Coronavírus: Casos no navio de cruzeiro Diamond Princess aumentam para 621

Jornal GGN – As autoridades de saúde japonesas disseram que 79 novos casos de coronavírus foram detectados no navio Diamond Princess, elevando o total para 621. Os casos positivos a bordo do navio representam o maior aglomerado de pessoas infectadas fora da China. Tal constatação coloca o Japão em exame quanto às suas medidas de quarentena.

A quarentena no navio de cruzeiro termina hoje, e não cessam as perguntas sobre como o vírus se espalhou tão facilmente no local. O ministro da Saúde Katsunobu Kato defendeu os esforços japoneses para deter o surto, que medidas apropriadas foram tomadas para evitar casos graves, incluindo o envio de pessoas infectadas ao hospital.

Alguns especialistas em saúde, no entanto, criticaram as medidas tomadas para controlar a doença a bordo.

Os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disseram que as medidas tomadas pelo Japão podem ter desacelerado o vírus, mas não foram suficientes para impedir a transmissão entre indivíduos no navio.

A quarentena no navio foi muito criticada por especialistas. Os passageiros não estavam confinados em seus quartos até 5 de fevereiro e, no dia anterior, quando as autoridades os examinaram, os eventos a bordo continuaram, com danças, jogos e aulas.

Outro ponto levantado é a questão do ar condicionado, se poderia ou não contribuir para propagação do vírus. As autoridades de saúde, em um primeiro momento, disseram que o ar condicionado não era um problema, e o vice-presidente executivo da Princess Cruise, Rai Caluori, disse que a quantidade de ar fresco que entra no sistema foi maximizada.

O especialista em medicina de viagens, Richard Darwood, disse que a canalização do ar entre uma parte e outra do navio poderia ser um fator para a propagação.

O professor Kentaro Iwata, especialista em doenças infecciosas do Hospital Universitário de Kobe, disse que a abordagem ao controle de infecções no navio era ‘caótica’. Iwata não menciona o ar condicionado, mas diz que o navio de cruzeiro era completamente inadequado em termos de controle de infecção, sem distinção entre a zona verde (livre de infecção) e a zona vermelha (contaminada pelo vírus).

Kentaro Iwata também disse que não havia um profissional responsável pelo controle de infecções no navio e os burocratas no controle estavam violando todos os princípios de controle de infecções. Ele estava no navio de cruzeiro.

Com informações do The Guardian.

Redação

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