Mais uma grande rede envolvida com trabalho escravo. É a vez das Lojas Americanas, que foi destaque no blog há alguns dias. Leiam a matéria e vejam as fotos.
Do SINAIT
Auditores Fiscais do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Campinas/SP resgataram seis trabalhadores submetidos a condições degradantes em fábrica de confecção de roupas, dentre os quais cinco eram imigrantes bolivianos. Os trabalhadores eram subcontratados pela empresa tomadora de serviço Hippychick e as peças produzidas eram entregues à fornecedora das Lojas Americanas, Basic + Kids.
Os trabalhadores estavam alojados em uma casa que funcionava como oficina clandestina. O alojamento e a oficina eram instalados em edificações bastante antigas e colocavam em risco a vida dos trabalhadores em razão das péssimas condições de segurança, constatadas pela Fiscalização do Trabalho.
Ao considerar que havia grave e iminente risco à vida dos trabalhadores, os Auditores-Fiscais do Trabalho interditaram o local. Instalações elétricas improvisadas, sem dimensionamento, precárias e inseguras, ausência de aterramento elétrico das instalações ou das máquinas, falta de extintor ou qualquer outra medida de combate a incêndio, extensões e ligações múltiplas com risco de sobrecarga elétrica foram algumas das irregularidades encontradas. A área onde os empregados ficavam a maior parte do dia era mal ventilada e bastante quente.
“A situação era precária e não oferecia qualquer tipo de segurança aos trabalhadores”, salientou a Auditora-Fiscal do Trabalho, Marcia Carolina Marques, que juntamente com o Auditor-Fiscal João Batista Amâncio, interditaram a fábrica.
No local não havia refeitório e os trabalhadores faziam as refeições sentados nas camas ou no próprio posto de trabalho. Os alimentos não eram servidos tampouco conservados em condições adequadas de higiene, como mostram as fotos. A forração do teto estava solta e mofada, as paredes apresentavam rachaduras e infiltrações. Apenas um banheiro, na área externa da casa, com um vaso sanitário e apenas um chuveiro frio, atendia às necessidades de todos.
Além das condições ambientais, os Auditores-Fiscais verificaram que não havia empresa formalizada e os trabalhadores não tinham documentos regulares para trabalhar no Brasil, além de estarem sem registro.
Um dos bolivianos que moram e trabalham na casa disse que havia deixado seu país de origem há aproximadamente dois meses e meio, e confirmou que os trabalhadores estavam alojados no próprio local de trabalho.
A empresa pagou R$ 5 mil de indenização a cada boliviano, além de verbas rescisórias.
A fábrica já havia sido alvo de investigação em 2011, porém, a situação irregular constatada naquele ano não havia mudado. Os Auditores-Fiscais verificaram que não há empresa constituída e os trabalhadores não possuíam registros na Carteira de Trabalho.
Nos últimos anos, Americana ficou marcada por denúncias de exploração de mão de obra de trabalhadores bolivianos em pequenas confecções que produzem para grandes marcas. O principal caso partiu de um inquérito aberto pelo Ministério Público do Trabalho em 2011, que investigou a contratação de serviços desse tipo pela marca de roupas Zara, a partir da averiguação de uma confecção de Americana e duas da capital que forneciam para a grife e mantinham os trabalhadores em condições precárias, expostos a alojamentos insalubres, condições de trabalho irregulares e jornadas extenuantes. A fábrica fiscalizada no bairro São Vito era subcontratada da Zara e produzia também para outras empresas.
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