Sem registros de atuação como advogado no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro disse que usou sua remuneração de advogado para pagar parte da mansão de R$ 6 milhões, comprada em área nobre de Brasília.
O filho do presidente é investigado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TF-DFT), em ação protocolada pela deputada Erika Kokay (PT), questionando a capacidade do senador de pagar R$ 2,87 milhões e de receber um financiamento do Banco de Brasília de outros R$ 3,1 milhões.
Segundo a defesa de Flávio Bolsonaro, a renda familiar do senador “não está adstrita somente à remuneração percebida pelo réu no exercício da atividade parlamentar, visto que o mesmo atua como advogado, além de empresário e empreendedor, por muitos anos”.
Como senador, Flávio pode atuar como advogado, exceto em casos envolvendo a administração pública. Entretanto, reportagem da Folha de S.Paulo averigou que não há registros de que o filho do presidente tenha atuado como advogado no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, onde ele tem inscrição na OAB, ou em instâncias superiores.
Inicialmente, justificou que era sócio da franquia da Kopenhagen, no Rio de Janeiro, e que a venda de 50% da participação dessa franquia e a venda de outro imóvel no Rio permitiram a compra da casa.
A mesma franquia da Kopenhagen é suspeita de ter sido usada para lavar dinheiro no esquema da rachadinha, enquanto trabalhava na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
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