A cremação das bandeiras estaduais no Estado Novo

Estado Novo – Cremação das Bandeiras Estaduais(video logo abaixo)

Com a implantação do regime do estado novo o país começa o caminho para a centralização do poder eo distanciamento desde do povo com a diminuição do poder dos estados e fortalecimento da burocracia centralizada hoje em Brasilia.

A federação hoje existe apenas no papel hoje somos um estado unico onde poucos exercem o poder sem que o cidadão possa exercer a democracia plena.

…………

Menos de um mês após a implantação do Estado Novo, Vargas mandou realizar a cerimônia da queima das bandeiras estaduais, que teve lugar na Esplanada do Russell no Rio de Janeiro, para simultaneamente comemorar a Festa da Bandeira (cuja celebração tinha sido adiada) e render homenagem às vítimas da “Intentona Comunista” de 1935. Nesta cerimônia, que marca a nível simbólico uma maior unificação do país e um enfraquecimento do poder regional e estadual, foram hasteadas vinte e uma bandeiras nacionais em substituição às vinte e uma bandeiras estaduais que foram incineradas numa grande pira erguida no meio da praça, ao som do Hino Nacional tocado por várias bandas e cantado por milhares de colegiais, sob a regência do maestro Heitor Villa Lobos.

À queima das bandeiras seguiu-se o discurso do Ministro da Justiça, Francisco Campos, no qual ele afirmou: “Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar no coração dos brasileiros para outras flâmulas, outras bandeiras, outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e decretaram desta vez com determinação de não consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo, que o Brasil é uma só pátria e que não há lugar para outro pensamento do Brasil, nem espaço e devoção para outra bandeira que não seja esta, hoje hasteada por entre as bênçãos da Igreja e a continência das espadas e a veneração do povo e os cantos da juventude. Tu és a única, porque só há um Brasil ─ em torno de ti se refaz de novo a unidade do Brasil, a unidade de pensamento e de ação, a unidade que se conquista pela vontade e pelo coração, a unidade que somente pode reinar quando se instaura pelas decisões históricas, por entre as discórdias e as inimizades públicas, uma só ordem moral e política, a ordem soberana, feita de força e de ideal, a ordem de um único pensamento e de uma só autoridade, o pensamento e a autoridade do Brasil” (Correio da Manhã, 1937, p. 3).

Fonte do texto: “O NACIONAL E O REGIONAL NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA”. Ruben George Oliven

Luis Nassif

2 Comentários

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  1. Eleger um carioca para a Presidência da República.A
    Re: A cremação das bandeiras estaduais no Estado Novo

    ter, 21/08/2012 – 22:11 — Fernando Antonio Moreira Marques

    Vamos a lista dos presidentes depois de Getúlio para comprovar que carioca não apita nada na politicalha nacional e recordar quem acabou com a política do Café com Leite foram os gaúchos e os coronéis nordestinos:

    Como poderemos elegrer um carioca para ocupar a Presidência da República de nosso País se o estado  deles é uma bagunça administrativa e a bandidagem faz o que quer, sem qualquer tipo de oposição?Carioca gosta é de praia, carnaval, futebol e jogo do bicho.Já realizaram um Pan Americano lá e não resolveu nada.Já realizaram uma Copa do Mundo por lá e as coisas continuam a mesma para pior.Já realizaram outro Pan e nada de melhora, mas só piora.Vão realizar uma Olimpíada por lá e pelo veisto só irão piorar as coisas.É difícil ou quaise que impossível este estado ter algum conserto no que diz respeito a organização na  Política, na vida em sociedade, na Segurança Pública, etc. É um caso perdido se a administração ficar nas mãos dos nativos deste estado. Lamentável, porque a quantidade de dinheiro que se injetou neste estado e continuam injetando mas não há solução em área alguma, mas só confusão, corrupção, violências, etc, segundo tem alardeado para todo o nosso País e para o mundo a REDE GLOBO DE TELEVISÃO. Esta empresa mostra um Rio de Janeiro que não compensa conhecer e que dirá de fixar residência por lá. Parece mais com o Libano em Guerra com as gerrilhas, o Estado de Israel e os Sírios. Uma bagunca e confusão só. Eu não votaria em candidato algum oriundo do Estado do Rio de Janeiro, até a presente data, por causa dos fatos transmitidos pela GLOBO.Este meu julgamento vem com base nas informaçóes transmitidas por décadas pela REDE GLOBO DE TELEVISÃO.

     

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