Do Correio Braziliense
Brasília-DF – Luiz Carlos Azedo
O episódio da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro, causou um certo desgaste, desnecessário, ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito da cidade, Eduardo Paes, ambos do PMDB. As duas autoridades querem demolir o antigo Museu do Índio para fazer um estacionamento que atenderá o Estádio do Maracanã. E o caso poderia ter ficado pior, na semana passada, se a Polícia Militar retirasse à força os grupos indígenas que estão no prédio.
O ex-secretário Nacional de Justiça Pedro Abramovay, hoje na Fundação Getulio Vargas, esteve ontem no local verificando a situação e, por meio das redes sociais, constatou: “Triste ver o desrespeito à nossa história por parte das nossas autoridades, que querem destruir tudo para aumentar a calçada em torno do Maracanã”, postou. Ele está correto. Não se trata apenas de uma moradia para os índios, mas de um monumento histórico.
Antes de tomar uma decisão dessa natureza, as autoridades deveriam consultar especialistas e, principalmente, a sociedade. Felizmente, a Justiça do estado suspendeu a retirada dos índios por alguns dias, para que o assunto seja novamente analisado.
Caso Unaí
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Domingos Dutra (foto), do PT do Maranhão, vai realizar uma audiência com a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, responsável pelo processo da morte dos três fiscais e do motorista do Ministério do Trabalho. Eles foram executados quando se encontravam em diligência, em Unaí (MG), há nove anos. O encontro será na próxima semana, e o objetivo é apressar o julgamento dos acusados. Na semana passada, o Ministério Público também cobrou pressa para o júri.
R$ 12,7 milhões
é o valor movimentado no Baixo São Francisco alagoano com a colheita de arroz e de cana-de-açúcar no Perímetro Irrigado do Boacica, mantido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no município de Igreja Nova (AL).
Cachaça
A cidade de Salinas, em Minas Gerais, inaugurou o Museu da Cachaça, que é uma das suas principais bases econômicas. A cidade produz 5 milhões de litros e tem mais de 50 rótulos comercializados, sendo o município onde há a maior produção desse tipo de bebida de forma artesanal no Brasil. Salinas é a única cidade brasileira que oferece curso de nível superior relacionado à cachaça.
Antenas
O Senado espera, até o próximo dia 8, manifestações sobre o projeto que uniformiza a legislação para a instalação de antenas de celular, a chamada Lei Geral das Antenas. A proposta foi aprovada no fim do ano passado pela Comissão de Ciência e Tecnologia. Se não houver pedido para que seja analisado pelo plenário, o projeto segue direto para a Câmara. Além das antenas, a medida obriga o compartilhamento da capacidade excedente da infraestrutura de telefonia e de banda larga móveis.
Belo Monte
A execução do Plano de Proteção às Terras Indígenas impactadas pela hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), está atrasada em quase dois anos. A notícia foi dada pela própria Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Instituto Sócio-Ambiental (ISA), que se utilizou da Lei de Acesso à Informação para obter os dados. A organização não governamental diz que a situação é preocupante, no momento em que dados sobre o desmatamento apontam para o aumento da devastação na área.
Haitianos/ Pelo menos 600 haitianos chegaram a Brasileia, no Acre, na fronteira com a Bolívia. Os estrangeiros começaram a imigrar ao Brasil há três anos, depois do terremoto que arrasou o país caribenho. O problema é que eles estão alojados em locais precários e até sem energia elétrica. Muitos homens estão sendo contratados por empresas brasileiras, mas a maioria não consegue trabalho.
Museus/ A Comissão Nacional da Verdade realiza, na quarta-feira, uma mesa-redonda para tratar sobre museus e memória. Será no auditório do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em Brasília.
Secretário
O vereador Netinho de Paula (foto), do PCdoB de São Paulo, será empossado amanhã na Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial da prefeitura. O evento começa às 17h, no Vale do Anhangabaú, onde será realizado um ato ecumênico que celebra o Dia de Combate à Intolerância Religiosa. Netinho quer desenvolver dois projetos, sendo o principal deles, o programa Juventude Viva, que visa despertar a autoestima dos jovens da periferia.
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