Suspeito de matar Marielle recebeu ajuda de Bolsonaro no passado

Principal suspeito de matar Marielle Franco (PSOL), o policial reformado Ronnie Lessa admitiu que obteve uma ajuda do presidente Jair Bolsonaro, em 2009, quando ele era deputado federal.

Em entrevista à revista Veja, Lessa narrou um episódio em que contou com a ajuda de Jair Bolsonaro para receber prioridade em um atendimento na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).

Preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020, o policial reformado é o principal acusado de matar a ex-vereadora do Rio, Marielle Franco, e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Quando foi preso, Ronnie Lessa estava em seu apartamento na Barra da Tijuca, coincidentemente o mesmo condomínio da família de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ele disse que nunca foi próximo do presidente, mas narrou o episódio da “ajuda”.

Na época, o atual presidente da República e então deputado federal era “patrono da ABBR” e interferiu para que o policial reformado conseguisse prioridade no atendimento da associação. Lessa disse à revista que isso ocorreu porque Bolsonaro “gosta de ajudar quem é da polícia”.

O então policial havia perdido parte de sua perna esquerda depois de uma explosão de uma bomba, e recebeu uma prótese o tratamento na associação.

Apesar de preso, ele nega envolvimento no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo ele, o principal suspeito seria o ex-capitão Adriano da Nóbrega, morto em 2020 pela polícia, conhecido como chefe do “Escritório do Crime”.

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