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SDE e competição

Recentemente, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), resolveu se insurgir contra decisões do MDIC (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), de estabelecer barreiras à produção de importados. Alegou que prejudicava a concorrência. Defesa da produção nacional, em caso de flagrante distorção econômica (como é a apreciação do câmbio) é estratégica nacional. Há uma interferência indevida na questão.

Aliás, é o fim da picada o SDE defender fabricantes chineses de pneus de bibicleta contra os fabricantes nacionais.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Sou contra dar reservas para
    Sou contra dar reservas para indústria nacional que não se desenvolveu em termos de qualidade e onde não há concorrência. Competição também é bom, desde que haja um mínimo de igualdade de condições. Mas abrir para produtos de qualidade duvidosa (a SDE testou?) e sem que haja obrigações de cuidados ambientais é irresponsabilidade. Bom, as empreasa aqui enrolaram para não dar destinação ambiental aos seus produtos, se tivessem sido responsáveis e não empurrado com a barriga poderiam usar isso. Miopia de empresas e governo dá resultados ruins para todos.

  • Vou pensar em começar a
    Vou pensar em começar a colocar alguma coisa. Mas estou esperando o novo site do Dinheiro Vivo ficar pronto.

  • Caro Nassif

    Na visão do
    Caro Nassif

    Na visão do consumidor o custo do importado chines não é mais interessante que o nacional ?
    No meu entendimento o empresariado ganancioso brasileiro tem que aprender a esfolar menos o povo desta patria desvalida.

  • A matéria é espinhosa. O
    A matéria é espinhosa. O antidumping busca estimular, em todo o mundo, a diminuição das barreiras tarifárias ao comércio internacional. A lógica é: permitir a imposição uma sobretaxa contra o setor que exporta a preço de dumping, porque se beneficia de proteção em seu próprio país de origem. Da perspectiva da concorrência, o antidumping é uma forma de proteção, que reduz a concorrência parcial ou totalmente.

    E aí? Para um resposta mais informada, sugiro ler (ainda não li) o artigo da Dra. Andrea Macera, da Seae: A Interação entre Antitruste e Antidumping: Problema ou Solução?

  • É surpreendente como há
    É surpreendente como há ingenuidade no trato com os chineses.
    A China é emergente como o Brasil, busca mercados para seus produtos, faz guerra de preços, tem diplomacia comercial agressiva...
    Caramba! A China é nossa concorrente e como tal deve ser tratada.

  • Luís,
    pelo que vi no Valor,
    Luís,
    pelo que vi no Valor, foi a SEAE e não a SDE que entrou nessa questão do dumping.
    Abração,
    Rodrigo

  • Nassif,

    neste ponto discordo
    Nassif,

    neste ponto discordo totalmente de você. Muito se fala sobre as desigualdades de distribuição de renda no país. A renda não é só mal distribuída entre pessoas físicas, é também mal distribuída entre as pessoas jurídcas: os oligopólios Brasileiros ficam com quase todo o lucro corporativo do país. Para mim o episódio mais escandaloso foi o das siderúrgicas em 2005. Estava eu numa apresentação de uma empresa siderurgica (agora não me lembro qual), quando um analista perguntou se a empresa estava preocupada com a taxa de câmbio impactando os preços domésticos. Com toda a arrogância do mundo em janeiro de 2005 o sujeito declarou: o câmbio é três. O analista, ingênuo, retrucou: eu entendo que você queira projetar o câmbio em 3, mas as condições do mercado parecem favoráveis a uma valorização. O sujeito interrompe o analista e diz: não, você não entendeu, o câmbio pelo qual vamos vender o aço doméstico é três, pouco importa onde a taxa de câmbio vai estar. O oligopólio do aço acabou prejudicando toda a cadeia industrial dos usuários do produto. Eu gostaria muito bem que naquele dia a SDE tivesse mandado recomendação ao MDIC de reduzir a zero a tarifa de importação do aço! Não para defender os fabricantes chineses de aço (naquele ano a china aumentou sua produção de aço no montante de toda a produção brasileira), mas para defender a indústria doméstica. Sou só eu, ou você está também ouvindo a indústria siderúrgica reclamando alto por maiores taxas de importação de aço? A cara-de-pau não tem fim! O discernimento de caso a caso, o MDIC e a SDE tem que ter juntos: louvo que um discorde do outro em público!

    Ruben

  • BB e Bradesco vão
    BB e Bradesco vão compartilhar terminais

    http://www.vlad.blog.br 27/02/2007

    O Banco do Brasil e o Bradesco assinaram acordo para compartilhamento dos seus terminais de auto-atendimento. Do ponto de vista do custo a medida será boa para os bancos pois não será necessário instalar um terminal onde o outro banco já tenha.

    Mas ao se pensar numa estratégia competitiva o BB sai perdendo e muito. Vejamos...

    Os grandes bancos sempre consideraram a rede de auto-atendimento um diferencial.
    A rede de agências e terminais do BB cobrindo boa parte do território sempre foi um grande diferencial negocial do Banco do Brasil.

    O BB disponibilizará cerca de 5.000 terminais de auto-atendimento para os clientes do Bradesco e em troca o Bradesco vai disponibilizar seus 2.500 terminais. Só que os terminais do Bradesco estão concentrados nas grandes cidades enquanto a capilaridade da rede do BB é muito maior.

    O cliente não vai sair ganhando nessa. Os bancos no Brasil agem como um cartel, assim, uma redução de custo dificilmente será repassada para o cliente (lembrem-se que mesmo com a SELIC caindo, as taxas para os clientes não estão caindo, o spread vem aumentando).

    Ao invés de ficar favorecendo a banca privada (o BC já o faz), o BB deveria agilizar a integração com a rede da Caixa Federal e de outros federais.
    --
    Vladimir M Coutinho

  • É a velha estupidez de achar
    É a velha estupidez de achar que o consumidor é um ente isolado que vive de renda e não precisa de emprego. Se importarmos tudo podemos baratear a oferta graças ao câmbio valorizado mas não haverão consumidores para comprar porque estarão todos desempregados. O sistema brasileiro de defesa da concrrência será furado como uma peneira enquanto não puderem defender o consumidor cliente dos bancos, seguradoras e financeiras.
    Porque não copiam os EUA nisso, se copiam em tanta coisa? Lá o cliente do sistema financeiro é defendido por um organismo federal (OCC) e por cinquenta sistemas estaduais (Commissioners of Banking, Insurance Commissioners), nada a ver com o Banco Central. Enquanto ficam brincando com pneus, deixam a concentração bancária ir ao infinito e as tarifas serem multiplicadas por dez vezes alem da inflação e os spreads serem vinte vezes maiores do que em paises civilizados.

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Luis Nassif

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