Saúde

Vacinação contra covid-19 segue baixa entre jovens e adolescentes, segundo Fiocruz

A cobertura vacinal de crianças e adolescentes contra a Covid-19 permanece reduzida no Brasil, três anos após o início da vacinação e quatro anos após o início da pandemia, segundo dados divulgados pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Unifase.

A partir de dados do Ministério da Saúde em fevereiro de 2024, a cobertura vacinal contra a Covid-19 em crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e apenas 7% para o esquema vacinal completo com três doses.

Na faixa de 5 a 11 anos, a cobertura sobe para 55,9% com duas doses e 12,8% completando o esquema com três doses.

Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica de Gripe (Sivep-Gripe/Fiocruz) das oito primeiras semanas epidemiológicas de cada ano mostram que, entre 2021 e 2024, houve redução no total de óbitos de crianças e adolescentes, mas a baixa procura pela vacina preocupa.

Análise de óbitos

Nas oito primeiras semanas epidemiológicas de 2021 (que corresponde aproximadamente ao final de fevereiro) foram registradas 118 mortes pela doença entre crianças e adolescentes até 14 anos.

O mesmo período do ano de 2022 registrou um total de 326 mortes por Covid-19 nesta faixa etária, o que representou quase a metade (47,1%) das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Em 2023, com o imunizante contra a Covid-19 disponível para crianças a partir dos seis meses no Brasil, foram registrados 50 óbitos pela doença nas primeiras oito semanas do ano entre crianças e adolescentes até 14 anos.

De acordo com o boletim, a proporção dessas mortes em relação ao total de óbitos por SRAG nesse ano e período foi de 24,5%.

No mesmo período de 2024, foram observadas 48 mortes por Covid-19 entre crianças e adolescentes com menos de 14 anos, representando 32,4% das mortes por SRAG.

Fonte: Fiocruz
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Recent Posts

Choques políticos em série refletem bagunça institucional, por Antonio Machado

O chamado ativismo judicial provoca rusgas institucionais desde o tempo do mensalão, antecedendo os ataques…

11 horas ago

Lei de Alienação Parental: revogar ou não revogar, eis a questão

Denúncias de alienação descredibilizam acusações de violência contra menores e podem expor a criança aos…

12 horas ago

Papa Francisco recebe Dilma Rousseff no Vaticano

Os dois conversaram sobre o combate à desigualdade e à fome. Para Dilma, o papa…

15 horas ago

Exposição à poluição aumenta o risco de doenças cardíacas em moradores de São Paulo

Os pesquisadores constataram que pessoas que sofrem de hipertensão sofrem ainda mais riscos, especialmente as…

15 horas ago

Vídeo mostra a ação da polícia durante abordagem de Tiago Batan

Caso ganhou repercussão no interior de SP; jovem faleceu após ser baleado na região do…

16 horas ago

Roberto Campos Neto e o terrorismo monetário

É papel do Banco Central administrar as expectativas de mercado, mas o que o presidente…

17 horas ago