por arkx
A man decides after seventy years
That what he goes there for, is to unlock the door
While those around him criticize and sleep…
And through a fractal on a breaking wall
I see you my friend, and touch your face again
Miracles will happen as we trip
But we’re never gonna survive, unless…
We get a little crazy
hoje, ainda mais uma vez…
ainda mais uma vez com o corpo torturado e a alma dilacerada, faremos os verdugos esconderem a face, humilhados pela própria mediocridade.
se ainda mais uma vez prenderem nossas lideranças, surpreenderemos os encarceradores de sonhos e seremos cada um de nós lideranças de nós mesmos.
ainda mais vez ao pensar o presente, e mesmo quando pretendemos o futuro, somos postos a pensar outra vez o passado, acomodá-lo ao presente, ou até mesmo transformá-lo em matriz do devir.
mais uma vez atrás de nós, as ruínas da esperança. em nenhum momento tão grande foi a distância entre o que somos e o que esperávamos ser.
Oh, darlin…
In a sky full of people, only some want to fly
Isn’t that crazy?
In a world full of people, only some want to fly
Isn’t that crazy?
Crazy…
que é mais nobre para a alma: sofrer os dardos de um destino cruel, ou pegar em armas contra um mar de calamidades e contra elas lutar até dar-lhes fim.
forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
se as aves de rapina querem o sangue de alguém, eu ofereço em holocausto a minha vida. escolho este meio de estar sempre convosco. meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. e aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém.
morrer… dormir; nada mais ! talvez sonhar ! sim, eis a dificuldade !
My heroes had the heart to lose their lives out on a limb
And all I remember is thinking, I want to be like them
Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun
And it’s no coincidence I’ve come
And I can die when I’m done
como repousar meu coração inquieto, se mais uma vez sucumbimos por não sermos capazes de sonhar o bastante.
e é assim que a consciência nos transforma em covardes, é assim que a força inicial de nossas resoluções se debilita na pálida sombra do pensamento e é assim que as empreitadas de maior alento e importância deixam de ter o nome de ação.
mas toda a realidade não é mais do que um excesso, uma violência, uma alucinação extraordinariamente nítida, que vivemos todos em comum com a fúria das almas.
estamos agora exatamente na hora dos feitiços noturnos, quando os cemitérios bocejam e o próprio inferno solta seu sopro pestilento sobre o mundo! seria, agora, bem capaz de beber sangue quente e fazer tais horrores que o dia ficaria trêmulo só de contemplá-los!
Quereme así, piantao, piantao, piantao
Abrite los amores que vamos a intentar
La mágica locura total de revivir¡Vení, volá, vení! ¡trai-lai-la-larará!
¡Viva! ¡viva! ¡viva!Loca el y loca yo
¡Locos! ¡locos! ¡locos!
¡Loca el y loca yo
questões e mais questões que me esmagam sob o peso da dúvida, da incerteza, da indecisão…
devo me entregar de corpo e alma ao mar de sangue da vingança? ou aceitar a mansa resignação do pacto palaciano? mais vale se desfazer dos escrúpulos e conservar o reino; ou não abrir mão dos princípios e junto com o reino perder a própria vida? qual o caminho da justiça?
nestes tempos, a própria virtude tem de pedir perdão ao vício e ainda deve prostrar-se a seus pés, implorando-lhe permissão para fazer-lhe o bem.
maldita sorte ! como recolocar em ordem um mundo fora dos eixos?
Louco, pelas ruas ele andava
O coitado chorava
Transformou-se até num vagabundo
Louco, para ele a vida não valia nada
dadas as circunstâncias, é meu conselho lidar com o mal menor enquanto o bem maior se mostra inalcançável. minhas utopias são todas realistas. mas é terrível que o homem se resigne tão facilmente com o existente, não só com as dores alheias, mas também com as suas próprias.
ah! fôssemos infinitos, tudo mudaria. como somos finitos, muito permanece.
que fizemos à Fortuna para que ela nos enviarmos para esta prisão? esse país é uma prisão…
mesmo o Sol que é um deus, se beija cadáver putrefato, gera larva num cão morto… um homem pode pescar com o verme que se alimentou de um rei e comer o peixe que se nutriu daquele verme.
um rei pode circular pelas tripas de um mendigo.
E aí
Eu comecei a cantar um verso triste
O mesmo verso que até hoje existe
Na boca triste de algum sofredor
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor
eu não vou mais enlouquecer. eu não vou mais me matar. eu não quero mais ser Rainha. eu não quero mais ser esposa. não quero me casar. não quero mais ser mãe. não quero mais ser virgem e casta. não quero mais ser devassa. não quero mais servir aos homens. todo homem que um dia caminhou sobre a face da terra, começou a viver dentro do meu ventre; veio ao mundo pelo meio de minhas coxas; ganhou a luz pelo buraco de minha vagina. todo homem é resultado do sêmen depositado em meu útero. e hoje eu devolvo ao mundo todo o esperma que recebi, porque ele se transformou num veneno mortal. meu coração é o pêndulo do mundo. eu arranquei o relógio que era meu coração para fora do meu peito. e fui para as ruas, vestida com meu sangue.
Sim, sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
hoje eu venho para o alto deste palco. e meu único motivo é descobrir o que se pode ver daqui de cima. à minha frente contemplo as ruínas da nação. uma paisagem desolada pela exclusão e a usurpação. fantasmas vagam pela escuridão do caos enquanto reis festejam seus torpes crimes.
e nos tornamos um espectro. o espectro que assombra este país. apesar disto nunca estivemos tão vivos quanto agora. somos um morto sempre vivo. inútil tentar nos conjurar. tremam ao ouvir nosso nome.
A gente andou
A gente queimou
Muita coisa por ai
Ficamos até mesmo todos juntos
Reunidos numa pessoa só
o que fazer ?
tudo é incerto.
nada é inteiro.
isso é o que nós somos: nevoeiro.
a hora é agora !
aqui nasce o futuro !
à cegueira da vingança, eu respondo com implacável justiça. desmascaro os reis assassinos. renego a coroa. abro os portões do castelo.
o mundo está fora dos eixos. onde estarão aqueles nascidos para colocá-lo em ordem? por que não entram em cena aqueles nascidos para colocar ordem no mundo?
ser ou não ser… eis a questão.
Adue, adue. lembrem-se de mim.
não se esqueçam. não se esqueçam.
Remember when you were young?
You shone like the sun
Shine on, you crazy diamond
Now there’s a look in your eyes
Like black holes in the sky
Shine on, you crazy diamond
You were caught in the crossfire
Of childhood and stardom
Blown on the steel breeze
Come on you target
For faraway laughter
Come on you stranger, you legend
You martyr, and shine
.
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fonte da loucura
Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?
VÂNIA
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Muito bom
ser fonte da loucura.
A propósito de sua bela poesia
(…)
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=9XpQ_UGGt2o%5D
“Vem por aqui” — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí…
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?…
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos…
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios…
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista “Presença”, e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — “Poemas de Deus e do Diabo” (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.
***
Aos pragmáticos e patrulhadores das utopias:
Me larga, não enche
Você não entende nada e eu não vou te fazer entender
Me encara de frente:
É que você nunca quis ver, não vai querer, não quer ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente e nunca posso perder
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver
Cuidado, ô xente!
Está no meu querer poder fazer você desabar
Do salto, nem tente
Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar
Quadrada, demente
A melodia do meu samba põe você no lugar
Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar
Eu tenho a minha Loucura
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
o espectro e a loucura
p.s. 2: tradução da loucura, by Vagalume e Letras
“Crazy”, Seal
Um homem decide depois de setenta anos
Que ele vai até lá para abrir a porta
Enquanto os que estão ao redor dele criticam e dormem
E através da fenda de uma parede quebrada
Eu vejo você, meu amigo, e toco seu rosto de novo
Milagres acontecerão ao longo da viagem
Mas nós nunca vamos sobreviver, a menos que
fiquemos um pouco loucos
Oh, querida
Num céu cheio de gente, somente alguns querem voar
Isso não é loucura?
Num mundo cheio de gente, somente alguns querem voar
Isso não é loucura?
“Crazy“. Gnarls Barkey
Meus heróis tinham coragem para perderem suas almas no abismo
E tudo o que me lembro, é pensar: eu quero ser como eles
Desde que eu era pequeno, desde quando eu era pequeno, isso sempre me pareceu engraçado
E não foi por coincidência que eu acabei sendo
E posso morrer quando tudo terminar
“Balada para um Loco”, Piazzolla
Ama-me assim, louco, louco, louco
Abra-se aos amores que vamos experimentar
A total loucura mágica de reviver
Venha, voe, venha! Trai-lai-la-larará!
Viva! Viva! Viva!
Louca ela e louca eu
Loucos! Loucos! loucos!
Louca ela e louca eu
“Shine on Crazy Diamond”, Pink Floyd
Lembra quando você era novo?
Você brilhou como o sol
Brilhe, seu diamante louco
Agora há um olhar em seus olhos
Como buracos negros no céu
Brilhe, seu diamante louco
Você foi pego pelo fogo cruzado
Da infância e do estrelato
Arrastado na brisa de aço
Venha, você alvo de risos ao longe
Venha, seu estranho, sua lenda
Seu mártir, e brilhe!
.
Só aloucura resgata a
Só aloucura resgata a sanidade às vezes. Obrigado, arkx!!!!!!!! Abraço!!!!!
..do hospício à
..do hospício à brasileira….
Se vivemos um momento agudo, trágico, pleno de paroxismos e eventos que nossa mente classifica como “inacreditáveis!”, pelo nonsense, pela soma de absurdos éticos, os elementos dantescos de farsa, cinismo, violências diversas e perversão absoluta de tudo o que é justo e verdadeiro, duas coisas aprendemos sobre o homem, a humanidade e isso é extremamente doloroso:
que não há limites para duas coisas dramáticas: a sordidez humana e a facilidade de se conduzir multidões, como gado tangido, a uma realidade que nada mais é do que a criação imaginária dos seres que as manipulam.
Temos uma situação esquizofrênica, surreal, absurda, das pessoas serem levadas a pensar, sentir, falar, agir e reagir sobre símbolos e signos nelas INOCULADOS, é uma coisa maligna, como uma “imitação perversa da criação divina” – o homem sendo levado a um mundo, que na verdade não existe! Mas passa a ser o chão sobre o qual se vive, se comporta, se existe….
Nada pode ser mais trágico, mais desumano, mais insano, mais cruel…..
(eduardo ramos)
o espectro e a loucura
sentimento unânime ontem na manifestação no Rio: Dilma brilhou no Senado. arrasou os golpistas.
os cínicos e impotentes argumentarão que isto não muda o voto dos senadores vendidos. ao que retrucaremos: “mas muda a História!”
grande abraço