Judicinário nessa época. Hoje, no interior, ainda na labuta, desisti de pagar advogado (*). A primeira instância nos condena de acordo com o grau de poder do requerente. Fui condenado à revelia em processos movidos por policiais militares e hospital. Fui condenado por denunciar com provas. O Judiciário chegou ao cúmulo de autorizar a penhora de 1/6 sobre a parte da minha mãe, após seu falecimento, do imóvel que sempre foi “bem de família” dos meus pais. Os meus exemplos são intermináveis.
Acho que poderíamos montar uma ONG – alguma coisa – em defesa dos profissionais nessa situação. Sei lá! Sindicato? OAB? (o interior é pródigo em advogados conservadores e litigantes de má-fé).
Acho que somos muito nessa situação. Tomara que esse seu desabafo possa surtir algum efeito. Além de jornalista sou economista e você tem minha admiração.
Ulisses de Souza
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Força Ulisses e Nassif,ainda existem bons jornalistas, principalmente e Ranharia!
Abraços.
Corrigindo: "...em Rancharia."
Assustador o que vem sendo feito contra o Nassif pelo Judiciário.
Na verdade, é a implantação do fascismo em marcha.
O poder judiciário sempre foi um instrumento de coerção das elites. Com a Constituição de 1988, adquiriram um poder fora do controle da sociedade. O mesmo ocorreu com o Ministério Público.
Penso que a vitaliciedade precisa acabar urgentemente. Dez anos de exercício no cargo e adeus. O mesmo com o MP.
Nassif merece toda nossa solidariedade. Não apenas pelo ser humano que é e pelo que defende mas também pelo enorme serviço que presta à sociedade.
Um abraço ao Nassif e a todos e todas.