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Brasil e Colômbia contra as doenças tropicais

Estaremos perto de uma cura para o Mal de Chagas? Seria algo importantíssimo, ainda mais pensando que é doença que não dá lucro para laboratórios farmacêuticos. Se bem que essa negligência dos grandes laboratórios pode até facilitar o caminho para a cura, uma vez que por seu tratamento não dar lucro aos fabricantes, desaparece o estímulo para paliativos que permitem o lucro a longo prazo dos tubarões do remédio.

De qualquer forma, a busca da cura desse mal é algo que a medicina brasileira precisa tomar como questão de honra. Já que é doença que não interessa às multinacionais, interessa ao Brasil e curá-la também seria uma bela afirmação de soberania. Segue:

30/03/2011 07h00 – Atualizado em 30/03/2011 07h00

 

Descoberta de cientistas brasileiros oferece tratamento para Chagas ‘Trypanosoma cruzi’ causa mutações genéticas nas células do hospedeiro.
Teoricamente, transplante de medula óssea evita as lesões no coração.

Tadeu Meniconi Do G1, em São Paulo

Cientistas brasileiros elaboraram um novo tipo de tratamento para a doença de Chagas. A possível cura é baseada em mais de 30 anos de estudos que levaram à compreensão de como oTrypanosoma cruzi – protozoário que causa a doença – interage com o corpo do hospedeiro.

As pessoas infectadas pela doença de Chagas sofrem lesões no coração que levam à morte. Antônio Teixeira, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), descobriu que as lesões não são necessariamente causadas pelo T. cruzi, mas pelo próprio sistema imunológico do hospedeiro – processo conhecido como autoimunidade.

Ao longo de anos pesquisas, os cientistas descobriram que o microorganismo causa mutações genéticas nas células do hospedeiro. Uma vez que isso acontece, o sistema imunológico passa a produzir linfócitos – células de defesa – defeituosos, que atacam o coração. Desta forma, exterminar o protozoário não é suficiente para eliminar a doença.

O estudo mais recente foi feito com galinhas, que são imunes à infecção pelo T. cruzi. Com a mutação genética induzida, desenvolveram problemas cardíacos bastante semelhantes aos causados pela doença de Chagas, comprovando a hipótese. Essa pesquisa foi publicada pela revista científica “PLoS Neglected Tropical Diseases”.

Com a descoberta, há um novo tratamento possível para a doença de Chagas. Os linfócitos são produzidos na medula óssea. Portanto, Teixeira sugere que, matando os linfócitos e fazendo um transplante de medula óssea – tratamentos já existentes –, seja possível prevenir a doença. Se o coração já estiver danificado, o transplante também é uma solução.

“A função da ciência é oferecer soluções. Agora cabe à medicina utilizá-las”, afirma Teixeira, ao G1. Ele ressalta que, uma vez que a doença ataca o coração, a morte é uma questão de tempo e que, por isso, vale a pena pôr o tratamento em prática.

Trajetória
Teixeira dedica o resultado de anos de pesquisas a um agricultor que morreu aos 42 anos, pai de sete filhos, cujas iniciais eram J.E.S.. “Eu era assistente na clínica de cardiologia e ele foi meu paciente. Seis meses depois, eu estava na patologia, chegou o corpo dele e eu fui fazer o exame. Ele estava com o coração grande (inchado), mas não tinha Trypanosoma cruzi”, lembra-se. Desde então, o cientista vinha tentando compreender como se davam as lesões, uma vez que não eram necessariamente causadas pelo protozoário.

Ele agradece ainda a todos os pesquisadores que se dedicaram ao tema em pesquisas de pós-graduação, não apenas na UnB. “É uma história de construção coletiva de conhecimento científico”, define.

Por firmino

 

Uma Revolução Mundial Na Saúde

Cienfico colombiano Manuel Elkin Patarroyo halla la fórmula para crear vacunas contra 517 enfermedades infecciosas

El científico colombiano y descubridor de la primera vacuna contra la malaria, Manuel Elkin Patarroyo, halló los principios químicos que permitirán crear vacunas sintéticas para prevenir prácticamente todas la enfermedades infecciosas existentes en el mundo.

Tras más de 30 años de investigaciones, Patarroyo informó de su hallazgo en una entrevista con Efe después de que aquél fuera publicado hoy por la revista estadounidense Chemical Reviews, lo que le dio el aval del mundo científico. 
Se trata de “un decálogo de principios, de reglas, que cuando se aplican permiten producir vacunas contra las distintas enfermedades que existen en el mundo, podremos así cubrir prácticamente las 517 enfermedades infecciosas”, afirmó.

El científico halló estos principios, que evitarían a futuro millones de muertes en el planeta, a partir del descubrimiento de su primera vacuna contra la malaria, en 1986, y desarrollar después el fármaco de segunda generación con cobertura superior al 90 por ciento en ensayos con monos.

De esas 157 enfermedades, sólo quince tienen vacuna, motivo por el que Patarroyo y su equipo de la Fundación Instituto de Inmunología de Colombia (FIIC) afrontaron “el problema desde el punto de vista de la química”, un hito en la ciencia ya que las únicas existentes se desarrollaron a partir de la biología.

Una vez introducido el microbio en el organismo a través de la picadura del mosquito y alcanzado el hígado, “reconocimos las proteínas o moléculas que el parásito utiliza para pegarse a las células que va a infectar y luego averiguamos su estructura química tras hacerlas fragmentos”, relató el reconocido doctor.

“Eso, per sé, es un gran descubrimiento, pero esos fragmentos no se pueden utilizar como vacunas porque el sistema de defensas es ciego, no los ve”, agregó, al explicar que esa ceguera del sistema inmunológico es la que permite a los microbios esconderse en el organismo.

La solución fue modificar los fragmentos a través de la química, es decir, crear proteínas sintéticas e idénticas a las de las únicas partes del microbio capaces de adherirse a los glóbulos rojos para después cambiar el orden de los componentes.

Esta fórmula deja visibles las moléculas antes irreconocibles por el sistema inmunológico.

El científico lo explica con palabras sencillas: “darle la vuelta a los deditos de las manitas del microbio” para hacerlos visibles, en alusión a las únicas partes que se pegan a las células porque el resto del parásito no contagia y por tanto no sirve para la elaboración de la vacuna, al no garantizar la prevención de la enfermedad al cien por cien.

“Así la molécula (copiada químicamente y después modificada) se vuelve altamente productora de anticuerpos, de defensas, y puede ser utilizada como vacuna”, matizó.

Si bien estas conclusiones parten del estudio de la malaria, Patarroyo ha demostrado que esos principios sirven para contrarrestar el resto de males infecciosos.

El colombiano trabaja fundamentalmente con el microbio de la malaria porque, entre otros motivos, es uno de los más destructores por la rapidez con la que se propaga al interior del organismo: “hay cerca de 500 millones de casos al año y de esos casi tres mueren, la mayoría niños menores de cinco años en África”.

Tras el último descubrimiento, se podrá aplicar a la tuberculosis, papiloma humano, dengue, hepatitis C o lepra, sólo por citar algunas de las enfermedades más comunes de entre el medio millar de infecciosas, “que en total provocan anualmente la muerte a 16 millones de personas”, indicó el científico.

Patarroyo descubrió la primera vacuna contra la malaria en 1986, denominada SPF-66, y tras realizar ensayos en más de 50.000 individuos de distintos países se verificó su efectividad entre un 30 y 50 por ciento.

En 1996, cuando cedió la patente a la Organización Mundial de la Salud (OMS), dejó de aplicarla para sumergirse en la investigación y buscar su efectividad al cien por cien.

Ahora, 25 años después, ya tiene la segunda generación de esta vacuna, a la que denomina COLFAVAC y de la que ha comprobado una efectividad superior al 90 por ciento en monos.

“Vamos a comenzar los ensayos en humanos y estamos absolutamente seguros de que tendremos los mismos resultados”, adelantó, al constatar, también tras años de investigaciones, que el organismo de los micos amazónicos que usa son idénticos al del hombre.

El colombiano ha recibido numerosos galardones a lo largo de su carrera, como el Príncipe de Asturias, Robert Koch Medaille, Premio Internacional Latinoamericano en Neumología Fernando D. Gómez, León Bernard de la OMS y Príncipe de Viana de la Solidaridad.

Patarroyo financia sus investigaciones con fondos del Gobierno español y la Caja de Ahorros de Navarra, así como de la Universidad colombiana del Rosario.

http://m.eltiempo.com/vida-de-hoy/ciencia/patarroyo-presenta-avance-mund…

 

Luis Nassif

Luis Nassif

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