Movimento Passe Livre repudia violência contra partidos e grupos na manifestação de quinta na Paulista

Jornal GGN – O Movimento Passe Livre (MPL), divulgou uma nota na madrugada desta sexta (21) por meio de sua página no Facebook na qual repudia os “episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos” ocorridos na manifestação realizada na noite de quinta (20) na avenida Paulista.

Segundo o MPL, a tarifa livre é uma bandeira histórica das organizações de esquerda, e o grupo se posiciona como parte e fruto dessa história.

Na nota, o movimento afirma que é apartidário – sem ligação com partidos políticos – mas não antipartidário. E esclarece que repudia os atos de violência contra militantes os partidos “da mesma maneira que repudiamos a violência policial”; chamando de oportunistas os que tentaram excluir os partidos da luta.

Lucas Oliveira, um dos líderes do MPL, afirmou em entrevista telefônica ao Jornal GGN, que o movimento seguiu na manifestação até a Praça Oswaldo Cruz, onde se dispersou. Segundo Lucas, “alguns manifestantes seguiram na Paulista, mas por vontade própria”. Ele reconheceu que entre os manifestantes há grupos de direita, mas afirmou que “o MPL está incluído em um campo à esquerda da sociedade”.

O Movimento Passe Livre afirmou que não convocou os próximos atos, marcados esta sexta-feira (21) na Praça Roosevelt, contra a PDL 234/2011 – Proposta conhecida como Cura Gay – e no sábado (22) no MASP, contra a PEC 37 – chamada de PEC da Impunidade.

Leia abaixo a nota completa

Nota nº. 11: sobre o ato desta 5ª feira

O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje (quinta-feira – 20) faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.

O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.

O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.

Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.

MPL-SP

Veja mais em: Mascarados iniciam confusão no sétimo ato contra a tarifa em São Paulo

Redação

Redação

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  • Alguns jornalistas acreditam
    Alguns jornalistas acreditam que deste CAOS de ontem uma nova ORDEM surgirá amanhã. Duvido disto. Sou apenas um observador dos fatos e um modesto estudioso dos fenômenos jurídicos e históricos, mas discordo destes jornalistas. Este é o CAOS que precede um CAOS ainda maior. 
    Quando uma pequena multidão excitada por "anarquistas bem vestidos, bem nascidos e bem treinados" ocupa as ruas para destruir o legítimo poder que emanou das urnas frequentadas por mais de 100 milhões de brasileiros iguais perante a Lei Eleitoral há um evidente conflito entre dois princípios de poder: o que decorre da força bruta, do nascimento e do poder econômico x a soberania popular que iguala pobres e ricos. 

    O resultado desta colisão só pode ser a predominância de um princípio de poder sobre o outro com guerra civil, aberta ou suja. Em qualquer dos casos HÁ MAIS CAOS pela frente. Conflitos desta natureza geralmente começam pacíficos e rapidamente evoluem para orgias desenfreadas de abominável violência irracional.  Meu Facebook já está sendo censurado. Não pude postar este comentário lá.

  • Mais uma coisa: ainda não vi

    Mais uma coisa: ainda não vi manifestante botando fogo nas sedes das PMs (que metem bala no povo) e Quartéis (que sugam o orçamento da União).

  • Tenho a impressão que esses

    Tenho a impressão que esses jovens foram usados... porque realmente não dá para entender contra o que eles manifestaram em concreto, mas os protestos nascidos em São Paulo contra o aumento das tarifas dos meios viraram um protesto contra a Dilma, Haddad e os malditos estádios da Copa... Foi isso que os mídias passaram para todo mundo, inclusive jornalistas extrangeiros. Lá fora, quase não se menciona o MPL, mas só os gastos para a Copa.

    De repente a classe média brasileira descobriu os pobres. Parabéns.

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