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Taxa de desemprego chega a 9% no quarto trimestre

Jornal GGN – A taxa de desemprego fechou o quarto trimestre do ano passado em 9%, considerada a maior variação da série histórica iniciada em 2012, mas mostrando estabilidade em relação aos 8,9% da taxa de desocupação do terceiro trimestre de 2015. Os números integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando a comparação se dá com o quarto trimestre de 2014 (6,5%), a taxa de desocupação cresceu no último trimestre do ano passado 2,5 pontos percentuais. Em termos regionais, o Nordeste apresentou a maior taxa (10,5%) e o Sul, a menor (5,7%). Destaca-se que no Nordeste, do 4º trimestre de 2014 para o 4º trimestre de 2015, foi observada elevação de 2,2 pontos percentuais na taxa de desocupação e na Região Sul, de 1,9 ponto percentual.

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (19,4%) apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (9,0%). Este comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes Regiões.

No fechamento do quarto trimestre de 2015, a população desocupada do país era de 9,1 milhões de pessoas, permanecendo estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas aumentando 40,8% (ou mais 2,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2014. Segundo o IBGE, esse foi o maior crescimento da população desocupada, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, de toda a série da PNAD Contínua.

A população ocupada (92,3 milhões) do país ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior e recuou (-0,6%, ou menos 600 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2014. Cerca de 35,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Esse contingente ficou estável no trimestre (-0,0%) e recuou no ano (-3,0% ou menos 1,1 milhão de pessoas).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.913) caiu (-1,1%) em relação ao trimestre anterior (R$ 1.935) e também recuou (-2,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.953). Entre as grandes regiões, o Sudeste (R$ 2.236) mostrou o maior rendimento médio e o Nordeste (R$ 1.276), o menor. Entre as UFs, o Distrito Federal (R$ 3.629) tinha o maior rendimento médio e o Maranhão (R$ 1.016), o menor. Nas capitais, Vitória (R$ 3.951) tem o maior rendimento e Belém (R$ 1.581), o menor. Entre as regiões metropolitanas, São Paulo (R$ 3.008) lidera e a Belém (R$ 1.481) mostrou o menor rendimento médio.

A massa de rendimento real habitual (R$ 171,5 bilhões) ficou estatisticamente (-0,6%) estável em relação ao trimestre anterior (R$ 172,7 bilhões) e caiu (-2,4%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 175,7 bilhões).

Quanto às médias anuais, a taxa de desocupação média para 2015 foi de 8,5%, acima dos 6,8% de 2014. A população desocupada passou de 6,7 milhões na média de 2014 para 8,6 milhões em 2015 (alta de 27,4%). Já a população ocupada ficou estável em 92,1 milhões. O número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou (-2,5%), passando de 36,6 milhões em 2014 para 35,7 milhões em 2015. O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se manteve estável entre 2014 (R$ 1.947) e 2015 (R$ 1.944). A massa de rendimento real habitual também mostrou estabilidade (de R$ 173,577 bilhões para R$ 173,570 bilhões).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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