Policiais capixabas protestam contra Hartung em Vila Velha

Jornal GGN – Na noite desta terça-feira (14), policiais militares e familiares realizaram uma caminhada na cidade de Vila Velha (ES). Usando camisas e balões brancos, algumas pessoas do ato marcharam e também entoaram palavras de ordem contra o governador Paulo Hartung.
Alguns carros que seguiram a passeata aproveitaram para realizar um buzinaço. O ato dividiu moradores na orla de Vila Velha, nas sacadas dos prédios e nas redes sociais, com apoio e críticas aos policiais.

Nesta terça, um pequeno grupo de mulheres ainda acampava na frente do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. O Espírito Santo ficou sem o patrulhamento da PM por 7 dias em razão da mobilização dos familiares que impedia a saída dos policiais dos batalhões.
Ontem, a Polícia Militar capixaba publicou no Diário Oficial do Estado a instauração de Inquéritos Policiais Militares (IPMs) e processos administrativos contra 155 militares, que poderão ser demitidos. Deste total, 151 serão afastados, ficarão fora das ruas e terão de entregar suas armas e coletes.
Redação

Redação

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  • policiais....

    Não pode haver retrocessos. Os instestinos da nação precisam ser expostos. Não existe outro país, principalmente deste tamanho, onde o Estado é usado, espetacular energia e capital, apenas para sustentar uma elite parasitária. Governos municipaís, estaduais e federais, todas suas empresas e autarquias projetam abissal distância entre o Poder Público e a sociedade que deveria dispor e controlar seu país. Total apoio aos trabalhadores da Policia  ou outros sejam privados ou públicos. 

  • de minha parte, também total apoio...

    pelo seguinte:

    só os policiais honestos reclamam quando falta salário suficiente

    os que não são correm por fora, na sombra, tocando o terror para que tudo volte ao normal na complementação salarial com as escalas e o livre acesso aos pontos de arrecadação, extorsão, sem cobertura da mídia

  • Abram o olho!

    Torço que os políciais, de todo o Brasil, aprendam, que não passam de massa de manobra, como a maioria do povo brasileiro. Portanto, parem de bater em professores, em estudantes, e em pobres que reividicam seus direitos. Não adianta tirar fotos com manitestantes fascistas que protestam contra direitos sociais. Estes não fazem outra coisa a não ser fazer de políciais (militares ou civis) de bobos. A maioria dos políciais são pobres, portanto, são tão odiados, quando não servem de massa de manobra, pela elite e pela classe média, quanto qualquer miseravel deste país.

  • Policiais capixabas, vocês

    Policiais capixabas, vocês sempre se sentiram identificados com os cidadãos “de bem” - ou melhor, “de bens” - integrantes dos estratos privilegiados da sociedade. Nas últimas passeatas a favor do “impeachment”, “contra a corrupção”, tiraram fotos abraçados com os manifestantes, quase todos brancos, moradores de bairros nobres da Grande Vitória. Vocês  pensavam gozar de estima e consideração por parte desses cidadãos,  por proteger seu patrimônio e suas vidas  contra a “bandidagem”. Curiosamente, a grande maioria de vocês nasceu e cresceu mais perto dessa tal “bandidagem” que das mansões e apartamentos dos ricos.  Vocês tendem a só considerar “bandidagem” a parcela de criminosos que emprega a violência para fazer seus ganhos. Desconhecem que os  piores bandidos, os que realmente se dão bem com o crime, estão nas mansões dos bairros nobres; esses, quando precisam mandar alguém pro saco, pagam pelo serviço, a algum bandidinho da ralé, ou algum de vocês, policiais, pra faturar um “por fora” sujando as mãos por eles.
    Alguns de vocês, policiais, têm amigos, vizinhos e familiares que foram seduzidos pelo “lado negro da Força” e se tornaram criminosos. Vocês escolheram outro caminho -  mesmo mal remunerados, arriscando suas vidas para conter infratores brutalizados e capazes de tudo. Mas acreditavam fazer jus a uma remuneração muito mais valiosa que os seus magros saláios: a honra, o sentimento de dever cumprido, o orgulho de estar do lado certo e fazer cumprir a Lei.
    Foram usados, e continuarão a sê-lo, para reprimir com violência movimentos  justos de reivindicação salarial  de trabalhadores tão honestos e esforçados quanto vocês. Alguns terão sido obrigados a bater em estudantes, professores, funcionários públicos, entre os quais estavam amigos, vizinhos, familiares. Mas se confortavam pensando que, afinal, estavam em situação de obediência devida. A Lei deve ser cumprida, a ordem pública deve ser mantida, a hierarquia deve ser respeitada. E vocês como policiais contariam com a estima e consideracão da sociedade (especialmente a “boa sociedade”) por fazer o seu trabalho.
    Até que perceberam estar incluídos entre os destinados à pauperização e ao desespero por um projeto político injusto, concentrador de renda e riqueza. Descobriram que os cidadãos de bens não têm a mínima intenção de comprometer sequer migalhas de suas fortunas para viabilizar uma vida decente para as multidões de deserdados no país. Descobriram que vocês estão incluídos nessa multidão de deserdados. De vocês se espera trabalho semi escravo, risco de vida sem apoio, em troca de salários de fome. E se vocês ousam reivindicar direitos, são demonizados, difamados, publicamente aviltados, reprimidos, humilhados – como qualquer integrante da ralé.
    Esperam os bem nascidos dessa sociedade injusta que vocês executem seu trabalho remunerados exclusivamente pelo prazer de matar, espancar e torturar os mais vulneráveis, os bandidos ou simplesmente os “ suspeitos de sempre”. Os privilegiados moradores dos bairros nobres fecharão os olhos para as atrocidades ou os arranjos de arreglo que vocês façam com os criminosos; pouco se importarão com os riscos e perrengues do seu cotidiano. Para eles, vocês simplesmente fazem parte do grupo social subalterno que desprezam. Vocês são livremente exploráveis, esculacháveis e matáveis.  Que se corrompam, que se destrocem entre si, tanto faz -  contanto que os bens e as vidas dos mais ricos, e os projetos  dos políticos inescrupulosos não sejam ameaçados.

     

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