Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 19/3/2011 19:21 Lá, como cáO Obama atual que governa os EUA, não é o mesmo candidato que foi eleito. Ele descobre agora as barreiras que deviam constar em uma “Carta aos Americanos”……Nos Estados Unidos, mídia faz críticas à visita de Obama ao Brasil | Agencia Brasil Carolina Pimentel e Allen Bennett* Repórteres da Agência Brasil Brasília – Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos avaliaram hoje (19) como inoportuna a visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que cria uma zona de exclusão aérea na Líbia e permite uma intervenção contra as tropas de Muammar Khadafi – posição contrária à dos norte-americanos. Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a retirada de taxas à importação do etanol.
O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa, mas destacou que o presidente tinha condições de ‘administrar’ a crise na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos, já que a maioria de seus assessores para segurança nacional integram a comitiva.
A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil de awkward, ou seja, inábil e desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia. Para o canal de TV FoxNews, a viagem de Obama ao Brasil e a outros países da América do Sul é uma espécie de férias na região e uma tentativa de fugir dos problemas urgentes internos, como a crise com o orçamento, o risco de acidente nuclear grave no Japão e a crise na Líbia.
O jornal Miami Herald avaliou que a visita é um ‘pano de fundo da crise militar com a Líbia’. O jornal publicou fotos de protestos contra a viagem de Obama ao Brasil.
O conservador Weekly Standard sugeriu que Obama aproveitasse a visita para tratar com a presidenta Dilma Rousseff do apoio da Venezuela às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Para o jornal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi incapaz de lidar com essa questão. O jornal Los Angeles Times considerou a viagem ‘morna e convencional’ e lembrou que a Colômbia, maior aliado dos Estados Unidos na América do Sul, ficou fora do roteiro. Segundo o jornal, a explicação é que o país vai sediar uma Cúpula das Américas no próximo ano e que há um tratado de livre comércio com os colombianos parado no Congresso americano.
No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi ‘modesto’.
A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a presidenta Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da imprensa, assim como com Obama. Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é vista como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: a ambição de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e de retirar taxas à importação do etanol brasileiro.
*Allen Bennett é editor do The News in English
Edição: Graça Adjuto Por Marcia
Nos Estados Unidos, mídia faz críticas à visita de Obama ao Brasil Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos avaliaram hoje (19) como inoportuna a visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que cria uma zona de exclusão aérea na Líbia e permite uma intervenção contra as tropas de Muammar Gaddafi – posição contrária à dos norte-americanos
Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a retirada de taxas à importação do etanol. O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa, mas destacou que o presidente tinha condições de “administrar” a crise na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos, já que a maioria de seus assessores para segurança nacional integram a comitiva.
A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil de “awkward”, ou seja, inábil e desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia.
Para o canal de TV FoxNews, a viagem de Obama ao Brasil e a outros países da América do Sul é uma espécie de férias na região e uma tentativa de fugir dos problemas urgentes internos, como a crise com o orçamento, o risco de acidente nuclear grave no Japão e a crise na Líbia. O jornal Miami Herald avaliou que a visita é um “pano de fundo da crise militar com a Líbia”. O jornal publicou fotos de protestos contra a viagem de Obama ao Brasil.
O conservador Weekly Standard sugeriu que Obama aproveitasse a visita para tratar com a presidente Dilma Rousseff do apoio da Venezuela às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Para o jornal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi incapaz de lidar com essa questão.
O jornal Los Angeles Times considerou a viagem “morna e convencional” e lembrou que a Colômbia, maior aliado dos Estados Unidos na América do Sul, ficou fora do roteiro. Segundo o jornal, a explicação é que o país vai sediar uma Cúpula das Américas no próximo ano e que há um tratado de livre comércio com os colombianos parado no Congresso americano. No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi “modesto”.
A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a presidente Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da imprensa, assim como com Obama
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